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Perca o debate e difame o vencedor: a guerra cultural da grande mídia

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Se você ainda não viu, está mais do que na hora. A entrevista do professor Jordan Peterson à jornalista Cathy Newman para o canal Channel4 é um daqueles momentos mágicos da história política mundial, um daqueles vídeos que dá vontade de ver e rever.

A entrevista

No dia 16 de janeiro, o Channel4, um dos canais de TV aberta mais populares do Reino Unido, transmitiu a entrevista concedida pelo canadense e professor de Psicologia pela Universidade de Toronto, Jordan Peterson, à jornalista Cathy Newman (assista aqui).

Não é um fato público ou um contexto histórico específico que confere importância à entrevista. Também não é pelo fato de a pessoa entrevistada ser uma personalidade pública. A entrevista é genial porque Peterson dá uma aula de como debater em altíssimo estilo. Além disso, é relevante porque é um showcase de como a guerra cultural é travada no mundo todo.

Quem é Jordan Peterson

Isso não é desfazer da importância das personagens. Jordan Peterson é um dos grandes pensadores da era digital. Conta com mais de 400 mil seguidores no Twitter e mais de 720 mil na sua página no Youtube. Seus vídeos crescem em alcance na internet a cada dia e no Brasil muitos já foram traduzidos pelos canais Tradutores de Direita, Embaixada da Resistência, entre outros. Peterson é um crítico do pensamento pós-modernista e do marxismo cultural.

A sua análise é precisa e cientificamente rigorosa. Ele identifica a matriz comum das formas de manifestação mais frequentes da histeria esquerdista contemporânea e as expõem de forma irretocável. Não resta pedra sobre pedra: feminismo, cultura do oprimido, movimento LGBT, todos são desmascarados minuciosamente.

A entrevistadora

A entrevistadora infelizmente não é personagem tão interessante como o entrevistado. Cathy Newman não é uma autora ou uma pensadora original, mas tem reputação de ser uma jornalista implacável, que deixa seus entrevistados em saia justas. Não foi dessa vez.

O Debate

O mote da entrevista foi o lançamento do novo livro de Peterson, “12 Rules for Life: An Antidote to Chaos”. Ainda não há tradução para o português.

Os assuntos que ocuparam a maior parte da entrevista foram a crise da masculinidade, feminismo e ‘transgenerismo’. Em pouco menos de 30 minutos, Peterson dá uma aula de como debater com uma pessoa mal intencionada, que distorce cada palavra que é dita.

É difícil encontrar uma só passagem na entrevista em que Cathy não deturpa completamente as afirmações de Peterson. Mas não era só isso: as perguntas também eram postas de maneira que sempre implicavam Peterson como misógino ou homofóbico. Quase todas as perguntas que Cathy fez começavam com a expressão “so you’re saying that” (“então vocês está dizendo que”), seguida por uma completa deturpação do que Peterson disse anteriormente.

Um exemplo dentre dezenas: depois de discorrer que diferenças salariais entre homens e mulheres estão associados a outros fatores que não só gênero, Cathy pergunta “então vocês não acredita na diferença salarial [entre homens e mulheres]?” ou ainda “então você está dizendo que mulheres não são inteligentes o suficiente para dirigir grandes empresas?”.

E assim foi durante a meia hora de entrevista. O problema é que a tática não surtiu o efeito esperado. Peterson nunca se intimidou, nunca perdeu a calma, sempre respondeu de forma clara e precisa. Cathy foi vendo suas armadilhas sendo desarmadas uma a uma.

Guerra Cultural. Grande Mídia.

Memes retratando as interpretações capciosas de Cathy. “Mulheres querem homens fortes e competentes” diz Peterson. “Então você esta dizendo que mulheres são incompetentes?” responde Cathy.

Liberdade de expressão

O ponto alto da derrocada foi quando Cathy penetrou o terreno da liberdade de expressão. Aqui cabe uma introdução.

Peterson ficou conhecido mundialmente depois de iniciar uma campanha contra um projeto de lei do governo canadense que criminalizava o uso incorreto dos pronomes como um desrespeito a “identidade de gênero” individual.

A lei obrigava aos cidadãos a falar de modo específico sob pena de sanção penal. Obviamente a medida era uma clara tentativa de violação do direito de liberdade de expressão e Peterson foi uma das principais vozes críticas desse projeto no Canadá e por causa disso ganhou projeção internacional.

Ao tratar do tema, Cathy mais uma vez tentou colocar Peterson numa saia justa e perguntou: “por que seu direito de liberdade de expressão supera o direito de uma pessoa trans de não se ofender?”. Jordan respondeu:

“A fim de ser capaz de pensar que você tem que arriscar ser ofensivo. Veja a conversa que estamos tendo agora. Você certamente está disposta a arriscar a me ofender na busca da verdade. Por que você deveria ter esse direito? Está sendo bastante desconfortável. Mas você está fazendo o que você deve fazer: está ‘cavando’ para ver o que diabos está acontecendo. E é isso que você deve fazer. Você está exercendo sua liberdade de expressão para certamente arriscar a me ofender. E está tudo bem. Ao que me consta, mais poder para você!”

A resposta não chegou a ser filosoficamente profunda, mas foi acima de tudo verdadeira. Tudo o que Cathy fez nos vinte minutos que antecederam a essa pergunta foi tentar ofender Peterson, pintando uma caricatura grotesca do entrevistado. A resposta deixou Cathy atônita. Demorou quase 20 segundos para que ela conseguisse se recompor e fazer a próxima pergunta. E 20 segundo em televisão é uma eternidade! Foi um dos momentos mais embaraçosos da história da TV mundial.

Mudança de rumo: lagostas?

E depois disso foi um pesadelo para Cathy. Logo em seguida, em um outro momento em que ela se viu perdida e desorientada por mais um contragolpe de Peterson, ela muda rapidamente de assunto e pede a ele que fale sobre a ‘lagosta’. Peterson, surpreso com o pedido extemporâneo, começa a discorrer sobre o primeiro capítulo do seu novo livro em que ele contesta a ideia de que hierarquias são “construtos sociais do patriarcado ocidental” utilizando o exemplo das lagostas.

O sistema nervoso das lagostas, explica o professor, funciona de forma muito similar ao dos seres humanos. E, assim como os seres humanos, lagostas se organizam em hierarquias. Peterson usa o exemplo da lagosta para chamar a atenção de que existe uma explicação biológica para hierarquias sociais e que, portanto, elas não são meramente um construto cultural.

Eis que Cathy responde: “Então você está dizendo que nós devemos organizar as nossas sociedades da mesma maneira que as lagostas?”. Inacreditável!

Viralizando

A vitória de Peterson foi tão esmagadora e a derrota de Cathy foi tão vexaminosa que a entrevista rapidamente viralizou na internet. Só no canal oficial do Channel4 no Youtube, o vídeo publicado no último dia 16 de janeiro já conta com 8 milhões de visualizações. Uma infinitude de memes com referencia a entrevista circularam pela internet.

Não obstante, a cordialidade entre os dois manteve-se intacta. Cathy Newman postou no twitter “Adorei fazer o Battle [nome do programa] com você, Jordan – obrigado por ser um bom adversário”. Peterson, em uma outra entrevista concedida após essa, também dirigiu palavras de estima a Cathy.

Guerra Cultural. Grande mídia.

“Eu tive bacon e ovos no café-da-manha” (Peterson), “Então você esta dizendo ‘mate todos os veganos” (Cathy)

A repercussão da vitória de Peterson galopava pelas redes sociais quando veio o golpe baixo da mídia. Passados três dias da entrevista, um dos editores do Channel4 postou no Twitter que, em face de um grande número de mensagens agressivas e direcionadas à Cathy nas redes sociais, o canal tivera que contratar “especialistas em segurança” para analisar as ameaças.

A notícia implicava que os ataques partiram de seguidores de Peterson, mais uma vez pintando uma caricatura do psicólogo e seus admiradores como fanáticos radicais. As supostas ameaças recebidas por Cathy foram noticiadas em todos os grandes jornais da Inglaterra.

Artigo do Independent denuncia ‘ataque misógino’ contra Cathy. A autora comparou as criticas à jornalista com ‘defender um estuprador em série’.

 

A Narrativa

O debate deveria ter sido noticiado como uma vitória acachapante de Peterson contra Cathy Newman. No entanto, transformou-se noutra coisa. Foi uma oportunidade de a grande mídia difamar e imputar todo tipo de acusações sórdidas a um dos grandes pensadores conservadores da atualidade.

Por mais que Conservadores e Liberais aprendam a debater com a mesma maestria que Peterson demonstrou, aniquilando seus adversários com calma e serenidade de um Buda, desviando das armadilhas como se fossem bolinhas de papel, dissecando argumentos como fossem corpos putrefatos, ainda assim a narrativa pública pode ser completamente falseada, e o resultado prático de uma vitória incontestável ser transformado, do dia para a noite, em uma notícia das páginas policiais na qual o debatedor vitorioso é “vilão, assassino, estuprador”.

Descreditar os farsantes da grande mídia parece ser o único caminho para semear vitórias efetivas no debate cultural. Eles estão dependentes de uma autoridade há muito tempo perdida.

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A jornada da Balenciaga, marca que vai da defesa do aborto ao abuso infantil

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Último ensaio da marca de luxo colocou crianças em imagens contendo produtos adultos e referências a algo que faria nosso título ser banido das redes sociais

A Balenciaga é uma daquelas marcas de luxo que vendem (preço no Brasil) jaquetas por R$ 34 mil e tênis de R$ 10 mil. Volta e meia, a empresa choca o público desse mercado com coleções exóticas que remetem a sacos de lixo ou produtos usados.

Com sede na França, a Balenciaga tem origem espanhola e é uma das principais marcas de luxo do grupo Kering, controlador de marcas como Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Alexander McQueen e outras. Com 42 mil empregados, o Kering teve um lucro de 17,6 bilhões de Euros em 2021.

Balenciaga e o abuso infantil

Ferramentas de promoção da coleção 2022/2023 da Balenciaga, duas campanhas publicitárias lançadas no dia 16 de novembro chamaram a atenção. A primeira, chamada “Gift Shop”,  usa imagens de crianças portando bolsas de ursinhos paramentados com acessórios do mundo BDSM e até uma faixa plástica similar às usadas em cenas de crime para isolamento aparece no cenário com o nome Baalenciaga (usando dois As), apontado por usuários na internet como referência a BAAL, demônio antigo que (adivinhem!) sacrificava crianças.

A segunda, ambientada em um ambiente de escritório de Nova Iorque,  tem fotos que deixaram transparecer papéis com cópia de processo da justiça americana sobre pedofilia e o  livro Fire From The Sun, de Michael Borremans, conhecido por mostrar gravuras de crianças nuas.

balenciaga abuso infantil

Site da Balenciaga com uma das fotos do ensaio Gift Collection, do fotógrafo Gabriele Galimberti.

Detalhe de outra imagem: criança deitada próxima a taças de bebida e acessórios da marca. Atrás, o ursinho sadomasoquista.

 

Depois do escândalo, o fotógrafo responsável pelo ensaio com os ursinhos declarou publicamente que estava “apenas tirando fotos” de um cenário montado por outras pessoas. Já a própria Balenciaga emitiu nota pedindo desculpas pelo ensaio, que as bolsas em formato de ursinho não deveriam estar no cenário com crianças e que removeu as peças de seus canais, além de tomar medidas judiciais milionárias contra os responsáveis pelo segundo. “Nós condenamos com veemência o abuso infantil de qualquer forma e defendemos a segurança das crianças e seu bem-estar” complementa a nota.

Parte do “notão” postado no Instagram em 28 de novembro sobre os ensaios com abuso infantil e referências à pedofilia…

balenciaga aborto

e a nota de apoio ao aborto para as funcionárias americanas em 28 de junho. Seis meses de diferença e a repetição das palavras.

Tweet do youtuber @shoe0nhead sobre o escândalo e suas milhares de curtidas. É só o começo.

Vinte e duas semanas antes, a Balenciaga publicou no Instagram uma forte defesa do aborto, chamado de direito humano da escolha, garantindo que suas funcionárias americanas terão despesas com procedimentos abortivos cobertas pela empresa. “Pela saúde e bem-estar da comunidade Balenciaga neste momento de incerteza”, eles disseram. A nota foi provocada pelas decisões da Suprema Corte americana à época (Revogação da Roe vs Wade).

O resultado

Além da atenção dada pela imprensa internacional, a marca vê celebridades tentando de alguma forma desvilcular a imagem após o escândalo. A mais famosa delas é Kim Kardashian, que vai lidando com o caso nota após nota, em um controle de danos que envolve base de fãs, mercado de influência e muito dinheiro. Já a “internet” em geral ferve em campanhas que querem cancelar a marca e até queimar (literalmente) os produtos.

Inaceitável

Então, uma empresa bilionária, que trabalha nos extremos da criação artística, lança não um, mas dois ensaios com referências a abuso infantil e pedofilia, de forma sutil ou descarada, pede desculpas, reconhece alguns “erros” e segue em frente? Não é bem assim. A seleta clientela deve tomar consciência sobre o significado da compra e endosso da filosofia da marca e até mesmo a Justiça dos países onde o grupo atua deve abrir o olho e descobrir a real cadeia de comando que permitiu tais experimentos. Sem trocadilho, a sociedade não pode deixar que esta moda pegue.

PS. Há muito mais na internet sobre referências ocultas nos ensaios, ampliadas para outras figuras ligadas à Balenciaga e suas influências. O Twitter está cheio de teorias e a comprovação dos fatos exige cuidado.

 

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A Saga de Sage: uma história cruel sobre a interferência do Estado nas famílias americanas

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A Saga de Sage

Uma adolescente retirada da família com anuência da escola e diversos órgãos federais americanos, tudo em nome da ideologia de gênero

 

Nota do editor: a história que publicamos aqui foi divulgada por Jordan Peterson em agosto de 2022 e faz parte do fórum Parents with Inconvenient Truths about Trans (PITT), lista que reúne famílias que trocam informações e sofrem na pele os problemas da ideologia de gênero nos Estados Unidos. Termos específicos da cultura americana foram substituídos na tradução para o português, para uma melhor clareza. 

A saga de Sage

Esta é a história de uma menina de 15 anos, Sage Lily. A autora, sua mãe adotiva – que também é sua avó -, quer que o mundo saiba o que está acontecendo com crianças identificadas como trans vulneráveis ​​como sua filha. Quando recebemos sua história, imediatamente a colocamos em contato com pessoas em nossa rede que poderiam ajudá-la e obter visibilidade de sua história com um público mais amplo. Estes fatos estão acontecendo agora; tire um tempo para ler esta história.

Eu sou a avó de uma menina de 15 anos, Sage Lily. Adotei Sage quando ela tinha apenas 2 anos de idade. Sage e eu moramos na Virgínia com meu marido.

Sage começou a passar por confusão de gênero na 8ª série. Até então, ela era uma aluna nota 10 que gostava de tocar piano e escrever poesia. Em sua pequena escola, como Sage me informou, todas as meninas eram bi, trans ou lésbicas. Em algum momento, a influência social a dominou. Ela disse aos seus amigos e professores que queria ser trans e que Sage não seria mais seu nome – ela pediu para ser chamada de “Draco” e referida como um menino. A escola aceitou e deu apoio, ação que é uma obrigação legal no estado da Virgínia.

Infelizmente, a escola não contou a mim, sua mãe legal, sobre nada disso – fiquei no escuro. Eu gostaria de ter sido informada. Se eu soubesse, esta teria sido uma história muito diferente.

Em agosto passado (2021), Sage começou a 9ª série na escola secundária local com sua identidade trans, sem que eu soubesse. Ela sofreu bullying e tornou-se extremamente vulnerável. Logo ela seria atacada na internet – um fato que eu só soube mais tarde.

Em 25 de agosto, ela fugiu de casa. Imediatamente notifiquei o xerife local. Seu caso rapidamente se agravou e o FBI e o US Marshall se envolveram. Sage foi vítima de tráfico sexual e levada da Virgínia para Washington e depois transportada para Maryland. O FBI e os delegados a encontraram em um quarto trancada na casa do criminoso às 22h do dia 2 de setembro. Eles me ligaram para me avisar e para me informar que eu poderia buscá-la na manhã seguinte para trazê-la para casa na Virgínia. Disseram-me que ela precisava passar a noite em um centro de detenção, pois estava sendo tratada no hospital, e precisava de um kit de estupro completo. Eu estava nervosa, como você pode imaginar, e perturbada por não ter permissão para vê-la imediatamente.

Cheguei ao centro de detenção bem cedo na manhã seguinte. No entanto, uma vez lá, recebi notícias surpreendentes e devastadoras – Sage estava sendo representada por um advogado de menores e não teria permissão para voltar para a Virgínia conosco, e eu não teria permissão para vê-la até que uma audiência no tribunal ocorresse. E, além disso, meu marido e eu seríamos investigados por “abuso” porque a chamávamos de “Sage” e não de “Draco”, e usávamos pronomes femininos em referência a ela, em vez de ele/dele.

Acusações de abuso foram feitas contra mim e meu marido e Sage foi colocada na UNIDADE PARA MENINOS do Lar Infantil – onde ela foi novamente abusada. Depois disso, ela foi colocada em uma sala privada. Novamente, não fui avisada de que Sage (com corpo feminino) foi colocada em uma unidade masculina. Então agora minha filha traumatizada havia sido sequestrada, traficada sexualmente e depois abusada sexualmente novamente enquanto estava sob os cuidados do Estado, em vez de retornar ao seu lar amoroso para se refazer. Em vez dos cuidados com o trauma que Sage precisava desesperadamente quando foi resgatada, ela foi manipulada e nossa família foi tratada injustamente. Em vez de obter a ajuda que ela merecia e precisava desesperadamente, ela estava fadada a experimentar ainda mais dor e sofrimento.

Após uma investigação do Serviço Social de Maryland e da Virginia, as acusações de abuso foram consideradas infundadas. No entanto, Sage ainda não tinha permissão para voltar para casa. Em vez disso, ela foi colocada no centro do palco para promover uma agenda política e de gênero para um defensor público de Maryland, claramente sem conhecimento do trauma causado pela exploração sexual de uma criança.

Uma típica jovem de 14 anos é emocionalmente imatura e luta com muitos problemas. Sage tinha problemas adicionais além dessas preocupações normais, pois havia sofrido um trauma grave antes dos dois anos de idade. Agora, com esse novo trauma de ser traficada sexualmente, ela estava ainda mais vulnerável. Apesar dos programas residenciais terapêuticos na Virgínia que estavam dispostos e aptos a aceitá-la, o defensor público de Maryland disse que Sage não poderia ir por causa da identificação trans. E o juiz do tribunal juvenil de Maryland concordou!

Em 8 de novembro de 2021, o juiz de Maryland finalmente liberou Sage para uma instituição na Virgínia. As autoridades recorreram logo no dia seguinte (indo contra a lei interestadual de custódia) e o estado de Maryland continuou a manter a custódia da minha filha, esperando colocar Sage em um lar adotivo em Maryland. Por quê? Porque eu a chamei de Sage, seu nome legal, e não de Draco. Neste caso, foi simplesmente porque meu marido e eu esquecemos – porque certamente, desesperados para ter nosso filha de volta, teríamos feito qualquer coisa, inclusive usar o nome Draco. Agora, nossa criança abusada, vítima de um crime federal de tráfico sexual, estava sendo enviada para um lar adotivo por causa da ideologia de gênero. Não há como interpretar que isso era do melhor interesse do meu filho.

Para piorar as coisas, um dia, em 12 de novembro, Sage não voltou ao abrigo infantil depois da escola. Ela tinha fugido novamente. A polícia, o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) e o FBI foram notificados.

Nesse ponto eu só podia esperar e rezar para que Sage não estivesse de volta nas mãos dos predadores. Eu rezei para que ela ainda estivesse viva. Todos deveriam estar procurando por ela. Em vez disso, o recurso de Maryland permaneceu ativo e os advogados se concentraram em usá-la para estabelecer jurisprudência para indivíduos transgêneros (esse advogado chegou a aconselhar minha filha que ela pretendia entrar com um recurso e, se isso falhasse, iria para a Suprema Corte !). Essa era a principal intenção do advogado de Maryland – e isso deveria ser realizado com o risco da saúde mental de minha filha e agora de sua vida.

Para meu horror, o delegado de Maryland descobriu que Sage havia sido enviada de Maryland para Dallas, Texas. Em 24 de janeiro de 2022, o Texas Marshal, pela graça de Deus, a encontrou em uma sala trancada onde, mais uma vez, ela havia sido abusada por um predador. Ele a usou para pornografia, vendeu seu corpo por dinheiro, a deixou com fome, espancou-a e a drogou. Foi um verdadeiro milagre que ela foi encontrada. Tantas crianças nunca são encontradas. Mas, sua exploração nunca teria acontecido se não fosse a intervenção do estado de Maryland.

Agora Sage está em uma instalação terapêutica residencial pelos próximos 1 ou 2 anos, dependendo de quão bem ela responde ao programa. Ela vai lutar com essas consequências para o resto de sua vida. Ela tem apenas 15 anos. Ela passou seu aniversário de 15 anos, 20 de outubro, em Maryland – e eu nem tive permissão para visitá-la. Chorei o dia todo naquele dia.

Eu quero compartilhar sua história com qualquer um e todos que vão ouvir. Eu sou apenas uma pequena voz para milhares dessas crianças que nossa sociedade está colocando em perigo ao aprovar leis que lhes dão mais direitos do que os pais que estão lá para protegê-las. Essas novas leis estão colocando crianças vulneráveis ​​como a minha em perigo. Essas crianças não são capazes de tomar as decisões com as quais têm poder, e os adultos estão intervindo para explorá-las, enquanto seus pais foram relegados à margem. O cérebro dessas crianças não está totalmente desenvolvido até os 25 anos! Estamos permitindo que essas crianças, escolas e instalações médicas mantenham legalmente informações em segredo dos pais. Isso é muito real e muito assustador. Eu deveria saber.

Precisamos nos tornar uma voz ativa e alertar as pessoas que a vida de seus filhos está em jogo – literalmente. Há predadores doentes por aí observando e esperando por essas crianças confusas. Nossa sociedade os está desviando ao permitir que essas leis sejam aprovadas. É uma questão muito real que merece muito mais atenção. Acha que isso não pode acontecer com você? Pode. Ajude compartilhando a história de Sage.

Os destaques são nossos. Link para a postagem original, em inglês, aqui: The Saga of Sage.

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Ernesto Araújo é convidado para explicar apoio brasileiro ao Plano de Paz de Trump

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Conforme divulgado pelo site de notícias do Senado Federal, a Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou na quinta-feira passada (6) um convite para que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, preste informações sobre a posição brasileira em relação ao plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o conflito entre Israel e Palestina. A data da audiência pública ainda não foi definida.

Depois de estreitar os laços da Coreia do Norte com o Ocidente, algo antes nem sonhado por Barack Obama, o democrata que inclusive foi agraciado com Nobel da Paz, agora Donald Trump quer dar um rumo para um conflito que se estende desde a fundação do estado de Israel. O plano divulgado pelo governo norte-americano no dia 28 de janeiro prevê o reconhecimento de Israel e Palestina como estados soberanos.

De acordo com o plano, Jerusalém permaneceria indivisível como capital israelense, enquanto o povoado de Abu Dis abrigaria a capital do Estado Palestino. Lideranças palestinas criticaram a proposta, considerando que ela favorece os interesses de Israel. Ainda, estabelece a soberania israelense sobre boa parte do vale do rio Jordão, a oeste da fronteira com a Jordânia. Este território engloba partes da Cisjordânia, região de maioria palestina que é reivindicada como parte do Estado palestino. Trump anunciou o plano na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que historicamente defende a anexação do Vale do Jordão por Israel (imagem).

No seu pronunciamento, o presidente norte-americano apontou que será uma solução realista para os dois Estados, sendo que, assim, nenhum palestino ou israelense “será retirado de suas casas”. A proposta também inclui um investimento comercial de US$ 50 bilhões, que geraria, segundo Trump, 1 milhão de empregos para os palestinos nos próximos dez anos.

No entanto, a proposta não está sendo vista pelos mesmos olhos do lado palestino. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, criticou e recusou nesta terça-feira, 11, perante o Conselho de Segurança da ONU, o plano de paz para israelenses e palestinos proposto pelos Estados Unidos. Na sua avaliação, o plano não proporciona soberania ao povo palestino.

O apoio brasileiro foi imediato. É notório o estreitamento dos laços do presidente Jair Bolsonaro com EUA e Israel. O autor do requerimento de convite para o ministro Ernesto Araújo é o senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele destacou que, um dia após a apresentação do plano, o Itamaraty divulgou uma nota de apoio à proposta de Donald Trump. “Trata-se de iniciativa valiosa que, com a boa-vontade de todos os envolvidos, permite vislumbrar a esperança de uma paz sólida para israelenses e palestinos, árabes e judeus, e para toda a região”, destaca a nota do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

Para Esperidião Amin, a postura do Itamaraty representa uma “mudança de posição”: “O Brasil tem uma história de relação tanto com Israel quanto com a Palestina. Nenhum país do mundo tem uma relação tão diplomática, tão intensa. Chamar o ministro para explicar essa mudança da posição do Brasil não significa contestar. Mas ignorar isso, creio que seria uma irresponsabilidade”.

O presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou que o ministro Ernesto Araújo se dispõe a participar da audiência pública.

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