A situação do Aeroporto Lauro Kortz, além de deixar a população sem a infraestrutura necessária, gera desconforto entre os vereadores de Passo Fundo. Na Sessão Plenária do dia 13/11/2019, o assunto voltou a ser discutido entre os parlamentares. Na previsão de Luiz Miguel Scheis (PDT), a obra não será inaugurada no atual mandato do governador Eduardo Leite.
A Lócus realizou um programa no início de 2019 comentando promessas que não seriam cumpridas neste mesmo ano em Passo Fundo. Luiz Miguel comentou na tribuna trecho do programa em que havia sido mencionado o Aeroporto Lauro Kortz. De acordo com William Strapazzon, o início das obras seguiria sendo alvo de novas promessas porque os prazos não seriam cumpridos. Não é novidade que o valor que seria destinado era insuficiente para o tanto de trabalho que precisa ser realizado. Ainda, há outros que dizem que o local do aeroporto é inadequado, precisando ser transferido para a região onde atualmente está o aeroclube da cidade.
Scheis disse ter sido informado que a obra não seria inaugurada neste governo de Eduardo Leite. Na mesma Sessão, Paulo Neckle (MDB) criticou a empresa que venceu a licitação para reforma do aeroporto. Foi por culpa da empresa, pela não entrega de um dos documentos, que novamente o início da obra foi adiado. Márcio Patussi (PDT) fez uso do aparte para manifestar seu descontentamento com a situação, pois cada vez que a Casa procura dar agilidade ao processo, uma nova desculpa é manifestada.
É certo que os parlamentares são cobrados nas ruas. No entanto, é preciso que a Casa faça um mea culpa por ter gerado tanta expectativa. A população foi na onda das promessas dos vereadores assim como os vereadores caíram na conversa das instâncias superiores. Obviamente que, se a matéria fosse de fácil resolução, já teria sido imediatamente resolvida. É claro que político nenhum quer travar o crescimento da própria cidade.
A solução está longe do final, ainda mais com a recente revelação feita pelo Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre as falhas no projeto da obra que fizeram a ANAC trancar o processo. Nessa história toda, diárias foram utilizadas para que promessas satisfizessem a ansiedade de todos os lados, sem contar gastos em publicidade e em cerimônia de autorização de edital. Nessa conta, há uma pequena amostra de quanto o Brasil acaba perdendo o fôlego com a própria burocracia.