Passo Fundo

Faculdade de Artes e Comunicação da UPF: 69 anos e sacanagem com o idioma

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Postagem de aniversário nas redes sociais usa linguagem neutra para homenagear os alunos da instituição e a própria faculdade

A Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo, casa dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design Gráfico e outros, está completando 69 anos. Para marcar a efeméride, postou nas redes sociais um card com o texto “Parabéns! FAC 69 anos Vida Longa à FAC e aos Faquianxs!”

Para quem não está familiarizado com esta sopa de letrinhas, trata-se de um flerte com a linguagem neutra, uma prática que modifica a língua portuguesa com o intento de incluir todos os gêneros possíveis. Na prática, o bom e velho ativismo de esquerda.

Para não perder a viagem, parece que os responsáveis pela comunicação da FAC quiseram agradar a militância, mas não entregaram o pacote correto. Segundo um dos milhares de textos dedicados ao tema disponíveis na internet, o correto mesmo seria “Vida Longa à FAC e aes faquianies”.

O post da sacanagem, aqui.

Portanto, caro leitor da Lócus e potencial financiador de estudos dos filhos da maior instituição de ensino superior de Passo Fundo: se o piá ou a guria (ou piê) chegar em casa falando coisas estranhas, não se assuste. É a modernidade que chegou na região.

A UPF tem liberdade para fazer (ou deixar fazer) qualquer sacanagem com o idioma (e aguente as consequências), enquanto entidade privada de ensino. Só é preciso um certo cuidado quando a prática for inserida dentro de atividade que usa dinheiro público, como a Jornada de Literatura, com o sério propósito de ensinar a comunidade, de forma direta ou indireta.

Em um mundo ideal, o livre mercado daria conta da demanda por cursos que não alteram o idioma em nome de ativismo, deixando a escolha para as famílias. De certa forma, no mundo real, mais e mais pessoas estão deixando de fazer um curso superior para atuar especialmente nestas áreas da comunicação, executando um bom trabalho no mercado com educação livre, personalizada e focada nas necessidades e sem diploma tradicional.

Nota: Piê foi criado pelo manual de linguagem neutra da Lócus e não encontra comprovação na literatura oficial.

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