Em meio a discussões sobre as novas medidas restritivas de visitas a Lula, um dos pontos levantados está relacionado à violação do direito a assistência religiosa. O que chamou atenção foi a participação da Monja Coen, a líder espiritual pós-moderna e autora de uma série de livros de autoajuda (imagem abaixo), nas manifestações pró-Lula. Sim, isso havia passado despercebido por muitos. Agora, ela soma esforços nas críticas a Jair Bolsonaro.
No momento das manifestações pela soltura do ex-presidente, ela havia declarado, após uma das suas muitas visitas a ele: “Lula é digno. Incomoda porque é honesto, correto e pensa em todos”.
Abaixo, algumas das postagens dela e de alguns de seus seguidores:
Em Curitiba para plantar arvore no bosque visitar Presidente Lula dar entrevista e voltar a SP
Paulo Pimenta, deputado federal pelo PT-RS, uma das novas lideranças do Partido, acusado recentemente de operar esquema de fraude na fronteira do RS que lesou produtores rurais da cidade de São Borja em pelo menos R$ 12 milhões, também compartilha dos minutos de sabedoria da Monja:
A Mídia Ninja, um tentáculo midiático de apoio ao PT, publicou menção da líder espiritual a Bolsonaro:
Monja Budista Coen Roshi (@monjacoen), missionária oficial da tradição Soto Shu, se posiciona contra Bolsonaro: "Eu acho um absurdo uma pessoa que se isenta num momento desses. Não tomar partido é tomar partido." pic.twitter.com/rLc4IAlyAr
De uns tempos para cá, poucas notícias circulam sobre o envolvimento político da Monja Coen. Talvez depois de muito passar vergonha, tenha lido seus livros e aprendido a se calar. Triste de um país onde cada vez mais seus líderes espirituais ou estão envolvidos em política abertamente ou em algum esquema de desvio de dinheiro e abuso sexual. As feridas causadas pelos anos de PT ainda levarão muitos anos para serem curadas.