Passo Fundo

Empregados da Havan organizam protesto contra sindicato em Passo Fundo. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

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Manifestação demonstra que as pessoas querem liberdade e estão cansadas da exploração ideológica dos sindicatos, verdadeiras filiais de partidos de extrema-esquerda.

Menos de quatro meses depois da conturbada abertura da filial da Havan em Passo Fundo, o sindicato dos comerciários é notícia novamente. Agora, a briga é pelos termos da negociação coletiva da categoria que acabará por tirar benefícios dos empregados da empresa. Isso mesmo: segundo os manifestantes, o sindicato está atrapalhando a vida de quem trabalha na Havan.

Na quinta, 13 de junho, um grupo de funcionários da Havan foi para a porta do Sindicato dos Comerciários na rua Morom. Munidos de cartazes, camisetas da empresa e muita vontade para protestar, marcaram presença e denunciaram as trapalhadas dos sindicalistas, deixando a mensagem que ecoou até as profundezas do inferno onde deve viver Trotsky e seus companheiros: larguem do nosso pé, queremos trabalhar.

No centro da celeuma está a falta de renovação da convenção que selou os termos da negociação entre o sindicato e a empresa. O assunto “Havan” foi assunto por diversas vezes aqui na Lócus; relembre a novela em: “A guerra contra a Havan é uma luta pelo socialismo, bem na sua cara”, “Presidente do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo sugere luta armada para estudantes” e “Habemus Havan, para o delírio dos anticapitalistas gaudérios”.

O presidente do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo, Tarciel da Silva, defende regras rígidas (percentual para aumento, rescisão em sindicato e outras) em convenção coletiva, tomando o posto de “defensor dos trabalhadores”. Entre questões legais que ainda dão sobrevida a essa relação empregado – sindicato – empregador e ranço ideológico, a briga segue e quase 200 famílias ficam sem saber se a empresa conseguirá manter o seu modelo de negócio na cidade, especialmente na questão da abertura em domingos e feriados.

Tarciel, filiado ao PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e presidente de um sindicato que é ligado ao CSP-Conlutas, representa a nata do anticapitalismo brasileiro. Para entender o mindset deste conjunto ideológico, confiram alguns destaques em um documento análogo a um manifesto, publicado no site do PSTU:

O capitalismo conduz a humanidade à destruição

O mundo em que vivemos, dominado pelo sistema capitalista, voltado para o lucro de um punhado de bilionários, é cada vez mais um cenário de miséria, de degradação humana, de sofrimento, desemprego e opressão. Para manter seus lucros, os grandes grupos econômicos jogam a crise econômica nas nossas costas.

Ao contrário do que pregam o PT e outros partidos de esquerda, o capitalismo não pode ser reformado. É preciso destruir esse sistema de exploração. A produção não deve estar voltada para o lucro, mas voltada para as necessidades humanas. Não seria preciso ter um único desempregado sobre a terra. Seria possível ter tempo livre, diminuir a jornada de trabalho, ter emprego para todos e condições dignas de vida se não tivéssemos um sistema capitalista que ameaça o planeta.

Socialismo e revolução são uma necessidade!

Os trabalhadores lutam todos os dias contra os efeitos nefastos deste sistema. Para que essa luta não seja eterna e inútil, é preciso adotarmos a estratégia de acabar com o capitalismo e construir o socialismo.

A CSP-Conlutas também tem suas ideias bem claras no estatuto. Destacamos:

Artigo 4°. A CSP-CONLUTAS enquanto instrumento para a defesa de todas as reivindicações e demandas dos trabalhadores e trabalhadoras e das organizações a ela filiadas, tem como objetivos:

Organizar e mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras sempre no sentido de defesa dos seus direitos, interesses e prerrogativas;

Lutar por melhores condições de vida e trabalho;

Lutar em defesa dos interesses históricos da classe trabalhadora, tendo como meta o fim de toda forma de exploração e opressão, sempre na perspectiva de uma sociedade socialista, governada pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras;

O que vemos aqui é o uso do poder dado pela Constituição a entidades de extrema-esquerda que, mesmo depois da recente reforma trabalhista, continuam infernizando as relações trabalhistas que dizem defender, mas sonham com um mundo socialista, utópico e, como todos sabemos, sinônimo de fome e morte onde a experiência foi testada.

 

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