Na Sessão Plenária do dia 22/08/2018, o vereador Aristeu Dalla Lana fez uma dura crítica ao descaso do município com a saúde: prefere-se gastar com indenização do que com prevenção. Ainda, abordou um problema enfrentando por alguns vereadores da Casa: arquivamento de projetos de lei importantes.
O que motivou a primeira parte da sua fala e, consequentemente, a segunda, é a Lei da Glicemia Capilar, projeto de lei do seu gabinete, que dispõe sobre da obrigatoriedade de aplicação de teste de glicemia capilar nos Prontos-Socorros, Unidades Básica de Saúde, Cais, Hospitais Públicos e Privados, em Crianças de de 0 a 6 (seis) anos 11 (onze) meses, e 29 (vinte e nove) dias de idade no Município de Passo Fundo.
O Projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores de Passo Fundo; entretanto, vetado pelo Prefeito. Conforme o Regimento da Casa, quando um projeto é vetado, retorna-se à Sessão para aprovar ou não o veto. Como de praxe, e muitas vezes já alertado pela Lócus Online, é comum vereadores votarem a favor de um projeto e também aprovar o seu veto: uma atitude completamente contraditória, com ações que se anulam. Atualmente, o PL da Lei da Glicemia Capilar está arquivado:
O vereador levou à Plenária decisão judicial recente que condenou a Prefeitura de Passo Fundo a indenizar família por erro médico da SAMU. Num atendimento, uma senhora recebeu medicação contra-indicada a diabéticos, e faleceu. A indenização que condenou o Município, segundo Dalla Lana, é de R$ 70 mil reais.
Ainda, destacou que o custo de pessoas aposentadas por conta de doenças como a diabetes é altíssimo para os cofres públicos, problema que poderia ser resolvido com tratamentos de saúde preventivos, como o que estava sendo proposto no seu Projeto de Lei. O teste de glicemia, conforme disse, custa aproximadamente R$ 0,70 para recém-nascidos. Se o problema é detectado nesses primeiros meses, pode ser tratado com controle alimentar e com cuidados básicos de saúde.
Durante a sua fala, aproveitou para denunciar que muitos projetos importantes acabam sendo arquivados por não levar o nome de algum “vereador-estrela”, como em muitas outras oportunidades apontou: “Eu não quero ser o pai da criança [do Projeto]. Eu quero é que as coisas aconteçam para o bem da população”.
Lembrando que uma das promessas de campanha do vereador Dalla Lana é nunca faltar a uma Sessão Plenária e nem utilizar verbas de diárias, o que vem sendo cumprido ao longo dos seus cinco mandatos. Para o vereador, esses gastos desnecessários com viagens poderiam ser realocados para demandas mais importantes, como a saúde e a educação, como costuma falar.