Antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho, fui aconselhado por professores a buscar um nicho de mercado e me especializar num tema. No entanto, não fui ensinado que nem sempre é possível trabalhar apenas na nossa especialidade: quando o cliente bate à porta, é preciso prestar o melhor serviço possível.
Manter uma clientela não é sempre fácil: é preciso estar disponível e buscar a solução mais eficiente para a demanda que se apresenta. Então, algumas vezes, é necessário romper a barreira da especialidade e se aventurar na solução. É assim também que as contas se pagam.
Raras foram as minhas incursões no Direito de Família. Mesmo assim, como dizemos entre colegas, “alguma coisa sempre aparece”. Já dizia um querido professor da faculdade: “Por qualquer assunto da cintura para baixo as pessoas se interessam”. Então os casos “aparecem”, estudamos um tanto do assunto, adquirindo algum conhecimento.
Esta semana refleti sobre um caso em especial, longe dos olhos de um especialista: Antônia Fontenelle. Isso aconteceu por conta da notícia abaixo:
Pois bem, Antônia Fontenelle é atriz e apresentadora. Uma linda mulher. Constantemente aparece na imprensa por conta de suas opiniões, algumas discussões públicas, alguns relacionamentos que não saíram conforme o esperado. No entanto, ela tem uma admirável força de vontade e dá sempre a volta por cima: nem todos se recuperam bem de polêmicas como ela.
A reportagem acima chamou a minha atenção porque ela comemorava a festa de aniversário de seu filho mais novo, Salvatore, mas o pai não estava presente. Estranhei saber que essa jovem mulher também é avó: mal conta com quarenta e tantos anos. Vamos em partes…
As primeiras notícias que eu acompanhei sobre a atriz ainda datam a época na qual fora casada com o ator e diretor da Globo Marcos Paulo, que faleceu em 2012. Um homem muito talentoso.
(Marcos Paulo)
Marcos Paulo foi casado com outra linda mulher: Flávia Alessandra. Sim, trata-se de um homem de muita sorte. Hoje Flávia é casada com outro global, Otaviano Costa:
Sei que essa moça do meio, a mais velha, é fruto do casamento dela com Marcos Paulo.
Voltemos à Antônia. Seu filho mais velho, Samuel Fontenelle de Britto Almeida, é fruto do relacionamento com o ator Fernando Almeida, assassinado no Rio de Janeiro em 2004. O filho mais novo, Salvatore, é do seu terceiro casamento, com Jonathan Costa, do qual falaremos a seguir.
Falemos de Jonathan Costa. Trata-se de um jovem com vinte e poucos anos, que muito cedo debutou como funkeiro do Furacão 2000. Ele aparece abaixo, no Programa Super Pop, rebolando com a mulherada:
Jonathan é filho da também funkeira conhecida como “Mãe Loira” e do empresário do ramo musical Rômulo Costa, que trocou a “Mãe Loira” pela morena abaixo, Priscila Nocetti, também do funk:
(Rômulo Costa e Priscila Nocetti)
(Mãe Loira e Jonathan)
Jonathan é pai da Maithe, esta menina linda e sorridente na foto abaixo:
O que afinal quero com isso tudo? Falar da vida das celebridades? É claro que não. A vida foi feita para viver a dois ou em família, e não tenho absolutamente nada a ver com os assuntos pessoais de ninguém.
Mesmo assim, muito me entristeceu ver a Antônia Fontenelle, aquela linda mulher, comemorando o aniversário de seu filho Salvatore longe do pai da criança. Ela disse que ele estava com agenda de shows. Bem, é preciso lembrar que antes desse rapaz ela se envolveu com o boleiro Emerson Sheik, alegria de várias torcidas do Brasil e um namorador convicto, que já tem no currículo a ex-Panicat Nicole Bahls, a ex-Fazenda Veridiana Freitas, a modelo Luana Finger, dentre muitas outras.
(Emerson Sheik)
Há verdadeiras gerações de crianças sendo colocadas no mundo, fruto de relacionamentos que não deram certo. Por que não deram certo? Claro que as causas podem ser variadas: trabalho, estresse, problemas financeiros, desentendimentos, traição, dentre muitos outros.
Já atendi mulheres que se separavam por conta da violência doméstica. Isso é algo muito triste: no ambiente onde você espera ser acolhido, não pode haver abusos. Mas o trágico era que o ciclo se perpetuava: ela casou com um cara violento, era filha de pai violento, seu outro marido era também violento. Muito provavelmente o novo também será. “Mas ele é só violento quando bebe…”, uma disse. “E o sinal de alerta não ligou?”.
Lembro-me duma reportagem que saiu num jornal local sobre filhos que conheciam os pais na cadeia, e esses pais também eram filhos de detentos. Isso quer dizer alguma coisa?
Não é possível esconder nosso comportamento por muito tempo: basta um pouco de convivência. Os sinais estão sempre por aí, devem ser observados. Ou você acha que um homem que agride a namorada teve um comportamento isolado? Ou você acha que a namorada escandalosa é apenas uma fase da vida? Ou você pensa que um ex-drogado nunca terá uma recaída?
Jonathan teve uma filha antes de se casar com a Antônia. Ele é jovem, provavelmente era adolescente na época. Ele é fruto de um casamento que se foi por conta de uma moça mais jovem: não teve exemplo. Ele agora teve outro filho, separou-se da mãe. Terá outros relacionamentos. Mais um filho, com outra mãe? Será que o ciclo vai se manter?
Poxa, Antônia, o que você poderia esperar quando se casou com um menino que mal havia passado dos vinte anos?!? A fase dos “vinte e poucos” é para muitos pura nostalgia.
Nossa sociedade tem sido construída assim: trocamos vínculos por prazeres de curto prazo. Estamos aprendendo a escolher relacionamentos como quem vai ao supermercado e compra uma mercadoria: se não gosta, lixo! E todas as pessoas ao redor dessa relação acabam sofrendo, sobretudo os filhos. Esses moleques acabam muito revoltados e dando continuidade ao ciclo. Há exceções, é claro. Mesmo assim, é preciso olhar para a realidade e acompanhar o comportamento social de uma maneira geral.
O mal não se propaga de um ato direto em si, como dar um tiro em alguém. Entretanto, há muitos danos emocionais sendo propagados aos montes por aí, alguns nem compreendendo que são agentes desse sentimento que se forma nos seres humanos.
Olho para meus pais, num casamento de quase quarenta anos: quantas foram as dificuldades que passaram e todas as que ainda passam pelo bem da família, dando o exemplo, mostrando que a maior das liberdades é poder fazer uma escolha. Sim, nada melhor do que o bom exemplo. Agora entendo quando o Olavo diz que ter uma família é um ato de rebeldia contra o Estado. É na família que as pessoas se amparam, que os filhos são criados e protegidos, que os laços de amor se fortalecem.
Espero, do fundo do meu coração, que a Antônia tenha mais sorte da próxima vez que for escolher um parceiro. Mas que ela fique atenta aos sinais: ninguém larga de ser baladeiro do dia para a noite. Não se engane…
Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.
Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.
Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.
Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.
A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.
Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos
Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha, com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.
Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.
Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…
Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:
Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:
Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.
Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja: