O termo globalismo foi recentemente adicionado ao debate político nacional. Entretanto, já na década de 90, o filósofo Olavo de Carvalho denunciava os passos que estavam sendo dados no Brasil quanto ao assunto.
Um dos fundadores do PT, César Benjamin, em entrevista recente, disse com todas as letras: “a Fundação Ford, no começo da década de 90, foi taxativa: investiria na esquerda brasileira, em especial no PT, desde que o partido englobasse as pautas raciais da fundação”. A fala de Benjamin é o testemunho de que esteriótipos como a vereadora do PSOL, Marielle Franco, foram fabricados de cima para baixo por fundações internacionais. Estas fundações, levando para o mundo inteiro uma nova agenda, gestada pela ONU, com apoio maciço de grandes meta-capitalistas. O objetivo: tornar o mundo mais homogêneo culturalmente e facilmente controlável. Aí nasce verdadeiramente a esquerda identitária tupiniquim: gayzismo, feminismo, racialismo e luta de classes regado a dólares e apoio de nada mais nada menos que a ONU.
César Benjamin, Secretário da Educação da cidade do Rio de Janeiro
A década de 90 e os anos 2000 são marcados pelo aumento progressivo dessa estrutura, a ONU, através de seus órgãos secundários, como a Unesco. O termo “direitos humanos” é trabalhado de forma transversal em todas as áreas do comportamento humano. É a pauta de um espectro político se tornando lei internacional.
Mas onde a Marielle entra neste contexto?
Desde a sua morte, descobrimos as entranhas da vida política de Marielle. Ela era o produto perfeito do globalismo no Brasil: negra, vinda da periferia, lésbica e comunista. Qualquer semelhança destas características com aquilo que estarreceu o César Benjamin nos anos 90 não é mera coincidência.
Marielle Franco
Marielle defendia ipsis litteris toda a divisão artificial do tecido social brasileiro almejado pela ONU e financiado por fundações como a do famigerado George Soros. Ainda mais, o estereótipo dela se provava artificial tal como o globalismo é. Recebeu uma quantia ínfima de votos na sua própria periferia e foi eleita com uma votação expressiva na Zona Sul carioca, elite inconteste do Rio de Janeiro.
Existe maior símbolo de top down cultural que esse? Marielle era marionete de elites que talvez ela desconhecesse. Ela acreditava lutar por algo, esse algo era o mesmo dos meta-capitalistas do mundo.
A atuação parlamentar da psolista era a própria linha de combate da ONU contra a cristandade mundial: luta de classes, feminismo e gayzismo. Em especial, usava o confronto sangrento no Rio de Janeiro para agradar uma narrativa de classes que alimentava o ego da classe artística global. O “romantismo” dos morros cariocas era acossado pela “violência policial”, materializada em duas frentes: “banda podre da polícia” e as milícias. A tensão complexa da guerra civil carioca é o veículo perfeito para ganho de capital político. E foi isso que ela fez da sua vida pública. Era isso que queria a Fundação Ford lá nos anos 90.
Após os términos dos governos mais tóxicos para o tecido cultural já registrados, do Obama nos EUA e do PT no Brasil, a esquerda se vê sem os seus dutos e facilidades de meios de ação de outrora. Mesmo assim, ainda com a estrutura vinda da ONU, segue acirrando os confrontos por onde passa. Nesse contexto em que Marielle é assassinada, e pior, durante uma intervenção federal na segurança pública carioca, algo que era insuportável àquela narrativa de luta de classes. O frame do militar “oprimindo” pobres em favelas era perfeito, tudo unido à condição de guerra política atual, “Fora Temer” e “fim das polícias militares”, algo que, não por coincidência, defendido pela ONU.
Logo após o assassinato, veio a politização da tragédia. A rede Globo entra em colapso sugerindo que tem algo a ver com a intervenção federal. A esquerda em catarse acusando a polícia de tal feito – pois Marielle os “combatia”-, um sem igual de motivos ventilados, mas o mais certeiro: “ela morreu por ser negra, lésbica e comunista”. É o cadáver que a ONU pediu a Deus. E o que ela faz? Usa a Anistia Internacional para soltar notas de repúdio ao sistema policial no Rio, defendendo que a morte da vereadora foi “política”.
Tudo muito distante da realidade em que traficantes e milicianos se matam por espaço nos morros cariocas. Marielle, estava nesse entre meio, e morreu por ele, assim como muitas das 60 mil mortes no Brasil se sucedem: guerra de facções. A morte de Marielle foi isso. Não teve política envolvida, mas o crime organizado. Algo que não interessa para a narrativa globalista.
O enterro não poderia ter sido mais simbólico. Aos gritos de “fim da polícia militar”(pauta da ONU), Marcelo Freixo comandava o “espetáculo”. George Soros twitta em “solidariedade” à psolista. A esquerda tenta transformar o cadáver em bandeira. Lança sobre o caso fétidas estratégias políticas, recheadas de figuras de linguagem e hashtags sem respeito algum e silêncio aos mortos.
A estratégia vai além, numa dobradinha da Globo e Facebook: a esquerda lança um plano mais ousado. Usa a morte da vereadora contra as mídias sociais de direita, agora acusadas de “fake news” pela gigante de desinformação(Globo). A emissora praticamente obriga o Facebook a rifar alguma cabeça da direita: ela é entregue, Luciano Ayan, combatente talentosíssimo das narrativas da esquerda/grande imprensa, acaba banido da mídia social. O MBL é lançado ao centro de uma morte comum ao reverberar a opinião de uma procuradora carioca.
Notem que todo o jogo é controlado desde sempre: narrativa politizada da morte, Globo, facebook, ONU, fundações internacionais e até a pessoa física de George Soros. Todos juntos dão pauladas na verdade e se aproveitam para censurar adversários. Este é o globalismo nu.
Mas as evidências daquilo que podemos chamar de interferência internacional na nossa cultura não param por aí. Assim como nos anos 90 as fundações foram decisivas nesse front, o passo seguinte era transformar o nome de Marielle em mártir político. Afinal, depois da catarse, quem seria contra?
Rapidamente um “Instituto Marielle” é erguido, com a pauta da vereadora-ONU, e (pasmem!) com 34 milhões de reais disponíveis. Isso mesmo. Enquanto movimentos orgânicos da direita como o MBL fazem vaquinhas na internet para sobreviver, em uma semana o globalismo mostra o seu poder financeiro acachapante e bilionário. É um forte recado: mataram a Marielle, mas a fábrica de esteriótipos como o dela não vai parar. Pode até acelerar.
Este mecanismo global se mostrou como um todo no caso Marielle. Não há como negá-lo. O Globalismo saiu das teorias políticas para se revelar real e atuante.
A Marielle tem que viver para sempre no coração do Brasil miscigenado e não do dividido. No Brasil de Gilberto Freyre, e não no da ONU.