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Luciano Huck e a elite progressista que quer catequizar os brasileiros

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A se confirmar o noticiário de bastidores, quando este texto estiver publicado, Luciano Huck já deverá ter anunciado que não se candidatará a Presidente. Será bom para ele e para o país. Mesmo assim, dado o tamanho da empolgação em torno de seu nome por parte de setores da mídia, da classe artística e do empresariado, é importante avaliar o que ele representa, já que foi eleito por alguns para ser eleito por todos.

Há uma certa elite no país, não aquela costumeiramente referida por Lula, que pretende determinar como todos devem pensar e agir. É uma gente esnobe e viajada, que ouve Chico Buarque, frequenta áreas VIPs de festivais e se espanta com o conservadorismo moral da ampla maioria da população. Dos bairros nobres onde vivem, pretendem reformar o cidadão médio, tornando-o mais progressista. Imaginam o Brasil do amanhã sem o brasileiro de hoje.

Enojados com Lula, visto como um traidor que se sujou no processo de chegada ao poder, entenderam por bem buscar um nome palatável ao mercado, fora do sistema político convencional, confiável para as donas de casa e simpático às minorias politicamente organizadas. Não poderia ser Marina Silva, que representou esse papel nas eleições 2010 e 2014, pois hoje tem imagem desgastada.

Toda cabeça oca é terreno fértil para a influência de terceiros. Luciano Huck não pensa coisa alguma. Até ontem, sua maior contribuição para o imaginário nacional era o quadro televisivo da Tiazinha, onde uma atriz portando lingerie preta e chicote sadomasoquista depilava as pernas de marmanjos amarrados. Ainda assim, Huck é inegavelmente popular, bem apessoado e com trânsito entre os mais influentes. Foi assim que tornou-se o nome ideal para servir de hospedeiro (no sentido parasitário) para as ideias da elite progressista.

Leia também: Luciano Huck já é cotado para disputar presidência em 2018

Escrevi em minha página no Facebook: “Diga o que quiser sobre Jair Bolsonaro, sobre Lula, sobre Ciro Gomes, sobre Marina Silva, sobre Geraldo Alckmin, sobre João Doria e até sobre Levy Fidelix, mas nenhum deles seria artificial como o Luciano Huck. Qual é a visão de país que esse sujeito tem? O que pensa sobre os problemas objetivos da sociedade? As respostas para essas perguntas são um mistério. Convenhamos que até o irmão dele, um ativista de extrema esquerda, tem mais a dizer”.

Em palestra no evento Connect Samba, cujos ingressos variavam de R$ 369 a R$ 739, o apresentador teve a oportunidade de falar um pouco sobre o contexto do país. O que saiu de sua boca não foi diferente do já visto em colóquios do Leandro Karnal ou em entrevistas do programa do Pedro Bial.


A elite progressista busca desesperadamente por um candidato. O ideal é que seja um Emmanuel Macron tupiniquim ou um Justin Trudeau tupinambá. Se não for Huck, terá de ser outro. O que importa é que o nome sirva como ponta de lança para a catequização social politicamentecorreta da população, esses selvagens reacionários que habitam as terras de além-mar.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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