Passo Fundo

Depois de Mateus Wesp, Patric Cavalcanti também entra para o time do “auxílio-mudança”

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Ex-vereador de Passo Fundo recebeu ajuda de custo para iniciar novo cargo em Brasília, com mais algumas benesses

No mundo normal, quando você muda de cidade para ocupar uma nova vaga de emprego (salvo em algumas empresas), precisa se virar  com as despesas da nova vida profissional. No serviço público, tudo é mais fácil, pois é você, contribuinte, que paga esta facilidade para os outros através de impostos.

Quando o deputado eleito Mateus Wesp mudou para Porto Alegre e assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa, recebeu um salário a mais pelo “incômodo” de precisar sair de Passo Fundo. Apesar de até então ser conhecido por um discurso de austeridade, não negou o dinheiro e a façanha foi documentada pela Lócus, com grande repercussão na cidade.

Agora foi a vez do ex-vereador Patric Cavalcanti (DEM). Depois de passar um bom tempo promovendo uma pré-campanha para o cargo de prefeito de Passo Fundo – chegando a anunciar pelo menos três pessoas-chave na criação do plano de governo, desistiu de tudo e foi para Brasília. Neste país, lugar melhor não há.

Na capital federal, foi nomeado pelo colega Onyx Lorenzoni “Assessor Especial, código DAS 102.5”, com publicação no Diário Oficial em 30 de março de 202o.

O sistema de transparência do Governo Federal aponta que Patric Cavalcanti foi contemplado com uma “Ajuda de Custo – Pessoal Civil” de R$ 13.623,39, reservada a (entre outros) servidores que precisam deslocar de uma cidade para outra.

A nomeação ainda gerou outra benesse: o pagamento de passagem aérea Porto Alegre – Brasília para a esposa do ex-vereador no dia 21/4, com o motivo “BRASILIA 21/04 – DEPENDENTE DO SENHOR PATRIC CAVALCANTI PELO QUAL IRÁ TOMAR POSSE EM CARGO EM COMISSÃO CONFORME PORTARIA Nº 342 DE 31-03/2020.”.

Enquanto isso, lá em Brasília, Patric trabalha com veemência nas redes sociais para divulgar outro auxílio (bem menor) oferecido pelo Governo Federal, para quem está com problemas financeiros durante a pandemia. Este é de R$ 600,00. O outro, não fornece aplicativo para contestação.

 

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