Imunidade parlamentar: Wesp, defensor do uso de máscaras, curte churrasco com uma dúzia de amigos sem a proteção obrigatória por decreto do seu governador
O Deputado do PSDB trai as recomendações feitas por ele mesmo ao participar de churrasco com diversas pessoas em ambiente interno. Seu discurso nas redes sociais e seu governador orientam o contrário. Hipocrisia?
Em meio a decretos e polêmicas, a crise provocada pelo coronavírus se arrasta pelo país e as medidas tomadas pelo Governo do Estado e prefeitos são altamente restritivas. Com o pretexto de salvar vidas evitando sobrecarregar o sistema de saúde pública , escolheram o caminho do fechamento do comércio, restrições diversas, novas práticas de higiene e, principalmente, o uso de máscaras.
O governador Eduardo Leite e seu homem na Assembleia Legislativa (e Deputado Estadual com base em Passo Fundo) Mateus Wesp – companheiros de partido, o PSDB – estão entre os líderes na sustentação quase diária do discurso de combate a pandemia, obviamente com as regras criadas por eles mesmos. Abaixo, uma amostra do que é bombardeado pelo deputado nas redes sociais. As recomendações, avaliações e reflexões sobre o comportamento humano são impressionantes:
Toda esta sinalização de virtude e construção de uma narrativa heróica e do caminho certo caiu por terra na noite de 18 de junho, em Passo Fundo. O mesmo deputado que transformou o uso de máscaras obrigatório em marketing partidário ao usar um modelo customizado com o número, cor e símbolo do PSDB, participou de um churrasco com pelo menos uma dúzia de pessoas aglomeradas, comendo, bebendo e cantando na casa de amigos.
A Lócus teve acesso a diversos vídeos e imagens do churrasco. Muitos deles já estavam viralizando nas redes sociais no início desta sexta, antes da equipe decidir por este registro de verdadeira hipocrisia parlamentar. O cidadão Wesp que faça o que quiser e assuma os riscos impostos pelos governos. O deputado Wesp, este mostrou enorme hipocrisia.
Destacar esta triste passagem – em tempo – não se trata de bisbilhotar a vida das pessoas e sim exigir coerência de quem se coloca no posto de interlocutor da ciência e do bom senso, agindo com intenções totalitárias para o controle da vida alheia.
Tudo aquilo que milhares de famílias desejam fazer na mesma cidade de Passo Fundo, mas desistem ao pensar em uma possível denúncia e ameaça do aparato municipal, para o seu próprio bem. O mesmo que milhares de pequenos negócios poderiam estar fazendo para trazer algum faturamento mínimo e permitir algum faturamento no final do mês, mas são proibidos.
Mateus Wesp é um político sem solidariedade, ignorante e indiferente. Segundo o próprio Mateus Wesp.