Prefeito quer 5,19% de aumento para compensar as “perdas inflacionárias”, em três parcelas. Custo financeiro chegará a R$ 10 milhões já em 2022. A Câmara vai insistir que é apenas “ajuste”: na prática, é aumento!
Em tempos de “guerra pandêmica”, enquanto trabalhadores da iniciativa privada perdem o emprego e empresários fecham as portas, a crise parece não ter atingido o funcionalismo público: com ou sem coronavírus, os servidores continuam recebendo religiosamente os seus salários.
Estimativa de custos que acompanha o Projeto de Lei. Confira, na íntegra, aqui.
Em Passo Fundo, os funcionários da Prefeitura de Passo Fundo estão em vias de receber um aumento de 5,19% nos salários, pedido pelo prefeito Pedro Almeida para a Câmara de Vereadores, em regime de urgência. Este índice vai impactar o caixa da Prefeitura em 8 milhões já em 2021 e 10 milhões nos anos de 2022 e 2023. No embasamento do pedido, a estimativa de receita da cidade para estes anos também sobe: R$ 713 milhões em 2021, R$ 754 milhões em 2022 e R$ 793 milhões em 2023.
Enquanto isso, quem paga impostos (e financia a folha do funcionalismo) passa por sérias restrições para o trabalho. Moralmente, o correto seria não dar aumento, tendo em vista a situação econômica do país. Na prática, políticos usam de manobras legais e interpretações para manter a vaca ordenhada, como se o Governo Federal (a quem sempre recorrem para a auxílio) fosse dono de um poço sem fundo, com recursos ilimitados. A Câmara vai insistir que é “ajuste”: na prática, é aumento.