Passo Fundo

Sem medo de mostrar: Prefeitura de Erechim transmite licitação ao vivo no Facebook

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Prefeitura realiza live na rede social e transmite todo o processo de licitação para a realização de asfalto na cidade

Em alguns municípios, procurar dados sobre licitações dá trabalho. É preciso uma longa pesquisa nos sites de transparência, leitura de documentos e sorte, já que nem sempre todas as informações são publicadas.

Em Erechim, pelo menos uma parte do processo foi facilitada para o cidadão curioso, vereadores e jornalistas: as licitações por lá são transmitidas ao vivo nas redes sociais. Os concorrentes na mesa, a avaliação dos documentos nos envelopes e todo o rito que o processo exige aparecem em vídeo, de boa qualidade.

Nesta quinta, 23 de julho, está sendo transmitida ao vivo uma licitação com o objeto “Contratação de empresa especializada, sob regime de empreitada por preço global, com fornecimento de material e mão de obra para execução de obra de pavimentação asfáltica em diversas ruas do Município, através da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Habitação, Segurança e Proteção Social, com recursos próprios.”.

É possível ouvir até o “uhum…” por parte dos organizadores a cada conferência em documento. 

Licitações transmitidas ao vivo pela Prefeitura de Erechim ficam disponíveis na página oficial do município no Facebook. O sistema ficaria ainda melhor se o arquivo do vídeo ficasse também armazenado no site da prefeitura, dentro dos “documentos digitais” de cada processo.

Prefeitura de Erechim deveria ser exemplo para Passo Fundo

O município de Passo Fundo gosta muito de fazer marketing com a figura do “prefeito que é tão bom que outros gestores visitam a cidade para verificar como fazer as coisas”, mas perdeu a oportunidade de copiar a ideia do município vizinho, dando mais transparência para os processos licitatórios.

Buraco na Avenida Brasil, no bairro Petrópolis, em foto recente. Se fosse em Erechim, os pagantes de impostos conheceriam o rosto dos culpados e a “habilitação” demonstrada para o feito. Créditos: José Rodrigo / AMAC.

Além de tudo, o processo fica mais “humanizado”. Assim é possível conhecer o rosto do representante que levou dinheiro público para casa e deixou uma obra com buracos e remendos, sem fiscalização por parte de quem contratou.

Descartada a falta de dinheiro para compra de equipamentos (uma câmera qualquer custa R$ 500,00), as licitações por aqui não são transmitidas por falta de coragem, vontade ou algum impedimento legal. 

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