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Escola Sem Partido é arquivado no Congresso: e agora?

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Escola Sem Partido é uma proposta de mecanismo legislativo que visa coibir, em sala de aula, a atuação tendenciosa do professor que, ao apresentar conteúdos necessariamente plurais ao seus alunos, traz apenas parte dele, manipulando o conhecimento em verdadeiro ato de proselitismo político.

Casos assim são graves, não são isolados e encontram registros nas redes sociais e youtube, bem como situações de repressão a alunos que formam e expõem pensamento crítico diverso ao do professor em matérias de inafastável conteúdo político. Não se trata, portanto, de “teoria da conspiração”, de “mordaça ao professor” ou de qualquer rótulo vazio e sem sentido. O problema existe de fato e deve ser enfrentado.

Pode-se citar, por exemplo,  professores que festejam guerrilheiros da ditadura de 1964 como “heróis da democracia”, sem sequer mencionar seu intento em implementar ditadura muito mais perversa que a vigente à época. Outros classificam Che Guevara como herói, sem qualquer menção aos seus atos de violência gratuita e de preconceito com minorias. Ainda, há os que trazem a Revolução Russa como símbolo  da luta contra a opressão, mas em absoluto silêncio quanto aos horrores de Holomodor.

Alvo de controvérsias, o Projeto de Lei 7.180/2014, popularmente conhecido como Escola Sem Partido, foi arquivado nesta teça-feira (11) pela Comissão Especial encarregada de analisar a matéria, presidida pelo Deputado Marcos Rogério (DEM-GO). Cabe esclarecer que não houve rejeição da matéria em si, mas o arquivamento do projeto antes da apreciação do relatório desta Comissão Especial. A falta de quórum (12 deputados, quando o mínimo era 16) acabou servindo de motivação para seu arquivamento.

O que pode ser um fator disso é a agitação política dos últimos meses, em especial no tocante às eleições presidenciais, enfraqueceu significativamente o Escola Sem Partido – outrora encontrando forte eco nas redes sociais e âmbito político. O próprio Olavo de Carvalho deu declarações questionando alguns pontos da iniciativa em entrevista para a Carta Capital. A direita parece sentir-se mais segura agora nas iniciativas que virão do Poder Executivo, sem necessidade de se socorrer tão desesperadamente ao desacreditado Congresso Nacional.

Muito embora seja questionável a efetividade de uma lei para mudar um problema essencialmente cultural, não se pode negar que a iniciativa sofreu uma derrota. Da mesma forma, também não se pode negar que mudanças sociais significativas dificilmente ocorrem de outra forma que não o “de cima para baixo” em solo tupiniquim.

Assim, cabe aos seus protagonistas (encabeçados pelo competente professor Miguel Nagib) aprenderem com as falhas e lacunas percebidas nesse processo – especialmente no que tange à apresentação da proposta – e readentrar à guerra política em 2019 com novas estratégias, aproveitando-se, principalmente das mudanças estruturais que estão por vir nas políticas públicas a nível nacional e o impacto que isso terá no cidadão. Assim como o professor, o Escola Sem Partido também não merece a mordaça.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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