Luciano Huck é o legítimo bom moço que toda mundo gosta: é bem sucedido, casado com uma linda e bem sucedida mulher, construiu um império e passa a imagem de ser um exímio pai de família.
Formado em Direito e Jornalismo pela USP, foi construindo uma trajetória de sucesso no mundo da comunicação, que o torna um dos principais apresentadores de televisão do Brasil da atualidade.
No Programa H, talvez o que tenha dado projeção nacional à sua carreira, foi responsável pelos fenômenos Tiazinha e Feiticeira, a alegria de muitos marmanjos durante a puberdade.
Bem sucedido, é claro, tem lá a sua cota de polêmicas. Uma delas é sua mansão em Angra dos Reis, que com a ajuda da família Cabral, violou uma série de normas ambientais. Recentemente, sugerindo complementação de renda dos professores, com aquele bom mocismo típico de global, pediu desculpas públicas. Noutros tempos, fez campanha a favor do desarmamento e acabou levando uma pior de Bene Barbosa:
Angélica, sua esposa, que o Brasil aprendeu a amar no seu programa para baixinhos, recentemente saiu em defesa do nu nas exposições, recebendo uma enxurrada de críticas na internet. Mal ela sabe da verdadeira luta que a sociedade brasileira enfrenta contra uma rede de criminosos que tentam impor o incentivo à pedofilia e à sexualização infantil nas escolas e em outros meios.
Pois muito bem. O foco não é esse. Luciano Huck vem sendo cotado como um possível candidato à Presidência da República do Brasil. Luciano nega a possibilidade de concorrer em 2018. Isso é muito óbvio, Luciano: como você espera sair de programas de palco e ir assumir o cargo mais importante de uma República?
No entanto, o DEM parece ter esfriado suas tentativas com João Dória e agora tem Huck como possível candidato. Não se sabe se ele seria realmente insano de concorrer agora, mas não se pode negar que, em algum momento, no futuro, isso ocorra.
Luciano tem a cara que o Brasil gosta. Apresentador, pai de família, empresário. Isso já foi comentado. Pode ser que o brasileiro acabe sendo seduzido com uma campanha muitíssimo bem articulada. Vão condenar Luciano por crime ambiental? Sabemos que, na escala de crimes, o ambiental acaba passando despercebido das críticas.
Luciano, mostre que você é realmente a favor do desarmamento e deixe de andar com seguranças armados.
O Brasil até tolera esses dois na televisão, isso porque ninguém mais dá a mínima para a Rede Globo.
Sabe o que é melhor? Vão cuidar das suas vidas em Angra dos Reis!
Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.
Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.
Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.
Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.
A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.
Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos
Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha, com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.
Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.
Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…
Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:
Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:
Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.
Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja: