No que Rosa Weber estava pensando quando fez seu discurso na diplomação de Jair Bolsonaro? Enquanto o presidente eleito falava em governar para todos, em conquistar a confiaça daqueles que não haviam votado nele, em buscar agregar pautas e, principalmente, a conciliação nacional, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral falou como se houvesse um conflito no país. Usou o dia dos direitos humanos, instituído pela Unesco e celebrado sempre em dez de dezembro, para fazer uma peroração militante sobre minorias. Como se a novo governo representasse uma ameaça em potencial para esses segmentos sociais. Como se campos de concentração para negros, gays e índios estivessem sendo construídos a mando de Bolsonaro e seus filhos.
Rosa Weber poderia falar da importância da democracia representativa, da consolidação do sufrágio universal, até mesmo do papel da Justiça Eleitoral nesse contexto. Teria mais relação com a diplomação do novo presidente do que essa provocação de viés claramente ideológico. Ao invés de vocalizar as instituições, preferiu dar eco aos grupos políticos que mistificaram as intenções de Bolsonaro atribuindo-lhe a pecha de preconceituoso.
Se você gostou deste artigo ou de outros de nossos materiais, clique no link abaixo apoie Lócus fazendo uma assinatura anual. Com ela você terá acesso a conteúdos exclusivo.