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Chargista de ZH retrata Brigada Militar do RS como racista no aniversário de 181 anos da Instituição

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No último domingo, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul completou 181 anos.  Ao longo de sua história, teve participação de destaque na Guerra do Paraguai e na Revolução Federalista, dentre outros conflitos importantes. Essa instituição de segurança pública, que é uma das mais antigas e respeitadas do Brasil, foi presenteada no jornal Zero Hora, no exato dia de seu aniversário, com uma charge em que é retratada como uma corporação racista.

Na ilustração publicada, dois amiguinhos apostam uma corrida, e um deles, que é negro, se recusa a aceitar o desafio, já que acabaria indo a um lugar onde estaria um policial. Não há margem para outra interpretação: fica claro que o garoto seria preso pela cor de sua pele. Como se a Brigada Militar fosse um órgão oficial de segregação racial. Uma verdadeira SS gaúcha.

O autor desse ataque ultrajante é o chargista Alexandre Bech, que, nas redes sociais, costuma postar fotos participando de atos partidários ou de manifestações de movimentos sociais. Suas tirinhas servem de instrumento para a propaganda ideológica.

Para gente como Beck, as polícias não combatem o crime, apenas perseguem segmentos sociais supostamente marginalizados: pobres e pretos residentes nas periferias. De modo que a serviriam para oprimir os menos favorecidos, atuando como instrumentos de poder à serviço da elite burguesa.

A narrativa de esquerda tenta criar a ideia de uma contínua luta de classes. Para tanto, ela ignora aspectos importantes da realidade. Um deles é que são exatamente os pobres aqueles que mais sofrem com a violência. O outro é que os policiais são pobres também. 

Atualmente, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul atua com um efetivo muito abaixo do necessário para realizar suas ações de modo satisfatório. São cerca de 19 mil servidores, número que representaria a metade do considerado ideal. É o menor contingente da história da corporação. Além disso, esses soldados sofrem com a falta de estrutura e com os salários parcelados.

A tirinha publicada por Zero Hora é ilustrativa do desprestígio e do desrespeito com que são tratadas as forças policiais no Brasil. Com erros e acertos, com bons e maus elementos, o fato é que elas tentam desempenhar seu papel de assegurar lei e ordem. É triste constatar que, além de enfrentar criminosos armados até os dentes, também estejam na mira de delinquentes intelectuais portando canetas e pincéis.

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