Cultura

Kanye West, a mais nova vítima da intolerância dos tolerantes

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O rapper Kanye West está sendo alvo de um massacre público nos Estados Unidos. Tudo porque postou mensagens declarando simpatia por Donald Trump. Imediatamente, o cantor passou a ser atacado pela mídia de esquerda, por seus colegas no mundo das artes e por parte do público engajado. Ele é a mais nova vítima da intolerância dos tolerantes.

São exatamente esses que praticam a execração de West que se arrogam monopolistas do diálogo, da condescendência, da empatia, da ponderação e de todos os outros atributos que só as pessoas pretensamente maravilhosas possuem. Uma rápida busca no Twitter pode evidenciar a interminável quantidade de epítetos que foram lançados contra o cantor. Até mesmo a sanidade mental dele foi colocada sob questionamento.

Não demorará muito para que opiniões consideradas inadequadas ou indesejáveis sejam encaradas como sintomas de doença. O método não é novo. Na União Soviética, era comum que inimigos do regime fossem considerados loucos e terminassem seus dias na Sibéria. O que antes era uma prática totalitária agora parece ressurgir como um ato de preocupação genuína. “Vamos tratar esses selvagens que não conseguem ser progressistas”, dirá algum estagiário do New York Times. “Vamos salvá-lo de si mesmo”, dirá o militante.

Além dos ataques de parte do público, inúmeros artistas deixaram de seguir West nas redes sociais. A patota progressista do showbusiness parece inconformada com o posicionamento do cantor. Resolveu excluí-lo de seu círculo íntimo porque ele deixou de pagar pedágio ideológico. Ser artista, afinal, virou sinônimo de ser progressista. Não há espaço para quem não veja em Trump um “monstro”, um “demônio”, um “belicista”, uma “besta do apocalipse”, um “racista”, um “xenófobo”, um “homofóbico”. Se disser que o ama e que o considera um irmão, então será açoitado no pelourinho politicamente correto.

O episódio envolvendo a opinião política de West ilustra o quadro de hipocrisia e de ódio à divergência que se instalou na nação mais democrática do mundo. A liberdade de expressão, característica fundamental para o advento dos Estados Unidos, vai sendo solapada em nome da suposta defesa dos mais elevados sentimentos. 

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