Entre em contato

Passo Fundo

Discussão sobre liberdade de expressão centraliza críticas a Tchequinho

Publicado

on

De acordo com o vereador, a Rádio Uirapuru está agindo politicamente, e não difundindo as notícias como deveria: “Eles não estão preocupados em entregar notícias, mas em formar opiniões”. Parlamentares criticam postura do colega. Alberi Grando cobrou inteligência emocional de Tchequinho

Não é de agora que o vereador Tchequinho vem expondo, na tribuna da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, os ataques que recebe dos meios de comunicação locais. Em muitas oportunidades, o parlamentar pediu medidas da Câmara, fazendo até mesmo coro para retratação.

Num debate específico envolvendo recentes investimentos no estado do Rio Grande do Sul, Tchequinho (PSC) havia dito, na Sessão Plenária do dia 21/06, que o anúncio de investimentos nas rodovias por parte do governador Eduardo Leite vai ser utilizado como campanha antecipada para muitos parlamentares. Segundo o parlamentar, as rádios de Passo Fundo se omitem na hora de expor esses fatos, optando por aplaudir e elogiar essas atitudes.

Na sessão do dia 14 de julho de 2021, colocou na tribuna um áudio de três jornalistas da Rádio Uirapuru, que fazem o programa Repórter do Povo, apontando que os comunicadores estavam querendo intervir nos trabalhos do legislativo local.

Houve uma sugestão para que a Comissão de Ética começasse a punir os parlamentares por mentiras contadas na tribuna. Para Tchequinho, a sugestão é ótima, isso porque, conforme mesmo disse, trazer mentiras para a comunidade não é papel dele. Se os radialistas estão se referindo especificamente a alguém, ele disse, deveriam informar e provar o que estão afirmando.

Tchequinho cobrou transparência da Rádio, questionando quanto é que recebem do poder público para publicidade e propaganda: “Digam vocês quanto é que receberam nesses últimos oito anos”. Lembrou ainda que o ex-prefeito Luciano Azevedo agora tem programa na emissora.

A equipe da Lócus pediu cópia do discurso ao parlamentar, que prontamente nos atendeu.

Ainda, se valeu de um conjunto de fatos para divergir falas dos comentaristas. Veja, a seguir, o trecho com a exposição do vereador Renato Orlando Tiecher:

Na Sessão Plenária do dia 10 de agosto de 2021, foi rejeitada a MOÇÃO Nº 41/2021, de repúdio aos comentários feitos no programa Repórter do Povo, exibido dia 13 de julho de 2021 pela Rádio Uirapuru, no qual seus participantes “insinuam que os vereadores de Passo Fundo faltam com a verdade, querendo calar e tirar os direitos dados a eles, com fundamento no art.29 da Constituição Federal”.

Antes da votação, ao abrir o tempo de fala dos parlamentares inscritos para discutir o projeto, Tchequinho disse não estar confortável em ter que dar andamento a uma moção de repúdio contra uma rádio ou mesmo contra um grupo de radialistas. No entanto, afirmou que, desde que assumiu a cadeira de vereador pela primeira vez em 2012, que prometeu a si mesmo que não serviria a interesses obscuros e nem mesmo iria aguentar desaforo de ninguém: “A verdade sempre prevalecerá; por isso, jamais vou aceitar mentiras, de quem quer que seja”. Para ele, a moção é para que a moral e a dignidade de nenhum dos parlamentares da Câmara veja atacada. De acordo com Tchequinho, a Rádio Uirapuru está agindo politicamente, e não difundindo as notícias como deveria: “Eles não estão preocupados em entregar notícias, mas em formar opiniões”.

Evandro Meireles (PTB), fazendo uso da tribuna, criticou o teor da proposição: “Embora seja um prerrogativa que compete aos vereadores, nós temos tantas coisas importantes para discutir em prol da nossa comunidade…” Chamando Tchequinho de “imbecil”, disse que a Rádio Uirapuru tem um papel social bastante importante na cidade, deixando sempre “os microfones abertos a qualquer cidadão”. Para Meireles, muitos atendimentos a demandas da população foram feitos pela Rádio, o que reforça a sua importância: “É uma rádio de confiança da nossa comunidade”. De acordo com Meireles, a Uirapuru cede o direito de resposta a todos aqueles que quiserem, o que não foi feito por Tchequinho: “Isso [a moção] é um desrespeito com uma empresa que ajuda quem precisa”. Finalizou dizendo: “Nós não estamos no tempo da ditadura, e hoje nós temos a liberdade da imprensa. Meu voto é totalmente contrário a esta moção”.

Eva Lorenzatto (PT) cobrou respeito à democracia. Para ela, é inadequada a forma como Tchequinho costuma ir à tribuna para falar de jornalistas.: “No mundo todo, a liberdade de imprensa é o que salva a democracia”. De acordo com a parlamentar, há outros instrumentos legais, como ação por dano moral, para que o vereador que se sentir lesado possa procurar a Justiça. Disse ainda que, se Tchequinho tivesse anexado à moção um pedido de resposta negado pela Rádio, certamente ela estaria ao lado dele, mas não foi o que aconteceu: “Meu voto é contrário. Para mim, trata-se de uma moção sem pé nem cabeça”.

Rafael Colussi (DEM) apontou que os áudios encaminhados à Mesa Diretora por Tchequinho não indicam que a Rádio tenha mencionado algum vereador e que tenha chamado algum vereador de mentiroso, mas que, se porventura algum parlamentar mentisse, que fosse julgado pela Comissão de Ética da Casa. “Temos que nos atermos às nossas funções. Olha o tempo que vamos demorar discutindo esta moção”, pontuou. Para Colussi, o respeito é a palavra-chave da democracia, porquanto é normal a contrariedade de posicionamentos. Destacou que não se deve levar para a tribuna, portanto, questões de caráter pessoal.

Alberi Grando (MDB) reforçou que o vereador possui o direito de fazer uso da moção, mas que o instituto está sendo desgastado pelo uso desnecessário. Vale destacar que a equipe da Lócus já havia alertado sobre o uso excessivo de moções que a Câmara estava fazendo em matéria. Ainda, lembrou que os regimes totalitários do mundo começam com ataques à imprensa, o que não deve ser incentivado pela Casa: “Se eu pedir que a imprensa se cale, estarei sendo totalitário”. Para finalizar, cobrou inteligência emocional do Tchequinho.

Nharam Carvalho (DEM) saiu em defesa da Rádio, garantindo que sempre houve respeito a posicionamentos contrários, seja a linha ideológica que for. Por experiência pessoal, assegurou que sempre recebeu elogios nos acertos e críticas nos erros, mas nunca se sentiu desrespeitado pelas opiniões.

Rodinei Candeia (PSL) sustentou que, ao ouvir os áudios encaminhados com a fala dos radialistas, foram infelizes e ofensivos nos comentários, querendo condicionar uma linha de pensamento aos parlamentares. Mencionando o posicionamento da Rádio em relação à pandemia, disse que achou bastante tendencioso a maneira como abordaram a questão, excluindo, por exemplo, o debate sobre o tratamento precoce, aliando-se ao discurso de que isso era fake news. No entanto, asseverou que, embora a Rádio tenha um posicionamento político, isso não lhe dá o direito de cercear a liberdade de expressão: “Para muitos, isso passa uma mensagem negativa, pois a liberdade de expressão é um valor fundamental da estrutura democrática de qualquer país civilizado. Este é o preço da coerência: garantir a liberdade de expressão até para os nossos adversários”.

Na Sessão seguinte, do dia 11 de agosto, Tchequinho usou a tribuna para comentar as críticas recebidas dos seus colegas, isso porque, na anterior, já não tinha mais tempo de tribuna para falar: “Fizeram com que a minha moção fosse a última coisa que eu deveria ter protocolado no mundo, como se eu estivesse fora da legalidade”. Para ele, os demais vereadores pessoalizaram excessivamente a sua proposta. Ao ser acusado de ditador, rebateu dizendo que “ditador é esse novo governador, que fechou e quebrou o nosso comércio, não deixando as pessoas trabalhar para garantir o seu sustento”. Veja o trecho da sua fala a seguir:

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

Publicado

on

A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

Continue Lendo

Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

Publicado

on

dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

Continue Lendo

Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

Publicado

on

O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

Continue Lendo

Mais Acessados

Copyright © 2021. Lócus Online.