O Poder Executivo Municipal de Passo Fundo, após analisar o valor do metro quadrado de terreno e área construída, constatou distorções. Para tal, sugeriu uma revisão na Planta Genérica de Valores (PGV) do Município, pois a última havia sido realizada em 1994. Essas distorções exercem influência sobre o valor venal de imóveis que serve de base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
A questão foi debatida pelos vereadores durante a Sessão Plenária do dia 29/04/2019, momento em que houve a votação do projeto que fora submetido à Casa.
Renato Tiecher, o “Tchequinho”, que foi um dos vereadores que mais atacaram o projeto, fez uso do aparte para denunciar a estratégia dos parlamentares “da situação” – como são chamados aqueles que apoiam o prefeito Luciano Azevedo. Como é de costume, quando há projetos de interesse da população para serem votados, sobretudo quando a plenária está recebendo um número considerável de pessoas, a votação é antecipada. Não foi o caso, desta vez. Para o vereador, isso é um desrespeito dos colegas com a população que deixa suas atividades para acompanharem a Sessão, isso porque o grupo que apoia o aumento de impostos queria desgastar o público para que não os vissem votando.
Ainda, Tchequinho fez uma denúncia bastante grave. De acordo com a sua fala, os vereadores são pressionados a votarem favoravelmente aos projetos do Prefeito para que seus partidos não percam cargos na administração pública municipal. “Cargo não é ilegal. Mas votar num projeto fajuto desses [para manutenção de cargos] é imoral!”, atacou.