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Bolsonaro conseguirá ser outsider se aliando ao PR de Valdemar da Costa Neto?

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Roberto Jefferson está empolgado. Há uma possível dobradinha entre o Deputado Jair Bolsonaro e o Senador Magno Malta em uma chapa presidencial. Ele postou em sua conta no Twitter:

Acredito que essa dobrada, com @jairbolsonaro e @MagnoMalta é poderosa, ainda mais com o tempo de TV do PR. Começo a acreditar que Bolsonaro chegará no segundo turno. Não se sabe contra quem, mas ele deve estar lá”.

Será que o eleitorado se empolga também? Ainda que Malta compartilhe dos posicionamentos  conservadores do Deputado, há um fator negativo em uma possível aliança: o partido do potencial vice. O PR foi fiel aliado do PT durante os mandatos de Lula e de Dilma. Além disso, teve inúmeros de seus integrantes envolvidos no escândalo do “Mensalão”. Valdemar da Costa Neto, que presidiu a legenda por muitos anos e que mantém enorme influência entre os filiados, chegou a ser condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do caso.

Para vencer a eleição presidencial, Bolsonaro precisará de mais do que militantes em aeroportos e internautas postando em páginas no Facebook. Será necessário apoio político e tempo de TV. Mais do que um vice em sintonia com o titular, a aliança pragmática com o PR poderá fornecer esses instrumentos. No entanto, abrirá o flanco de sua candidatura para ataques de adversários no campo da ética e da moral. Mesmo sem estar envolvido em nenhum caso de corrupção, Bolsonaro será cobrado por ter se unido a um partido repleto de condenados e fichas-sujas.

É bom lembrar que um dos trunfos eleitorais de Bolsonaro é não ser visto como parte do sistema político, ainda que seja integrante do Legislativo há vários anos. A percepção pública em relação ao Deputado é que se trata de uma figura de fora, de um desgarrado convicto, de um lobo solitário brandindo contra a impunidade e os criminosos. Vai ser difícil bancar o outsider tendo mensaleiros no palanque.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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