O policial militar Jean Felipe de Abreu Carvalho foi morto em confronto com bandidos no início da madrugada desta sexta-feira. O caso acorreu na Avenida Cesário de Mello, em Paciência, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele é o 26° oficial a ser abatido no Estado durante o ano de 2018. Em 2017, foram 134 policiais mortos.
Não esperem manifestações de artistas, sessões especiais do Legislativo, reportagens do Jornal Nacional e comoção por parte dos órgãos de mídia. Não haverá convocação para atos intitulados “Policial Jean Felipe de Abreu Carvalho Presente!”, como ocorreram com Marielle Franco, a vereadora do PSOL assassinada no meio da semana.
Há quatro anos na polícia, Jean trabalhava na UPP de Vila Kennedy e era casado. Ele também “tombou”, mesmo que esse termo dificilmente venha a ser empregado para descrever seu assassinato. Não será tratado como símbolo do combate ao crime, ainda que tenha matado um dos bandidos antes de ser alvejado. Afinal, ele é um policial, não um militante social. Não tem um combo ideológico para ser explorado politicamente.
Sem provas, a esquerda praticamente responsabilizou a Polícia Militar e as forças de segurança pela morte da vereadora. Tudo faz parte da estratégia de desmoralização pública, cujo objetivo é aumentar a pressão para que a intervenção federal no Rio de Janeiro seja encerrada.
Há uma tentativa de se colocar a polícia e os militares contra o povo, como se eles estivessem operando no sentido de “oprimir os pobres e as comunidades carentes”. É por isso que esses mesmos que estão aos prantos por Marielle não derrubarão uma única lágrima por Jean. Não vão saudar como herói quem é integrante de uma corporação que está sendo pintada como vilã.
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