Sem vitória na cidade de origem, os líderes do PCdoB e PSDB foram a campo dar suporte para a derrota em Porto Alegre e para a vitória em Caxias do Sul
Na disputa pela Prefeitura de Passo Fundo, os tucanos do PSDB conseguiram 8.770 votos (8,67%), seguidos pelos comunistas do PCdoB com 6.897 votos (6,82%). Os candidatos Lucas Cidade e Juliano Roso ficaram na quarta e quinta colocação, respectivamente, antes do abismo ocupado pela extrema-esquerda.
Brincadeiras à parte, podemos dizer que houve uma escala de tons de vermelho nesta eleição, do eleito Pedro Almeida (PSB) até Celso Dalberto (PSOL), com o autoproclamado direitista Cláudio Dóro (PSC), espremido no terceiro lugar.
Juliano Roso – derrota na capital
Nosso maior comunista estava esperançoso e acreditando na pesquisa do IBOPE na noite de sábado, véspera da eleição. Em seu Facebook, postou notícia do próprio partido sobre a “virada” de Manuela.
Manuela perdeu, diz a urna.
Manuela foi derrotada nas urnas do segundo turno nas eleições da capital, com 45,37% dos votos (fez 29% no primeiro turno). Em seu pronunciamento após o resultado, recebeu o apoio de Roso, igualmente derrotado nas urnas passo-fundenses poucos dias antes, mas com resultado bem inferior.
Manuela e o petista Rossetto : com foice e estrela escondidos.
Apesar de tudo, uma candidata comunista com vice petista, chegar onde chegou, é um grande feito. O desempenho deverá ser objeto de estudo por muitos anos para os analistas da área. O PCdoB sai com moral, no melhor estilo “não é o destino que importa, é a jornada”.
Mateus Wesp – atenção especial em Caxias do Sul
O deputado tucano voou até Caxias do Sul para acompanhar a vitória do colega Adiló, também do PSDB. Foram 59,57% dos votos contra o petista veterano Pepe Vargas, que levou 40,43%. E foi de virada: no primeiro turno deu 34,17% para Pepe e 15,45% para Adiló, em uma eleição com 11 candidatos.
O PSDB levou 30 prefeituras no Rio Grande do Sul. Entre elas, cinco das maiores cidades do Estado: Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Viamão e Novo Hamburgo.
Apesar dos semblantes similares e não muito alegres flagrados no dia da eleição, para os comunistas resta talvez repetir os esforços com o cambaleante PT para os arranjos estaduais e nacionais. Já para Mateus Wesp, existe uma estrada pavimentada com muitas máquinas administrativas na mão, o governo estadual e o próprio mandato, com muitas “visitas às bases” para realizar. De tristeza igual mesmo, só o desempenho infeliz do partido na sua terra natal.