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Não há risco de ditadura bolsonarista, apenas de retorno da cleptocracia petista

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Desde que o candidato do PSL se consolidou como favorito para vencer a eleição presidencial, inúmeros intelectuais, ativistas e militantes passaram a cultivar a tese de que sua chegada ao poder representaria o fim da democracia brasileira e a ascensão do militarismo autoritário. Não passa de histeria com método. A ideia é assustar os eleitores apelando ao mais desbragado terrorismo político. Não é a primeira vez que a esquerda e seus satélites fazem isso. É o mesmo pessoal que, em eleições anteriores, alertava para o fim dos programas sociais.

Durante boa parte do 1º turno, Geraldo Alckmin associou Bolsonaro a Hugo Chávez. O comparativo era estabelecido porque, segundo a campanha do tucano, tanto um quanto o outro tinham origem militar e eram vistos pela população como os únicos capazes de por ordem em seus respectivos países. O que a propaganda não explicava é que o grande fator responsável pela deterioração institucional da Venezuela foi a natureza revolucionária do projeto político que havia chegado ao poder com Chávez. O bolivarianismo se infiltrou em todas as instâncias sociais, representativas e estatais, estabelecendo o Partido Socialista Unido da Venezuela como verdadeira força hegemônica. O regime recrudesceu quando sua oposição cometeu o erro político de não participar das eleições legislativas. Foi nesse momento que Chávez instituiu o controle completo dos três poderes, destituindo também os integrantes do Judiciário que não fossem fieis ao ideário ideológico em vigor.

Se eleito, Bolsoanro encontrará um Congresso Nacional mais fracionado do que nunca. Na próxima legislatura, nada menos que trinta legendas terão representação na Câmara dos Deputados. Não haverá condição para se impor nada. Muito pelo contrário, é a capacidade de dialogar com os parlamentares que fará a diferença. O mesmo pode ser dito do Supremo Tribunal Federal, composto por inúmeros ministros indicados durante os governos petistas. Por fim, as Forças Armadas também não serviriam para uma ação autoritária, já que não se deixaram influenciar por correntes ideológicas.

Se há algo no Brasil que se aproxima do bolivarianismo é o petismo. Os governos de Lula e de Dilma Rousseff foram ostensivos no apoio a Chávez, aplicando uma política externa de cumplicidade com a tirania que se acentuava no país vizinho. No âmbito interno, as práticas do PT visavam a infiltração institucional, pervertendo o equilíbrio entre os poderes com a compra de consciências no Congresso, criações de bancadas por meio de propina e indicações de caráter político para o Supremo Tribunal Federal. O aparelhamento do Estado foi a ordem da vez, de modo que as estatais acabaram instrumentalizadas em um esquema de corrupção que serviria para perpetuar o partido no comando do país.

A candidatura de Fernando Haddad não representa a refundação do modus operandi do PT. Muito pelo contrário. Trata-se apenas do resultado da reiteração de suas práticas mais nefastas. Seu nome foi alçado ao Planalto dentro de uma estratégia de vitimização de Lula, que se coloca como o grande perseguido da Justiça. Ao invés de reconhecer os crimes praticados pelo ex-presidente e por outros quadros do partido, preferiram continuar com a narrativa de que sofreram um golpe, e que o desastre de sua administração era responsabilidade de terceiros. A tal “autocrítica” do PT, cobrada por figuras como Marina Silva e Fernando Henrique Cardoso, jamais foi cogitada.

Em campanha pelo país, Haddad fez questão de firmar alianças com setores atrasados do MDB, incluindo figuras como Renan Calheiros e Eunício Oliveira. Em seu programa de governo original, que vem sendo remodelado de forma oportunista, existem proposituras políticas de cunho autoritário e de total irresponsabilidade fiscal. O documento prega a regulamentação da mídia, o controle dos órgãos superiores do Judiciário, o gasto desmesurado, a revogação das reformas aprovadas durante o governo Temer, dentre outras medidas que representam a retomada do estilo de governança que se viu durantes os períodos de Lula e Dilma Rousseff.

Se a chegada de Bolsonaro na Presidência representa uma série de dúvidas sobre os rumos econômicos e políticos, com a de Haddad só há uma certeza: a de que a esquerda voltará do exato jeito que foi, só que agora com ganas revanchistas. De modo que, se Brasil enfrenta um risco real e imediato não é o de uma ditadura bolsonarista, mas o retorno da cleptocracia petista. 

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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