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Vestido de Leonardo Sakamoto, William Bonner monta palanque para Bolsonaro no Jornal Nacional

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Depois da participação de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional, não resta a menor dúvida de que jornalistas como Leonêncio Nossa, Bernardo Mello Franco, Ricardo Lessa, Miriam Leitão, e agora William Bonner, se converteram em cabos eleitorais involuntários do candidato do PSL. Quando foi entrevistado no Roda Viva, o parlamentar surfou em cima de um corolário de perguntas pautadas pela agenda politicamente correta. Em boa medida, foi o que aconteceu também no Jornal Nacional, no qual se esperava a cobrança de temas mais técnicos e espinhosos.

Na bancada do telejornal mais assistido do país, Bolsonaro falou apenas do que gosta. Seu melhor momento foi quando se debateu segurança. E aqui não está se tratando do mérito de suas ideias em si, mas de como o que ele expressa se conecta com a percepção da população. 

Abordando sua política de segurança pública, defendeu que a polícia seja equipada com armamentos pesados. Sobre os bandidos, afirmou que “esse tipo de gente, você não pode tratá-lo como se fosse um ser humano normal, que deve ser respeitado, que é uma vítima da sociedade. Nós não podemos é deixar os policiais continuarem morrendo nas mãos desses caras”. 

O brasileiro médio, que é vítima de 60 mil homicídios anuais, não está interessado na preservação da vida dos delinquentes. Para ele, bandido bom é bandido morto, ainda mais quando enfrentando a polícia. E não é um absurdo que pense assim. O Brasil está inserido em um contexto de violência inédito. Há forte clamor por uma atitude firme dos governantes. Ao emular esse sentimento popular, Bolsonaro só fortalece a imagem de candidato da segurança.

Ainda que o ideário progressista tenha se tornado influente na academia e no jornalismo, jamais encontrou amparo em meio ao povão, que continua moralmente conservador. Ao contrário da antropologia marxista, que vê no criminoso a vítima de um sistema de exclusão, a convicção social majoritária é de que o elemento que transgride a lei o faz por escolha moral.

O mesmo pode ser dito de questões familiares. A pauta de gênero, que vem sendo imposta no meio educacional, encontra profunda oposição de pais. Sabendo disso, e talvez até prevendo que fosse alvo de algum questionamento sobre o tema, Bolsonaro levou para a bancada do Jornal Nacional o livro que integrava o material do notório “Kit Gay”, que seria distribuindo para menores em escolas. Com ele em mãos, pediu para que as crianças saíssem das salas. Quando mostrou seu conteúdo para a câmera, foi advertido pelos apresentadores a não fazê-lo. Renata Vasconcellos, que estava visivelmente nervosa, chegou até a pedir para Bolsonaro “não mostrar para as crianças”. Sem perceber, justificou a posição do candidato.

Além de apresentador, William Bonner é editor-chefe do Jornal Nacional. Tudo o que é abordado no noticiário passa por suas mãos. Chega a ser espantoso que, do alto de sua experiência, incluindo aí outras séries de sabatinas com presidenciáveis, tenha organizado um conjunto de perguntas tão primárias e pueris. Nada foi questionado sobre economia. Bonner simplesmente aceitou a confissão de que o candidato não sabe do tema e que é Paulo Guedes quem lidará com a coisa. Preferiu explorar a ligação de ambos. Como resposta, acabou ouvindo uma referência indireta ao fim de seu casamento.

Como é sabido, Fátima Bernardes se divorciou de Bonner em 2016. Hoje ela namora Túlio Gadêlha, militante de esquerda que é candidato a deputado federal pelo PDT. Nas redes sociais, além de chamar a Globo de golpista, ele é defensor de inúmeras bandeiras progressistas. Talvez querendo impressionar sua ex-esposa, Bonner se vestiu de Leonardo Sakamato para entrevistar Bolsonaro. Acabou montando um palanque para o candidato.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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