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Goste ou não, o Congresso não irá alterar a prisão em segunda instância neste ano

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O Brasil é um país tão legalista que já editou quase 6 milhões de normas desde a promulgação da Constituição de 1988. Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), são quase 800 normas por dia útil. O certo é que o sistema jurídico é confuso até mesmo para os operadores do Direito que atuam numa única área, tornando o especialista um profissional já demasiadamente abrangente. Embora as leis nacionais sejam emitidas em quantidade aterrorizante, o certo é que a PEC da Segunda Instância, por maior que seja a pressão popular e a ansiedade do Congresso em aprová-la, não será comemorada entre o tilintar dos copos  do final deste ano.

A alteração da jurisprudência recente do STF não somente colocou em xeque o resquício de credibilidade que restava na Corte como também arrefeceu a esperança da sociedade sobre a impunidade que havia acendido com a posse de Jair Bolsonaro. Isto prova que Presidente da República não faz milagre, mesmo que motivado para tanto.

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O Congresso Nacional foi renovado nestas últimas eleições. Embora uma velha ala dos antigos conchavos permaneça assombrando os corredores de Brasília, sem contar o amontoado de votos da Esquerda que foi capaz de eleger alguns histéricos, houve renovação. E mesmo que parte dessa renovação tenha sido eleita nas costas de Bolsonaro e no dia seguinte tenha se esquecido disso, já se foram os tempos em que o abuso excessivo era tolerado num bom momento econômico, como nos áureos tempos dum tal Luiz Inácio.

A jurisprudência foi renovada, assim como foi o Congresso. A  insegurança jurídica já é uma marca do Direito Brasileiro, e a paciência acabou. Decididos a mudar esse cenário, alguns políticos não estão medindo esforços para aprovar a PEC da Segunda Instância, para quem sabe renovar as esperanças no fim da impunidade. É certo que a presunção de inocência seja um princípio conquistado a duras penas em muitos países, mas o abuso pode colocar um sistema todo em descrédito. O Direito, afinal das contas, deve servir aos homens.

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Embora a corrida ao ouro tenha sido lançada, a expectativa de que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovasse ainda nesta semana não será satisfeita. Após 12 horas de reunião, CCJ encerrou discussão sobre prisão em segunda instância nesta terça-feira (12). Para facilitar a votação da proposta na semana que vem, o autor da PEC, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), apresentou um texto alternativo que define a segunda instância como o trânsito julgado em um processo. Na prática, a nova proposta acaba com os recursos especiais extraordinários ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Chamada de “PEC paralela”, a proposta deve tramitar em conjunto com a PEC 410/18.

O deputado Alex Manente, mesmo tendo apresentado uma nova proposta, deverá continuar trabalhando para aprovar a admissibilidade da PEC 410/18. Há 38 votos a favor, sendo que o mínimo necessário para aprovar a PEC na CCJ seja de 34. Após a aprovação da PEC pela CCJ, deverá ser criada comissão especial para analisar a proposta ainda neste ano. Mas, como o prazo da comissão especial é de 40 sessões, o deputado prevê que a votação no Plenário ocorra apenas entre março e abril do ano que vem.

Para 2019, não adianta ninguém se animar. Aqueles tantos que foram soltos assim permanecerão. Haverá uma série de comícios liderados pela ala da Esquerda condenada, um tapa na cara de todo cidadão de bem. Quando o som dos discursos ensanguentados ressoar sobre o ouvido da sociedade, é certo que a pressão sobre o Congresso irá aumentar. Até mesmo figuras como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre já deram declarações favoráveis ao rápido andamento da proposta. De qualquer forma, o tilintar dos copos no final do ano sobre o tema será de alegria apenas para o lado dos homens errados.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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