Frente Nacional dos Prefeitos lamenta “atentado à democracia” e diz que presidente não pode flertar com a ditadura militar
A Frente Nacional dos Prefeitos emitiu uma nota de repúdio contra o presidente Bolsonaro, por ocasião do seu pronunciamento ocorrido no domingo, 19. Diz a nota:
FNP lamenta atentado à democracia
O sistema de pesos e contrapesos que sustenta a democracia brasileira foi, mais uma vez, desavergonhadamente testado nesse domingo, 19. O presidente da República, Jair Bolsonaro, em mais um despropósito, participou de manifestação que bradava pelo fechamento do Congresso Nacional.
O presidente da República tem um papel que não pode tergiversar sobre a democracia. Nem mesmo na caserna há lugar para flertar com a ditadura militar, sob pena de o capitão perder seu cargo para um general.
O mundo atravessa uma pandemia de proporções ainda não conhecidas. O inimigo é o novo coronavírus. A guerra deve ser contra ele.
Está na hora de instituir o gabinete da esperança, o gabinete da federação, o gabinete do Brasil, porque o ódio está levando o país para um cenário ainda mais sombrio, que já traz constrangimentos até às forças armadas e ridiculariza o país internacionalmente.
É lastimável que em meio a milhares de velórios trágicos e rápidos, o iminente colapso do sistema de saúde e a incerteza diante da pandemia que apavora, o Brasil siga esse torpe caminho, siga nessa encruzilhada.
Os gastos aumentaram. Até hoje, a prefeitura já empenhou mais de R$ 336 mil em anuidades para a Frente Nacional dos Prefeitos. Em 2019, Luciano Azevedo assumiu a vice-presidência de Práticas Inovadoras deste clube de prefeitos gastador e opinativo. Façam as contas.
O prefeito também critica Bolsonaro no Facebook, mas pelas ações no âmbito do coronavírus
Em postagem recente, Luciano reclamou da falta de uma unidade sobre a estratégia no combate ao coronavírus. Mesmo com a sabida autonomia dos estados e municípios e as implicações constitucionais de cada ente no trato do comércio. Foi duramente criticado por muitos na rede social, especialmente por usar como ponto de partida para o lamento uma reportagem da Folha de São Paulo.
Aparentemente ciente das suas limitações e sem querer tentar a sorte no apoio do eleitorado, até agora nosso gestor não replicou a nota da entidade parcialmente sustentada por passo-fundenses, onde tem cargo de destaque.