Sem desfiles patrocinados com dinheiro público, Município custeia pequenos eventos para não deixar a data passar em branco
A prefeitura de Passo Fundo financiou um evento carnavalesco no domingo, 3 de março, batizado de “Carnaval Popular”. Foi a segunda edição da pequena festa no Parque da Gare, com palco e artistas animando um pequeno público.
Mesmo este pequeno esforço festivo teve custos consideráveis: pelo menos R$ 19.500,00 foram gastos na realização do Carnaval Popular, com montagem de estruturas, contratação de artistas e até mesmo um veículo caracterizado de “Trem Maria Fumaça”. A dinâmica do evento foi explicada em postagem no site oficial da Prefeitura.
A empresa Laércio Broco ME (tradicional parceira da Prefeitura) foi a responsável pela estrutura, sendo este o maior gasto para a realização do evento, R$ 13.000,00. A fonte de recursos para este gasto foi a “0001 – Próprio”, na rubrica “Serviços Técnicos Profissionais”.
Uma empresa de Carazinho (Musical Beats) animou a festa: a Orquestra Maria Fumaça fez um musical ambulante por algumas ruas da cidade ao custo de R$ 3.500,00, com a mesma origem dos recursos para pagamento. Um segundo show musical e um aluguel de veículo completam os gastos.
Imagem do evento, disponível no site da PMPF.
É sabido que a narrativa “Prefeitura deixa de gastar com Carnaval para instalar ar-condicionado nas escolas” foi amplamente fortalecida pela máquina do marketing municipal desde os primeiros anos da administração do prefeito Azevedo, fato que repercutiu até mesmo em blogs nacionais (muitos com notícias falsas) que criaram posts sobre a decisão que são amplamente compartilhados quase todo início de ano.
A total transparência desta decisão nos primeiros anos (envio de recursos financeiros para o CDL e não para as escolas) ainda carece de um esclarecimento completo. Já a não-realização de fato do Carnaval pode ser ocasionada pela crise ou pela real decisão de não se investir no evento aos moldes conhecidos: escolas de samba e desfiles, ingressos e venda de cerveja e camarotes. Acima de tudo, este carnaval de rua com desfiles de escolas de samba prova a cada ano ser uma atividade que não se sustenta com as próprias pernas.
Estrutura: o maior gasto.Adaptando a moeda corrente do marketing municipal, o pequeno “Carnaval Consolação” do prefeito Azevedo – ainda que modesto – levou dos cofres públicos mais de R$ 19 mil (adicione custos paralelos e o uso do capital humano da prefeitura) ou, melhor dizendo, 10 aparelhos de Ar-condicionado Split Gree Inverter 12.000 BTUs – Quente/Frio Hi-wall Eco Garden GWH12QCD3DNB8MI, sem instalação. Preço de Magazine Luíza…