Saiba quem mais recebeu indenização por uso de veículo particular na Assembleia Legislativa até o momento, em 2021
Em setembro de 2020, a Lócus realizou um levantamento dos gastos com “indenização por uso de veículo particular” na Assembleia Legislativa. Até aquele momento (14 de setembro), o deputado de Passo Fundo Mateus Wesp (PSDB) estava na dianteira, com quase R$ 90 mil gastos.
Ao final do ano, Wesp seria o campeão da “gasolina” com R$ 123.174,02 recebidos em 2020, à frente de todos os outros deputados.
Desta vez, repetimos o levantamento mais cedo e constatamos que Wesp não está na frente, mas gastou mais em um período menor: até 23 de agosto deste ano, o Portal da Transparência do Governo RS aponta R$ 91,7 mil, ficando em segundo lugar. No topo do ranking está o deputado Ederildo Paparico Bacchi (PL), com R$ 94,1 mil e no distante terceiro lugar está Aparecido Macedo (Capitão Macedo), do PSL, com R$ R$ 76,5 mil.
O TOP 15 dos gastos com “indenização por uso de veículo particular” em 2021 até o momento da publicação deste artigo, via Portal da Transparência do Governo RS.
Relembre como é feito o cálculo
Diferente de outras épocas quando um valor por km rodado era arbitrado pela Assembleia Legislativa, resoluções criaram um complicado cálculo para definir o valor a ser indenizado ao deputado que inclui variáveis como depreciação, juros, idade do veículo, custos com licenciamento, seguro, lubrificante, pneus, filtros, pedágios, gasolina e até lavagem. Neste link você pode acessar a Resolução de Mesa N. 1515/2017. (Explicado em Confira os milhões pagos aos deputados gaúchos pelo “uso de veículo particular” em 2019).
Bônus irônico: a explicação sobre o preço da gasolina no Rio Grande do Sul, por Mateus Wesp
A prática de pagar esta indenização é um dos maiores ralos de dinheiro público na Assembleia Legislativa e precisa de revisão urgente, com criação de indicadores que comprovem a necessidade e o futuro resultado das viagens custeadas pelos pagadores de impostos. E, se na mesma viagem o deputado postar nas redes sociais atividades partidárias com seus correligionários locais, bloquear o reembolso não seria má ideia. Saiu de Porto Alegre para visitar os colegas de partido? Pague do próprio bolso.