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Eleições 2018

Eles foram de graça: apoiadores de Bolsonaro tomaram conta das ruas de Passo Fundo em carreata histórica

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Ação pode ser considerada uma das maiores manifestações políticas desta categoria já realizadas na cidade

Aos gritos de “eu fui de graça”, milhares de apoiadores do candidato a presidência da república do PSL, Jair Messias Bolsonaro, formaram uma carreata que atravessou a principal avenida de Passo Fundo na tarde de domingo, 16 de setembro.

Este tipo de ação é tradicional nas campanhas políticas e muito mais forte nas eleições municipais, onde candidatos a prefeito e vereador medem esforços desfilando com a maior quantidade de apoiadores motorizados que o carisma ou o orçamento da campanha permitem comprar. No caso dos prefeitos, quanto maior a coligação, maior a possibilidade de vereadores juntarem os próprios apoiadores, criando uma sinergia de familiares, cabos eleitorais e simpatizantes pelas ruas e avenidas da cidade.

Em eleições nacionais e estaduais as carreatas são menores, já que a estrutura e a defesa dos interesses dos candidatos chegam aos municípios com força muito menor. Fora das iniciativas de candidatos locais, o que se vê é uma campanha tímida, especialmente nas presidenciais.

Convite espalhado pelas redes sociais e WhatsApp convidava os apoiadores para a atividade no domingo.

A carreata neste domingo mesclou elementos das tradicionais manifestações convocadas “pela internet” com a ação de uma tímida organização partidária. A sigla de Bolsonaro em Passo Fundo é muito pequena e até poucos dias atrás nem contava com sede física, sendo praticamente o trabalho do seu presidente, Vinícius Morais, e amigos da causa. Um terceiro grupo entra em jogo: os bolsonaristas organizados em grupos de amigos, sem ligação partidária e consumidores – e algumas vezes produtores – de camisetas e adesivos, muito antes do período eleitoral.

Estas três forças somadas resultaram na carreata vista neste domingo, com centenas de carros forrados com bandeiras do Brasil e passageiros caprichando nos gestos característicos do candidato, como a famosa (e polêmica em alguns círculos) “arminha com a mão” e continências amadoras e pra lá de humorísticas. Uma parcela muito pequena levava bandeiras de identificações de candidatos a deputados estaduais e federais. No final, tudo convergiu para a Praça da Mãe, onde um revival dos bons dias de #ForaDilma aqueceu os participantes.

Nota oficial do PSL local sobre a carreata: mais de 2000 veículos.

Mil quilômetros mais ao norte, o candidato e fiel depositário das aspirações de milhares de passo-fundenses repousava em um leito hospitalar, por conta dos ferimentos sofridos no atentado que dispensa comentários. Diretamente do hospital Albert Einstein, em São Paulo, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo inédita para os apoiadores. Mesmo visivelmente abatido, reforçou suspeitas sobre o processo eleitoral e animou, na medida do possível, seus fiéis representantes.

O resultado desta eleição é incerto nesta etapa. Certeza, neste momento, só uma: esta cidade nunca viu tamanha manifestação de apoio a um único nome na política brasileira.

Eleições 2018

O Rio Grande do sul, mais uma vez, será governado pela esquerda

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Eduardo Leite

Em texto publicado na Lócus em março de 2018, questionamos quem cederia aos encantos da esquerda para vencer as eleições. O tempo respondeu que ela foi a real vencedora. E agora?

No texto “Eleições 2018: quem abraçará a esquerda para tentar governar o Rio Grande do Sul?”, de março de 2018, especulamos sobre as associações entre partidos de diferentes matizes ideológicas na busca pelo governo do estado do Rio Grande do Sul.

Na época, eram quase certas as candidaturas de Luiz Carlos Heinze (PP) e Mateus Bandeira (Novo) como as opções de direita na disputa. O segundo foi alçado ao Senado depois de uma reviravolta dentro do Progressistas, deixando o novato do Partido Novo sozinho na defesa do estado mínimo, mas sem encantar o eleitorado digamos, não especializado.

Eduardo Leite era apenas um talvez na época deste texto, lembrado por sua associação e admiração pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em um dos parágrafos, avisamos:

A tentativa de vitória “a qualquer custo” pode levar candidatos de direita a parcerias estranhas, geralmente apresentadas aos eleitores como um conjunto de esforços para um “estado melhor”, uma composição e sinal de maturidade com decisões acima desse negócio de “esquerda ou direita”. Alguns filiados – os primeiros a descobrirem os novos amigos em tempos de eleição – torcem o nariz. O eleitorado, por sua vez, vota com o pé atrás.

O texto encerra com:

Por último, o eleitor: a peça mais importante das eleições já não é mais a mesma. Anos de informação abundante em canais alternativos e a força da internet criaram um aglomerado de think tanks à brasileira, estrelas da política de hangout e líderes com muito carisma, despontando muitas vezes em suas áreas de atuação profissional (professores, jornalistas, policiais) cativando segmentos e fixando definições. Entre elas, a de que não basta bater em PT para ser de direita e que o roubo ou a corrupção não são os únicos males em um político.

Moral da história: cuidado com o abraço do afogado.

O abraço do afogado: o que era um perigo, virou o projeto vencedor.

 

Veio a eleição e a vitória quase esmagadora do projeto do “talvez” Eduardo Leite, um ambidestro ideológico confesso que embarcou até mesmo na onda Bolsonarista por conta de um “não-petismo” de ocasião. Poucos dias depois do resultado, os gaúchos conheceram os primeiros integrantes do time de secretários que irão acompanhar o governador nos próximos quatro anos. Entre eles, defensores da Queermuseu, ex-comunistas e vários socialistas. São escolhas pessoais do novo governador, por afinidade ou obrigação para a recompensa de eventuais apoios eleitorais. Existe ainda o problema do inchaço da máquina pública, com a previsão de 20 secretarias e a rápida movimentação prévia para garantir que o ICMS continue alto.

Quem pediu votos para Eduardo Leite pela direita, precisará dar satisfações sobre a sua saída pela esquerda. Candidatos e cabos eleitorais do universo tucano não pouparam elogios e defesas apaixonadas durante a campanha eleitoral. Protestar publicamente sobre as escolhas de nomes carimbados para secretarias e escalões secundários no novo governo é o mínimo que se espera de gente importante da política local, sob pena de ter a reputação manchada e planos para o futuro inviabilizados, se é que já não estão em risco, para o bem da boa política.

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Eleições 2018

Escolhida por Eduardo Leite para a Secretaria do Planejamento é ativista contra Bolsonaro

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Leany Lemos

Filiada ao PSB, a socialista que veio de Brasília combateu ferozmente o presidente eleito e atua em causas feministas.

Eduardo Leite anunciou a escolha de Leany Lemos (PSB) para a Secretaria do Planejamento no dia 10 de dezembro, em sua página no Facebook. O nome não causou grande alvoroço, com apenas alguns poucos comentários de apoiadores . O currículo é vasto: na arte do anúncio constam que Leany Lemos é Mestre em Ciência Política e Doutora em Estudos Comparativos das Américas pela Universidade de Brasília. Fez pós-doutorado no programa Oxford-Princeton Global Leaders e mais alguns títulos e funções. Na política, foi secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal de 2015 a 2018, além de ser servidora de carreira do Senado Federal desde 1993.

Publicação disponível no Facebook de Eduardo Leite.

 Leany Lemos também é suplente da senadora eleita Leila do Vôlei, do mesmo PSB. Na campanha eleitoral, o PSB declarou neutralidade no apoio aos candidatos a presidente. Entretanto, em suas redes sociais, Leany fez questão de garantir a sua posição contra o candidato Bolsonaro. Em 5 de agosto, publicou:

Na Convenção do PSB Nacional 40 em Brasília. Debate sobre posição nas eleições nacionais. Proposta de neutralidade aprovada. Mas não qualquer uma. A resolução do PSB veta rigorosamente que qualquer membro ou seção partidária apoie a candidatura de Jair Bolsonaro. Vamos derrotar a ultradireita que ameaça a democracia e os direitos humanos.

Em fotos com Lídice da Mata Senadora pela Bahia e Fabíola Mansur Deputada Estadual na Bahia. Com Murilo Flores, candidato a deputado federal e ex secretário de Planejamento de Santa Catarina. Leila Barros, candidata à Senadora por Brasília. Dora Pires, secretária nacional das Mulheres Socialistas do PSB e Marlon candidato a distrital por Brasília!

 

https://www.facebook.com/leanylemos/posts/630202600684480

Os destaques são por nossa conta. Outra atividade que salta aos olhos no dia a dia público disponível no Facebook de nossa futura secretária do planejamento é a participação ativa em atos de cunho feminista e o uso de adereços compatíveis com as causas. Camisetas com slogans e a carona para os mais diversos movimentos e eventos são comuns. Nossa futura secretária também acredita no mito feminista da diferença salarial, assunto também explorado em seu perfil.

 

Em 29 de setembro, Leany Lemos participou de uma manifestação “Ele Não” em Brasília. Convicta, vaticinou:

Foi lindo ver tanta gente na rua hoje. Caracterizados ou não, com o grito que ecoou por todo o Eixo Monumental -#ELENÃO!!!

Eu tive o prazer de encontrar amigos, candidatos/as e colegas de trabalho em meio a tantas pessoas.

Manifestação é isso! É resistência, união e melhor ainda quando é na paz e sem confusões! Ficou o recado!! #elenunca #elejamais

 

 

Nosso futuro governador venceu as eleições abrindo voto para o candidato Bolsonaro. Passado o calor do pleito, importou de Brasília a socialista que fez campanha ativa para seu governador, o também socialista Rodrigo Rollemberg (derrotado por Ibaneis Rocha após obter apenas 30% dos votos válidos no segundo turno) e ferrenha combatente do mesmo Bolsonaro, homem que considera uma ameaça à democracia e aos direitos humanos. Leany Lemos, socialista, comandará a Secretaria de Planejamento, órgão vital em um governo capenga e falido. Apesar de suas evidentes qualificações técnicas, suas visões ideológicas não representam o que o Rio Grande precisa, sendo mais uma escolha de esquerda por parte de nosso governador.

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Eleições 2018

O que resta para a oposição? Deixe o seu comentário

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No Programa Legião de ontem (30), fizemos um resumo dos fatos e algumas impressões sobre as últimas eleições. Gostaríamos que você deixasse o seu comentário também com a sua opinião.

Resumo do Programa Legião de 30/10/2018

  • O Partido dos Trabalhadores, desde o Impeachment de Dilma Rousseff, comprou a narrativa do “Golpe“, que não apenas se espalhou na boca do povo como uma verdadeira praga, mas pelo meio artístico e universitário. Inclusive foram criadas disciplinas em algumas universidades brasileiras sobre o tema;
  • O processo que depôs Dilma foi mal digerido até mesmo pela cúpula do STF: Ricardo Lewandowski rasgou a Constituição ao criar um mecanismo jurídico para que ela não tivesse seus direitos políticos cassados; Dias Toffoli, ex-advogado do Partido, não mediu esforços para conter os avanços dos julgamentos contra petistas históricos; Gilmar Mendes tem atuado como um verdadeiro advogado de defesa dos presos condenados pela Lava Jato;
  • A Lava Jato deu esperança para um povo já cansado da impunidade que vigorava no país. Nas classes de Direito Penal, uma coisa era certa até então: para não ser preso, bastava ter dinheiro para contratar um bom advogado para protelar ao máximo a condenação do criminoso. O juiz Sério Moro e uma leva de sangue novo do Ministério Público compraram a briga do povo, realizando algo jamais sonhado pelo mais esperançoso dentre os brasileiros: ver Luiz Inácio Lula da Silva um dia preso. No entanto, aqueles mesmos apoiadores que compraram a narrativa do “Golpe” contra Dilma, insistem ainda em dizer que Lula foi condenado sem provas e que ele não passa de um “preso político”;
  • Nas Eleições de 2018, a ideia inicial era que Lula fosse candidato a Presidente – seus advogados não mediram esforços para que isso acontecesse. Haddad seria o seu vice. Manuela D’Ávila deu uma série de entrevistas como candidata a Presidente pelo PCdoB. Com Lula impedido de concorrer, Haddad foi lançado como candidato, tendo Manuela como vice; 
  • A disputa entre Bolsonaro e Haddad foi uma briga de David e Golias. De um lado, havia um candidato que realizou uma campanha franciscana, com poucos recursos, agindo dentro da lei e, além disso, sofrer uma tentativa de assassinato. Isso sem contar que precisou pedir proteção especial e não pode sair de casa – não só por problemas médicos da facada que levou, mas pelo número de ameaças de morte sofrida. Do outro lado, um candidato que não mediu esforços para cometer um sem-número de ilícitos, instigar o ódio de toda a sua militância, fazer uma campanha milionária, além de contar com o apoio da grande mídia, da classe artística e do sistema de ensino como um todo; 
  • Sérgio Moro, assim como Bolsonaro, não é apenas um símbolo nacional do combate à corrupção, mas uma prova de como uma militância de esquerda pode transformar a vida de um homem num verdadeiro inferno. Moro já não dispõe do direito de ir e vir: a esquerda não dá um minuto de sossego; 
  • Muitas universidades não pouparam esforços para barrar a eleição de Bolsonaro. Recentemente relatamos o caso vergonhoso da Universidade de Passo Fundo. Tau Golin, professor do PPGH da Universidade, promoveu evento com cartaz difamatório contra Bolsonaro. Culpou a Direita pelo cartaz, mas ainda não explicou que foi o responsável pela sua autoria. A Universidade ainda não divulgou (muito estranhamente) o responsável. Além disso, uma série de pichações racistas foram feitas em banheiros da UPF. Grupos de Direita estão sendo apontados como autores. O caso ainda não foi explicado. No entanto, como comentado no Programa de ontem: “Pichação sempre foi monopólio da esquerda”. A Universidade segue se omitindo sobre os casos;
  • Seguido nessa questão do ensino, a UFRGS não conta apenas com a disciplina do “Golpe” entre as suas opções, como também não impediu manifestações contra Bolsonaro na Universidade. As universidades, quase sem exceção, estão cometendo um verdadeiro genocídio cultural: além do viés ideológico, não estão preparando os alunos para o mercado de trabalho, lançando-os ao mundo com diplomas, mas sem qualquer capacidade de exercer uma vida profissional;
  • Jair Bolsonaro provou que um homem com força é capaz de carregar um partido inteiro sobre os ombros. O PSL se tornou uma das principais bancadas políticas não só no Congresso Nacional, como nas Assembleias Legislativas do Brasil afora;
  • A velha classe política foi reduzida a sua insignificância merecida, de um grupo de coronéis como fome e sede de poder. Muitos terão que voltar  para casa sem privilégios e com a Lava Jato com mais força do que nunca;
  • O Partido dos Trabalhadores deverá ser tratado como quadrilha, porque a Lava Jato e demais operações têm deixado claro que de partido o PT apenas tem o nome: trata-se de um dos partidos mais corruptos da história da humanidade;
  • O PCdoB voltou a ser um partido de militantes estudantis, não elegendo ninguém de expressão política. Manuela D’Ávila finalmente não ocupará nenhuma vaga como eleita e o seu cinismo prova que está incapacitada de exercer qualquer papel político na vida pública; 
  • O PSol de Guilherme Boulos, líder do grupo terrorista MTST, fez menos votos do que o desconhecido Cabo Daciolo. Prova que o partido não passa de um grupo de arruaceiros com tempo de televisão para prometer um monte de coisas que nem com todo o dinheiro do mundo seriam capazes de cumprir. Boulos voltará a invadir propriedades privadas;
  • A classe artística saiu derrotada, desacreditada e insultada. Não só perderam o prestígio perante o seu grupo de fãs, como provavelmente serão rejeitados e condenados ao ostracismo;
  • O “politicamente correto” deverá ter os ânimos esfriados. Bolsonaro provou que o país precisa de homens de verdade, e não figuras construídas por marketing político com um discurso feito para agradar. Ficará provado que negros, mulheres, homossexuais e outros grupos considerados como “minorias” nunca foram perseguidos, mas apenas utilizados como massa de manobra na mão de um um grupo de psicopatas no poder. Witzel, governador eleito no Rio, já disse que bandido não será mais tratado como “vítima social”;
  • O mercado já reagiu positivamente à vitória de Bolsonaro. Não só a Bolsa de Valores cresceu, como o dólar baixou. Paulo Guedes, futuro Ministro da Economia, já disse que o país não adotará “ideologia” como critério de negociação comercial. O patrocínio a ditaduras africanas e a regimes de esquerda terá fim. Muito provavelmente os assaltos ao BNDES serão investigados;
  • O apoio internacional a Bolsonaro já foi reconhecido. Estados Unidos, Rússia, China, Chile – dentre outros – já deram sinal de apoio. Inclusive Nícolas Maduro mandou mensagem ao Presidente eleito parabenizando-o pela vitória. 

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