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Fernando Haddad é uma triste nota de rodapé na história das eleições

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Tão logo foi divulgado o resultado da eleição presidencial, escrevi em minha conta no Facebook que Fernando Haddad seria esquecido, tornando-se uma “triste nota de rodapé em nossa história política”. Afinal, o sujeito ganhou alguma importância apenas por se prestar ao papel de preposto de um presidiário. Os votos que recebeu no 1° turno eram todos de Lula. Já no 2° turno, acabou sendo o destinatário do apoio dos eleitores de esquerda que haviam aderido primeiramente a Ciro Gomes e Marina Silva.

O desempenho do petista na disputa presidencial não se deveu aos seus méritos pessoais ou realizações que tenha protagonizado ao longo de sua carreira. Foi sob sua gestão no Ministério da Educação que ocorreram os vazamentos no exame do ENEM. Já na Prefeitura de São Paulo, foi tão mal que não conseguiu ser reeleito, perdendo para João Doria por uma margem de diferença única na história da cidade.

Mesmo Dilma Rousseff, o poste pioneiro, tinha algo próprio para mostrar. Tinha personalidade, havia participado da luta armada durante o governo militar e foi eleita e reeleita presidente, mesmo que se valendo de pedaladas fiscais para enganar a percepção do eleitorado sobre as reais condições da economia brasileira. Em alguns momentos até ensaiou se descolar de Lula. Esse grau de autonomia Haddad jamais teve, precisando sempre buscar orientações na carceragem da Polícia Federal, pelo menos até que o próprio Lula o alertasse a não fazê-lo mais.

Só por meio da narrativa de esquerda, influente no jornalismo, na academia e classe artística, é que Haddad ganhou ares de defensor da democracia. Como escritor, o candidato sempre se colocou como um admirador do sistema soviético, modelo que ele considerava sustentável poucos anos antes de colapsar. Aqui no blog, o descrevi como a carapaça mansa de um projeto revanchista e de inspiração autoritária. Suas loas à institucionalidade, ao Estado de Direito e às liberdades públicas sempre foram falsas, ainda mais quando submetidas à comparação do que ele falava na eleição com o que escreveu antes, seja em suas obras, seja no plano de governo que coordenou quando o candidato era Lula.

Um vez derrotado, Haddad perdeu sua utilidade primordial. Ele jamais teria legitimidade para “liderar”. É por isso que Ciro Gomes não apoiou o petista no segundo turno e desancou o PT após o resultado final. Cansado de ser coadjuvante na esquerda, o político cearense viu a janela para protagonizar a oposição ao novo governante.

Nem dentro do PT Haddad terá relevância real. Gleisi Hoffman e, principalmente, Jacques Wagner é que darão o tom do partido daqui em diante. Na última vez em que foi visto, o ex-candidato estava apelando para que os militantes ajudassem ema vaquinha virtual para cobrir os custos de campanha. Nunca antes na história das eleições um vencido representou tão pouco. Para ele, sobrou apenas a função de tentar cobrar a fatura da derrota.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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