Passo Fundo

Bora gastar! Por que a Farmácia Central não fica no mesmo imóvel da SMS?

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Os dois imóveis foram locados e inaugurados em cerca de trinta dias, com alto valor de aluguel e públicos muito similares

A Prefeitura de Passo Fundo colocou a Secretaria Municipal de Saúde em um novo endereço, como divulgado  recentemente aqui na Lócus. Confira em “Saiba aqui quanto custa o aluguel do prédio para a nova Secretaria Municipal de Saúde”, publicado em primeiro de agosto.

Cerca de trinta dias antes, a Farmácia Central também foi transferida para um novo endereço, na Avenida Brasil. A Prefeitura divulgou no site as inaugurações da Farmácia em 24/06 e da Secretaria em 23/07. Segundo o Google, os dois locais estão distantes 350 metros ou 4 minutos de caminhada um do outro.

Pela Farmácia Central, a Prefeitura pagará R$ 174 mil ao ano (R$ 14.500,00 mensais) pelo imóvel que fica na Avenida Brasil,  Edifício Don Ramon 2, número 190. O valor foi fruto de avaliação em um laudo da Secretaria de Habitação, emitido em 6 de janeiro de 2021, que indica R$ 14.504,40, sendo R$ 25,28 o metro quadrado. A loja tem 750 m2.

Curiosamente, na notícia sobre a inauguração da farmácia, o prefeito declarou: “A mudança de local foi pensada para assegurar um atendimento mais qualificado à comunidade, num local de fácil acesso e com melhores condições de trabalho para os servidores. Não será mais necessária a jornada do paciente em vários locais para a retirada de diferentes itens, pois estará tudo concentrado no mesmo prédio”. Poderia ser bem melhor.

Bora gastar?

Salvo algum impedimento legal ou sanitário, parece que as duas estruturas ficariam muito bem em um único local, livrando o pagador de impostos de mais este aluguel entre tantos já pagos pelo município. Juntas, as estruturas vão custar R$ 432 mil ao ano, ou R$ 1,7 milhão durante a administração Pedro Almeida. É bom indicar o valor “de administração” pois acredita-se que um prefeito planeja suas ações (e os custos) para o exercício. E determina o que pode ou não pode fazer justamente pela famigerada desculpa da falta de recursos.

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