O tradicional evento, que reúne grupos nacionais e internacionais, conta com uma grande estrutura. No entanto, embora esteja na sua 14ª edição, ainda não consegue se autofinanciar.
A Prefeitura de Passo Fundo é uma das maiores patrocinadoras do Festival de Folclore. A edição de 2018 (XIV) recebeu a título de “auxílio financeiro para custeio parcial das despesas” o valor de R$ 200.000,00, pagos em quatro parcelas de 50 mil, para a Associação de Organizações de Festivais Folclóricos do Rio Grande do Sul (AOFFERS), a Organização da Sociedade Civil que é responsável pela realização do evento. Paulo Gilberto Bilhar Dutra é quem responde pela associação. Além de presidente da AOFFERS, Paulo também é economista na Secretaria de Educação e Cultura, funcionário de quadro da Prefeitura de Passo Fundo.
Termo de fomento, um dos documentos na negociação Prefeitura – Festival.
Segundo a documentação oficial, a finalidade do festival é servir aos objetivos da UNESCO, promover a paz mundial, promover o município de Passo fundo, o estado do Rio Grande do Sul e o Brasil, no âmbito cultural, especialmente do folclore, artes tradicionais e cultura popular, a integração dos povos, promover o intercâmbio cultural e oportunizar demonstrações artísticas de diferentes grupos à população geral.
A Prefeitura de Passo Fundo é uma fiel colaboradora. Nos últimos 10 anos, fez 7 pagamentos para a realização do Festival. R$ 200 mil em 2018, R$ 210 mil em 2016, R$ 300 mil em 2016, R$ 200 mil em 2012 (com aditivo de R$ 66 mil para a mesma edição do festival em 2013), R$ 204 mil em 2010 e R$ 200 mil em 2008. Exceto pelo valor de 2014, a ajuda pouco acompanhou a inflação da cultura durante este período.
O custo total do Festival
Segundo o Plano de Trabalho da edição de 2018, o custo aproximado para a realização do evento é de 1,7 milhão de reais. Para captar recursos, a organização conta com projeto no Ministério da Cultura. Segundo o site Versalic – que dá transparência ao processo – o projeto já captou R$ 274 mil via incentivo e R$ 502 mil de outras fontes, do 1,2 milhão aprovado pelo Ministério.
Festival de Folclore no VERSALIC
São incentivadores via projeto a Comercial de Cereais Zaffari Ltda (R$ 150 mil), Sulgás (R$ 60 mil), Kuhn do Brasil S.A (R$ 18 mil), BRDE (R$ 15 mil), CVI – Refrigerantes Ltda (R$ 12 mil), BSBios Indústria e Comércio de Bio Diesel Sul Brasil S.A (R$ 10 mil), Distribuidora Gressler de Produtos Alimentícios Ltda (R$ 7.500,00) e SIMCAL Acessórios para veículos Ltda (R$ 1500,00).
O festival é planejado durante meses; para isso, voluntários colaboram de muitas formas. Dezenas de despesas específicas são detalhadas na documentação, como: seguro, ajuda de custo para grupos (que não cobram cachê), montagem de palco, hospedagem, aluguel de veículos, material impresso e mídia (são gastos R$ 49 mil para divulgação em emissoras de rádio e jornais da cidade). Uma curiosa taxa de R$ 5000,00 para o ECAD (escritório que controla direitos autorais no Brasil) é listada. Neste documento, você tem acesso a todos os gastos do festival, além de outras informações.
Um projeto que não se sustenta financeiramente
O grande espetáculo possui características que tornam a montagem cara se comparada a outras iniciativas em teatros e centros de evento fixos. Talvez um formato mais adequado para o que se arrecada com recursos de bilheteria e financiamento via iniciativa privada, uma visão mais empresarial e rigor na venda de cotas de patrocínio combinados com outros ajustes possam promover não só a paz dos povos através da dança, mas também a independência através do não uso de recursos públicos, tão escassos em outras áreas.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: