Nesta terça-feira (11), Luciana Genro trará sua palestra de nome “Construir a Resistência: a perspectiva das mulheres para 2019”. O evento está marcado para as 18h45 na Câmara de Vereadores de Passo Fundo. Desde o fim das eleições presidenciais deste ano, parcela inconformada da esquerda adotou um pseudônimo infeliz para si: resistência. A nomenclatura não faz jus às suas origens e envergonha verdadeiras lutas históricas e atuais.
Dignos de menção honrosa, é possível citar a resistência dos Filhos da Liberdade, conhecidos pela realização da famosa “Festa do Chá” de Boston, em 1776. Lutavam contra impostos e usurpação dos colonos por parte do governo Britânico. Igualmente heroicos, a Carbonária, sociedade secreta que perseguia valores patrióticos e liberais no seio das inúmeras revoluções europeias entre os anos de 1810 e 1848.
Ao se reportarem à “resistência”, os esquerdistas inconformados de 2018 provavelmente façam referência aos revolucionários armados que se opuseram ao período do regime militar brasileiro. Sendo este o caso, é ainda mais lamentável: tem-se por referência, então, terroristas inconsequentes que, através de ações violentas, buscavam a implementação de uma ditadura do proletariado – e que, em momento algum de seus registros, mencionam a palavra “democracia”. Assim, a dita “resistência” não lutava por liberdade ou ideais republicanos, mas pela simples alteração do polo do poder.
O que se quer não é entrar no mérito dos excessos deste ou daquele lado, mas sim da mediocridade do ideário de referência quando em comparação com verdadeiros e salutares movimentos de resistência.
Na atualidade, Oscar Perez e seus companheiros enfrentam sozinhos, sem qualquer apoio de nações externas, a brutalidade de Maduro, na Venezuela – ditadura com a qual flerta a palestrante Luciana Genro, uma vez que até já palestrou naquele país em defesa do regime tirânico:
Portanto, é injusto atribuir o vocábulo “resistência” aos movimentos encabeçados por figuras como Luciana Genro, Fernando Haddad, Dilma Roussef (outrora guerrilheira em resistência) e Gleisi Hoffman, ao lado de sua militância movida a puro ódio, inconformados com o fim de sua hegemonia cultural e política.
Enquanto seguirem movidos por suásticas falsas em banheiros de ciências sociais nas universidades, automutilações, fake news e discursos piegas e ultrapassados, essa turma em nada vai se comparar com uma resistência no sentido real da palavra: seguirão apenas deixando claro seu totalitarismo e sua maneira juvenil de fazer política.
Atualização
Em sua página do Facebook, a deputada eleita Luciana Genro, que encabeçaria uma palestra na Câmara de Vereadores na data de hoje, informa que não mais comparecerá em virtude de outros compromissos políticos em Porto Alegre. Entretanto, com claro descontentamento, a entusiasta de Maduro também menciona supostos “impropérios” proferidos por um vereador da Câmara. A verdade é que o não comparecimento de Luciana Genro certamente é influenciado pela existência em Passo Fundo de forte ativismo popular que se opõe ao seu discurso segregacionista de “nós contra eles” da tal “resistência” que ela propõe. É hora da esquerda aprender a lidar com o fato de que não fala mais sozinha nos espaços públicos, que a direita também tem voz, e apenas rotular aleatoriamente as posições contrárias de “fascismo” ou “discurso de ódio” em nada muda a impopularidade de seus ideais ultrapassados e demagógicos.