Em um artigo intitulado “A Ku Klux Klan progressista”, afirmei que a esquerda havia criado os “escravos de consciência”, pessoas que seriam “obrigadas, por sua origem, a ter um comportamento padronizado e esquemático, em perfeita consonância com a agenda política”. O Movimento Gay fez isso com os homossexuais, o Movimento Feminista fez isso com as mulheres e o Movimento Negro fez isso com os negros e os mulatos.
Hoje, não se é gay a não ser que seja integrante de grupo LGBT, não se é mulher a não ser que proteste contra o patriarcado e não se é negro a não ser que seja um que busque a reparação histórica dos brancos. A esquerda toma os gays, as mulheres e os negros como construções sociais. Não há indivíduos, apenas coletividades abstratas que servem de tábua rasa para a ideologia.
O nome “Dia da Consciência Negra” já deixa claro a ideia de uniformidade. Os negros teriam uma consciência coletiva própria, o que nos leva a imaginar que outras etnias teriam formas diversas de consciência. Haveria uma forma de o negro pensar, assim como haveria uma forma de o branco pensar. A melanina seria fato gerador de comportamento e entendimento do mundo. É o empoderamento da pigmentação.
Não há consciência negra, apenas consciência individual. É preciso recuperar a ideia de que negros, assim como gays e mulheres, são mentalmente livres, e que não precisam servir de ribalta para o teatro dos demagogos.
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