Passo Fundo

Pedidos por um Estado forte evidenciam que a esquerda dá as cartas nas decisões sobre o coronavírus em Passo Fundo

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Membros do Comitê que orientam o Prefeito são alinhados com Lula no entendimento do papel do Estado na crise da saúde e os dois antagonizam o governo federal

O documento que tentou explicar as mortes por Covid-19 em Passo Fundo e publicado recentemente pela Prefeitura é confuso e até mesmo ideológico, como apontado recentemente em análise aqui da Lócus.

De fato, se analisarmos as falas de alguns membros do COE (Comitê de Orientação Emergencial) – um grupo de especialistas que representa a saúde de Passo Fundo e na teoria orienta e endossa as ações do Prefeito – é possível observar o forte elemento ideológico.

É sabido que a saúde municipal na administração Luciano Azevedo foi colocada nas mãos do PCdoB desde o início, com seus militantes ocupando cargos importantes, incluindo aí o comando da própria Secretaria de Saúde, com o comunista Luiz Artur Rosa Filho. O ex-secretário já foi cotado como possível candidato a prefeito de Passo Fundo em 2020.

Juliano Roso com Luiz Artur em live do facebook no dia 25/4: “Esta turma que defende Estado mínimo, que defende que o Estado não tem que intervir na economia, que ajudou a tirar recursos do SUS, essa turma faliu”.

Outra autoridade de destaque nas orientações sobre a crise do coronavírus é o médico Júlio Stobbe, diretor do campus da UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul – verdadeira poster child do regime petista na região e um dos palcos da histórica revolta de passo-fundenses contra a entrada de Lula na Cidade em 2018.

E é com o ex-presidente Lula que o médico se alinha no time da defesa do “Estado grande”. Em um curto espaço de tempo, os dois deram declarações similares sobre o papel do Estado na economia. Lula, em entrevista no dia 2 de abril disse: “O que é preciso é um Estado forte para tomar uma decisão e um Estado democrático para executar”. Stobbe, no site do ativista de esquerda local Nei Pies, após ser indagado sobre o futuro após pandemia, disparou:

“Deveria ser otimista. Mas será muito difícil termos grandes mudanças comportamentais. As medidas serão lembradas por um período muito curto porque não fazem parte dos costumes dos indivíduos.  Caberia aos grandes gestores entenderem a importância de um Estado forte para poder dar sustentação à população em momentos como esse. Mas, possivelmente, não seja essa a política que trabalha com o viés de Estado mínimo.”

Stobbe também é destaque na mídia local com dezenas de aparições nos sites e entrevistas ao vivo nos estúdios das emissoras de rádio de Passo Fundo.

Rosa Filho e Stobbe: autoridades que orientam a prefeitura na crise do coronavírus.

Dentro da área da saúde, os dois profissionais podem acertar em questões acerca das medicações, diagnósticos e procedimentos. Dentro da complexa realidade multidisciplinar da pandemia e seus problemas econômicos e sociais, há o perigo de certas paixões e verdades absolutas ofuscarem o melhor julgamento para a resolução dos problemas da cidade.

Em uma visão mais ampla das pessoas com este perfil, como acreditar em boas soluções para empresários que geram empregos vindas de seguidores de Paulo Freire, crentes da luta de classes e simpáticos aos maiores regimes ditatoriais da face da terra? Resta ter esperança no filtro adotado pelo aconselhado, o prefeito Luciano Azevedo, filiado ao Partido Socialista Brasileiro.

 

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