Líder do Governo na Câmara, o vereador é um guardião do Executivo na Casa, mas peca por atuar como relações públicas e advogado do Prefeito na tribuna. É hora de mudar ou entrar para a história da pior forma possível
Ronaldo Rosa (SD) é líder do governo na Câmara desde agosto deste ano, espaço que era do comunista Alex Necker (PCdoB). Se representar a liderança na Câmara significa passar por cima até da realidade para defender o prefeito de todas as críticas, ele está de parabéns.
Ironias à parte, Ronaldo Rosa defendeu em suas redes sociais tema bem específico na última segunda-feira (02): publicidade. Como é lugar comum atacar o gasto excessivo da prefeitura com propaganda (A Lócus tem vários apontamentos e alguns vereadores da minguada oposição comentam na tribuna sobre estes gastos), parece que uma nova encomenda foi feita ao vereador.
Taxativo, Ronaldo publicou no Facebook a notícia de seu próprio site:
“O líder do governo na Câmara, vereador Ronaldo Rosa, apresentou dados com relação aos recursos investidos pelo Poder Executivo, na área da publicidade, destacando que valoriza e acredita na importância das campanhas para a população, na prevenção de acidentes e mortes, na conscientização de doenças sexualmente transmissíveis, na prevenção e no combate à dengue, bem como na prevenção ao trabalho infantil.”
Já no site, o texto contém dois parágrafos que chamam atenção:
Além disso, esclareceu para os passo-fundenses que em nenhuma das campanhas pode ser vinculada a imagem de qualquer político. “São campanhas institucionais, que de forma alguma são utilizadas para promover pessoalmente qualquer ente público, sob pena de crime de improbidade administrativa, denúncia no Ministério Público Tribunal de Contas, respondendo as sanções previstas pela Lei, inclusive com a devolução de recursos”, explica.
A Prefeitura de Passo Fundo em nenhum momento recebeu apontamento de irregularidade com relação à publicidade, inclusive a comunidade pode conferir as informações que estão disponíveis no Portal de Transparência da Prefeitura, que foi premiado como um dos melhores portais de Transparência do Estado.
As coisas não são como soam na voz de Ronaldo. A máquina do marketing municipal vem há muito tempo promovendo indiretamente a figura de um prefeito premiado – ainda que dentro dos limites da legalidade. E sobre as informações completas no Portal da Transparência, é incorreto afirmar que lá estão pormenorizadas, pois são linhas resumidas sobre um gasto oculto, com detalhes sobre campanhas em rádio, TV e jornais, acessíveis apenas por solicitação via Lei de Acesso, que ainda é um procedimento demorado, burocrático e ineficiente, sem garantia do fornecimento das informações na primeira tentativa.
Destaque de um pequeno pedaço dos dados disponíveis do Portal da Transparência da Prefeitura de Passo Fundo: descrições genéricas de trabalhos pagos, linhas com valores sem qualquer denominação e uma soma que ultrapassa os 5 milhões de reais pagos para a empresa CPL CENTRO PROPAGANDA, a agência oficial da Prefeitura, desde 2013.
Afinal, o papel do “líder do Governo na Câmara” é de articulação ou de “advogado” da prefeitura?. Lembrar-se das reais atribuições de quem é eleito (pela população) para ocupar uma cadeira no Legislativo é fundamental a qualquer parlamentar. Ronaldo Rosa, portanto, precisa escolher se está ao lado dos interesses do cargo ou da população.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: