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Leany Lemos Leany Lemos

Eleições 2018

Escolhida por Eduardo Leite para a Secretaria do Planejamento é ativista contra Bolsonaro

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Filiada ao PSB, a socialista que veio de Brasília combateu ferozmente o presidente eleito e atua em causas feministas.

Eduardo Leite anunciou a escolha de Leany Lemos (PSB) para a Secretaria do Planejamento no dia 10 de dezembro, em sua página no Facebook. O nome não causou grande alvoroço, com apenas alguns poucos comentários de apoiadores . O currículo é vasto: na arte do anúncio constam que Leany Lemos é Mestre em Ciência Política e Doutora em Estudos Comparativos das Américas pela Universidade de Brasília. Fez pós-doutorado no programa Oxford-Princeton Global Leaders e mais alguns títulos e funções. Na política, foi secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal de 2015 a 2018, além de ser servidora de carreira do Senado Federal desde 1993.

Publicação disponível no Facebook de Eduardo Leite.

 Leany Lemos também é suplente da senadora eleita Leila do Vôlei, do mesmo PSB. Na campanha eleitoral, o PSB declarou neutralidade no apoio aos candidatos a presidente. Entretanto, em suas redes sociais, Leany fez questão de garantir a sua posição contra o candidato Bolsonaro. Em 5 de agosto, publicou:

Na Convenção do PSB Nacional 40 em Brasília. Debate sobre posição nas eleições nacionais. Proposta de neutralidade aprovada. Mas não qualquer uma. A resolução do PSB veta rigorosamente que qualquer membro ou seção partidária apoie a candidatura de Jair Bolsonaro. Vamos derrotar a ultradireita que ameaça a democracia e os direitos humanos.

Em fotos com Lídice da Mata Senadora pela Bahia e Fabíola Mansur Deputada Estadual na Bahia. Com Murilo Flores, candidato a deputado federal e ex secretário de Planejamento de Santa Catarina. Leila Barros, candidata à Senadora por Brasília. Dora Pires, secretária nacional das Mulheres Socialistas do PSB e Marlon candidato a distrital por Brasília!

 

https://www.facebook.com/leanylemos/posts/630202600684480

Os destaques são por nossa conta. Outra atividade que salta aos olhos no dia a dia público disponível no Facebook de nossa futura secretária do planejamento é a participação ativa em atos de cunho feminista e o uso de adereços compatíveis com as causas. Camisetas com slogans e a carona para os mais diversos movimentos e eventos são comuns. Nossa futura secretária também acredita no mito feminista da diferença salarial, assunto também explorado em seu perfil.

 

Em 29 de setembro, Leany Lemos participou de uma manifestação “Ele Não” em Brasília. Convicta, vaticinou:

Foi lindo ver tanta gente na rua hoje. Caracterizados ou não, com o grito que ecoou por todo o Eixo Monumental -#ELENÃO!!!

Eu tive o prazer de encontrar amigos, candidatos/as e colegas de trabalho em meio a tantas pessoas.

Manifestação é isso! É resistência, união e melhor ainda quando é na paz e sem confusões! Ficou o recado!! #elenunca #elejamais

 

 

Nosso futuro governador venceu as eleições abrindo voto para o candidato Bolsonaro. Passado o calor do pleito, importou de Brasília a socialista que fez campanha ativa para seu governador, o também socialista Rodrigo Rollemberg (derrotado por Ibaneis Rocha após obter apenas 30% dos votos válidos no segundo turno) e ferrenha combatente do mesmo Bolsonaro, homem que considera uma ameaça à democracia e aos direitos humanos. Leany Lemos, socialista, comandará a Secretaria de Planejamento, órgão vital em um governo capenga e falido. Apesar de suas evidentes qualificações técnicas, suas visões ideológicas não representam o que o Rio Grande precisa, sendo mais uma escolha de esquerda por parte de nosso governador.

Eleições 2018

O Rio Grande do sul, mais uma vez, será governado pela esquerda

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Eduardo Leite

Em texto publicado na Lócus em março de 2018, questionamos quem cederia aos encantos da esquerda para vencer as eleições. O tempo respondeu que ela foi a real vencedora. E agora?

No texto “Eleições 2018: quem abraçará a esquerda para tentar governar o Rio Grande do Sul?”, de março de 2018, especulamos sobre as associações entre partidos de diferentes matizes ideológicas na busca pelo governo do estado do Rio Grande do Sul.

Na época, eram quase certas as candidaturas de Luiz Carlos Heinze (PP) e Mateus Bandeira (Novo) como as opções de direita na disputa. O segundo foi alçado ao Senado depois de uma reviravolta dentro do Progressistas, deixando o novato do Partido Novo sozinho na defesa do estado mínimo, mas sem encantar o eleitorado digamos, não especializado.

Eduardo Leite era apenas um talvez na época deste texto, lembrado por sua associação e admiração pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em um dos parágrafos, avisamos:

A tentativa de vitória “a qualquer custo” pode levar candidatos de direita a parcerias estranhas, geralmente apresentadas aos eleitores como um conjunto de esforços para um “estado melhor”, uma composição e sinal de maturidade com decisões acima desse negócio de “esquerda ou direita”. Alguns filiados – os primeiros a descobrirem os novos amigos em tempos de eleição – torcem o nariz. O eleitorado, por sua vez, vota com o pé atrás.

O texto encerra com:

Por último, o eleitor: a peça mais importante das eleições já não é mais a mesma. Anos de informação abundante em canais alternativos e a força da internet criaram um aglomerado de think tanks à brasileira, estrelas da política de hangout e líderes com muito carisma, despontando muitas vezes em suas áreas de atuação profissional (professores, jornalistas, policiais) cativando segmentos e fixando definições. Entre elas, a de que não basta bater em PT para ser de direita e que o roubo ou a corrupção não são os únicos males em um político.

Moral da história: cuidado com o abraço do afogado.

O abraço do afogado: o que era um perigo, virou o projeto vencedor.

 

Veio a eleição e a vitória quase esmagadora do projeto do “talvez” Eduardo Leite, um ambidestro ideológico confesso que embarcou até mesmo na onda Bolsonarista por conta de um “não-petismo” de ocasião. Poucos dias depois do resultado, os gaúchos conheceram os primeiros integrantes do time de secretários que irão acompanhar o governador nos próximos quatro anos. Entre eles, defensores da Queermuseu, ex-comunistas e vários socialistas. São escolhas pessoais do novo governador, por afinidade ou obrigação para a recompensa de eventuais apoios eleitorais. Existe ainda o problema do inchaço da máquina pública, com a previsão de 20 secretarias e a rápida movimentação prévia para garantir que o ICMS continue alto.

Quem pediu votos para Eduardo Leite pela direita, precisará dar satisfações sobre a sua saída pela esquerda. Candidatos e cabos eleitorais do universo tucano não pouparam elogios e defesas apaixonadas durante a campanha eleitoral. Protestar publicamente sobre as escolhas de nomes carimbados para secretarias e escalões secundários no novo governo é o mínimo que se espera de gente importante da política local, sob pena de ter a reputação manchada e planos para o futuro inviabilizados, se é que já não estão em risco, para o bem da boa política.

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Eleições 2018

O que resta para a oposição? Deixe o seu comentário

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No Programa Legião de ontem (30), fizemos um resumo dos fatos e algumas impressões sobre as últimas eleições. Gostaríamos que você deixasse o seu comentário também com a sua opinião.

Resumo do Programa Legião de 30/10/2018

  • O Partido dos Trabalhadores, desde o Impeachment de Dilma Rousseff, comprou a narrativa do “Golpe“, que não apenas se espalhou na boca do povo como uma verdadeira praga, mas pelo meio artístico e universitário. Inclusive foram criadas disciplinas em algumas universidades brasileiras sobre o tema;
  • O processo que depôs Dilma foi mal digerido até mesmo pela cúpula do STF: Ricardo Lewandowski rasgou a Constituição ao criar um mecanismo jurídico para que ela não tivesse seus direitos políticos cassados; Dias Toffoli, ex-advogado do Partido, não mediu esforços para conter os avanços dos julgamentos contra petistas históricos; Gilmar Mendes tem atuado como um verdadeiro advogado de defesa dos presos condenados pela Lava Jato;
  • A Lava Jato deu esperança para um povo já cansado da impunidade que vigorava no país. Nas classes de Direito Penal, uma coisa era certa até então: para não ser preso, bastava ter dinheiro para contratar um bom advogado para protelar ao máximo a condenação do criminoso. O juiz Sério Moro e uma leva de sangue novo do Ministério Público compraram a briga do povo, realizando algo jamais sonhado pelo mais esperançoso dentre os brasileiros: ver Luiz Inácio Lula da Silva um dia preso. No entanto, aqueles mesmos apoiadores que compraram a narrativa do “Golpe” contra Dilma, insistem ainda em dizer que Lula foi condenado sem provas e que ele não passa de um “preso político”;
  • Nas Eleições de 2018, a ideia inicial era que Lula fosse candidato a Presidente – seus advogados não mediram esforços para que isso acontecesse. Haddad seria o seu vice. Manuela D’Ávila deu uma série de entrevistas como candidata a Presidente pelo PCdoB. Com Lula impedido de concorrer, Haddad foi lançado como candidato, tendo Manuela como vice; 
  • A disputa entre Bolsonaro e Haddad foi uma briga de David e Golias. De um lado, havia um candidato que realizou uma campanha franciscana, com poucos recursos, agindo dentro da lei e, além disso, sofrer uma tentativa de assassinato. Isso sem contar que precisou pedir proteção especial e não pode sair de casa – não só por problemas médicos da facada que levou, mas pelo número de ameaças de morte sofrida. Do outro lado, um candidato que não mediu esforços para cometer um sem-número de ilícitos, instigar o ódio de toda a sua militância, fazer uma campanha milionária, além de contar com o apoio da grande mídia, da classe artística e do sistema de ensino como um todo; 
  • Sérgio Moro, assim como Bolsonaro, não é apenas um símbolo nacional do combate à corrupção, mas uma prova de como uma militância de esquerda pode transformar a vida de um homem num verdadeiro inferno. Moro já não dispõe do direito de ir e vir: a esquerda não dá um minuto de sossego; 
  • Muitas universidades não pouparam esforços para barrar a eleição de Bolsonaro. Recentemente relatamos o caso vergonhoso da Universidade de Passo Fundo. Tau Golin, professor do PPGH da Universidade, promoveu evento com cartaz difamatório contra Bolsonaro. Culpou a Direita pelo cartaz, mas ainda não explicou que foi o responsável pela sua autoria. A Universidade ainda não divulgou (muito estranhamente) o responsável. Além disso, uma série de pichações racistas foram feitas em banheiros da UPF. Grupos de Direita estão sendo apontados como autores. O caso ainda não foi explicado. No entanto, como comentado no Programa de ontem: “Pichação sempre foi monopólio da esquerda”. A Universidade segue se omitindo sobre os casos;
  • Seguido nessa questão do ensino, a UFRGS não conta apenas com a disciplina do “Golpe” entre as suas opções, como também não impediu manifestações contra Bolsonaro na Universidade. As universidades, quase sem exceção, estão cometendo um verdadeiro genocídio cultural: além do viés ideológico, não estão preparando os alunos para o mercado de trabalho, lançando-os ao mundo com diplomas, mas sem qualquer capacidade de exercer uma vida profissional;
  • Jair Bolsonaro provou que um homem com força é capaz de carregar um partido inteiro sobre os ombros. O PSL se tornou uma das principais bancadas políticas não só no Congresso Nacional, como nas Assembleias Legislativas do Brasil afora;
  • A velha classe política foi reduzida a sua insignificância merecida, de um grupo de coronéis como fome e sede de poder. Muitos terão que voltar  para casa sem privilégios e com a Lava Jato com mais força do que nunca;
  • O Partido dos Trabalhadores deverá ser tratado como quadrilha, porque a Lava Jato e demais operações têm deixado claro que de partido o PT apenas tem o nome: trata-se de um dos partidos mais corruptos da história da humanidade;
  • O PCdoB voltou a ser um partido de militantes estudantis, não elegendo ninguém de expressão política. Manuela D’Ávila finalmente não ocupará nenhuma vaga como eleita e o seu cinismo prova que está incapacitada de exercer qualquer papel político na vida pública; 
  • O PSol de Guilherme Boulos, líder do grupo terrorista MTST, fez menos votos do que o desconhecido Cabo Daciolo. Prova que o partido não passa de um grupo de arruaceiros com tempo de televisão para prometer um monte de coisas que nem com todo o dinheiro do mundo seriam capazes de cumprir. Boulos voltará a invadir propriedades privadas;
  • A classe artística saiu derrotada, desacreditada e insultada. Não só perderam o prestígio perante o seu grupo de fãs, como provavelmente serão rejeitados e condenados ao ostracismo;
  • O “politicamente correto” deverá ter os ânimos esfriados. Bolsonaro provou que o país precisa de homens de verdade, e não figuras construídas por marketing político com um discurso feito para agradar. Ficará provado que negros, mulheres, homossexuais e outros grupos considerados como “minorias” nunca foram perseguidos, mas apenas utilizados como massa de manobra na mão de um um grupo de psicopatas no poder. Witzel, governador eleito no Rio, já disse que bandido não será mais tratado como “vítima social”;
  • O mercado já reagiu positivamente à vitória de Bolsonaro. Não só a Bolsa de Valores cresceu, como o dólar baixou. Paulo Guedes, futuro Ministro da Economia, já disse que o país não adotará “ideologia” como critério de negociação comercial. O patrocínio a ditaduras africanas e a regimes de esquerda terá fim. Muito provavelmente os assaltos ao BNDES serão investigados;
  • O apoio internacional a Bolsonaro já foi reconhecido. Estados Unidos, Rússia, China, Chile – dentre outros – já deram sinal de apoio. Inclusive Nícolas Maduro mandou mensagem ao Presidente eleito parabenizando-o pela vitória. 

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Eleições 2018

Bolsonaro recebe o apoio de Leite e Sartori, mas por motivos diferentes

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Bolsonaro

Candidatos dão satisfações para o eleitorado no segundo turno e escolhem apoiar Jair Bolsonaro, entre os princípios e a estratégia política

Postados no mesmo dia 10 de outubro mas com mais de 9 horas de diferença, os vídeos de apoio para o candidato Jair Bolsonaro (PSL) por parte de José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB) – os finalistas gaúchos para a disputa ao Piratini – dão satisfações para os eleitores e militância de formas bem diferentes.

Na frente, Sartori declara no vídeo postado às 11h07 que nunca foi omisso e sempre tomou uma atitude, mesmo nos momentos de desconforto pessoal. O material tem meros 23 segundos e mostra uma sequência de cortes de um vídeo maior. Acompanhando o vídeo, o texto a seguir:

Para governar é preciso postura e posição. Por isso, decidi acompanhar a decisão do meu partido, o MDB, de indicar o voto em Jair Messias Bolsonaro no segundo turno. Em mais de 40 anos de vida pública, nunca me omiti. Sempre fiz o que precisava ser feito. Não é hora de ficar em cima do muro. #RSnoRumoCerto #Sartori15

https://www.facebook.com/joseivosartori/videos/184452585789199

 

No final da noite, às 20h34, a postagem de Eduardo Leite vem inteiramente em um vídeo longo com mais de 3 minutos e acompanhado da frase No 2˚ Turno para presidente: #PTNão e as hashtags #VamosRioGrande e #BoraFazerRS.

https://www.facebook.com/efcleite/videos/291811141437206

 

A nota do candidato declara um apoio a Bolsonaro com a tônica de negativa ao petismo, desfiando um rosário de alegações e posicionamentos. Segue a transcrição:

Hoje eu quero falar com vocês sobre a minha posição neste segundo turno para Presidente. Os gaúchos não aceitam quem não se posiciona. Mas também não aceitam a falsidade, a covardia de quem não defende os seus valores e o vale-tudo em troca do voto. O gaúcho tem palavra, tem honra, tem brio e tem coragem. E como gaúcho, os meus valores e os meus ideais não estão à venda e nem disponíveis para troca. Eu jamais votei no PT e não vai ser nesta eleição que eu vou fazer isso. O Presidente da República que busca conselho na cadeia, o partido que patrocinou o maior escândalo de corrupção do país e que ataca a Lava Jato e o modelo econômico que gerou 13 milhões de desempregados. Eles não merecem voltar ao poder. Por isso eu digo com todas as letras: o PT, não. Por isso, neste segundo turno, para evitar a volta do PT, eu vou dar o meu voto ao candidato Bolsonaro. É um gesto democrático acompanhando inclusive a decisão coletiva dos partidos da minha coligação. Mas o fato de não querer a volta do PT não significa a minha adesão incondicional ao que não traduz a minha visão de mundo , na política e na vida. Os gaúchos, na sua maioria, votaram no Bolsonaro no primeiro turno, e eu respeito isso. Por isso, sei que apoiá-lo seria um gesto natural de quem deseja vencer esta eleição. Mas eu não quero vender a eleição e perder a alma. Eu tenho sim uma posição firme: a de não arredar pé dos meus princípios e dos meus valores. Eu defendo uma política feita com amor, e não com ódio. Um país mais igual, com respeito às diferenças e a crença na cooperação como caminho para superarmos os desafios de hoje e do futuro. Da mesma forma que eu não vi nenhuma autocrítica do PT sobre a corrupção, eu tampouco vi a autocrítica do Bolsonaro sobre frases e pensamentos que não respeitam a democracia e a existência pacífica e natural de outros seres humanos. Eu gostaria de ter visto isso e já me deixaria mais confortável. Mas eu não vi. Da mesma forma que eu sei que existem gaúchos que votam no Haddad e são contra a corrupção, eu sei que existem gaúchos que votam no Bolsonaro e que também não estão 100% confortáveis com as suas posições. E eu sou um deles. E sei também que existem gaúchos que não aguentam mais esta guerra, este clima de ódio e radicalismo que tomou conta do país, nas redes sociais, nas conversas com os amigos ou em família. A estes gaúchos eu gostaria de pedir uma reflexão: eu quero ser o governador de todos, com todos e para todos os gaúchos. Eu não quero e não vou alimentar este clima de guerra que se tornou a política do nosso país. Eu não faço política com outro sentido que não seja o de missão, para transformar a vida das pessoas pra melhor. Acredito numa forma diferente de fazer política, com a união das pessoas, semeando esperança e não raiva. Se é para fazer política do contra, que seja contra a miséria, que seja contra o autoritarismo, contra a ditadura, contra a corrupção, contra os privilégios, contra as negociatas, contra o poder pelo poder. Contra aqueles que fazem qualquer coisa pelo voto. Eu acredito que é possível sim ter firmeza sem desrespeitar ninguém, ter lado sem querer destruir quem não pensa como eu. Como eleitor, o meu voto no plano nacional vai ser o mesmo de quem não quer o PT. Como líder de um projeto que busca governar o Rio Grande, aqui no Estado eu quero discutir propostas, visão de futuro e um jeito diferente de fazer campanha e de governar. Por que o Brasil é importante, mas o Rio Grande também é. E o que vai mudar a sua vida é a forma como nós vamos governar o estado onde nós moramos nos próximos 4 anos. Eu acredito na nossa capacidade de união pra vencer desafios. Eu acredito na nossa vontade de construir mudanças e de superar diferenças. Eu acredito em nós.

A declaração de Eduardo Leite tem potencial para entrar para a história do marketing político como o apoio mais negativo já realizado, com uma espécie de “vou votar mas não gosto deste homem e o que ele representa”, com destaque também para a isenção forçada ao usar figuras de linguagem que inserem no discurso todas as palavras-gatilho que significam, soltas ao vento, oposição ao candidato apoiado. Encerra com paz e amor e um toque de serenidade contra o ódio, dignos de um bom candidato do PSOL.

Do ponto de vista da audiência nas redes sociais, o post de Sartori é um fiasco frente ao conteúdo de Eduardo Leite: são  5700 curtidas, 620 comentários, 1094 compartilhamentos e 91 mil visualizações para o primeiro contra 21 mil curtidas, 5400 comentários, 18600 compartilhamentos e 757 mil visualizações para o segundo, entre o dia 10 e  elaboração deste artigo. Ambos investem oficialmente dinheiro no Facebook para o impulsionamento das postagens (não é possível determinar quanto cada post recebeu).

Finalmente, o título deste texto não faz justiça aos fatos. Enquanto Sartori apoia mostrando sinais de convicção (espalhando os motivos também por outros conteúdos nas redes), Leite diz que não quer o PT e seu voto é cheio de receios, comparando até mesmo os escândalos bilionários de corrupção do partido com frases e derrapadas de Bolsonaro ao dizer que não viu autocrítica de ambos. Entre a convicção e o resultado das urnas, o segundo falou mais alto.

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