Qualquer ação de Donald Trump leva a mídia internacional a fazer os piores prognósticos para o futuro da humanidade. Em janeiro de 2017, a revista “Galileu” reportava que a ascensão de Trump à Presidência dos Estados Unidos havia adiantado os ponteiros do “Relógio do Fim do Mundo”, um boletim que avalia a proximidade de acontecer um apocalipse nuclear. Quanto mais próximo das meia-noite o relógio fica, maior o risco de uma hecatombe. Na época da notícia, o tal relógio marcava 23:57:30. Entre as razões para os ponteiros marcarem esse horário estava “a dúvida em relação aos programas nucleares de países como Coreia do Norte”.
Nos últimos dias, conversações se estabeleceram entre a Coreia do Sul, os EUA e a Coreia do Norte. Segundo Chung Eui-yong, emissário da Coreia do Sul, o governo comunista de Pyongyang estaria disposto a rever seu programa atômico se fossem dadas garantias de segurança ao regime. Em manifestação em seu Twitter, Trump se mostrou desconfiado, mas elogiou a iniciativa da Coreia do Norte:
“Possível avanço está sendo alcançado em conversas com Coreia do Norte. Pela primeira vez em muitos anos se está fazendo um esforço sério por todas as partes envolvidas. O mundo está olhando e esperando. Pode ser uma falsa esperança, mas os EUA estão prontos para seguir em qualquer direção!”.
O Presidente americano faz bem em se manter cético, ainda mais levando em consideração que a negociação tem um louco do outro lado da mesa. A disposição da Coreia do Norte, entretanto, representa um enorme avanço em relação à situação anterior, quando a intermediação era de Barack Obama, o queridinho de todos.
É necessário aguardar para ver se haverá ou não algum gesto de Kim Jong-un que possibilite de fato o entendimento. O apocalipse e a 3° Guerra Mundial está longe, para infelicidade da imprensa. É prudente chamar um relojeiro para acertar os ponteiros do “Relógio do Fim do Mundo”.
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