Lembrou ainda um fato talvez esquecido pelos brasileiros: “Os Correios, em 2014, foi flagrado distribuindo ilegalmente 4 milhões e 800 mil panfletos para a então candidata Dilma”.
Na Sessão Plenária do dia 27 de setembro de 2021, na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, os parlamentares aprovaram a Moção 49/2021, de apoio à manutenção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como empresa pública, de autoria da vereadora Eva Lorenzato (PT). Conforme imagem da votação abaixo, apenas 4 vereadores votaram contrariamente:
Importante menção se faz ao trecho em que o vereador Rodinei Candeia (PSL) ocupa a tribuna para criticar não só a moção, como o papel das estatais no cenário nacional:
“Este tema diferencia quem é de direita e quem é de esquerda. A estrutura socialista tem duas bases: o planejamento central e a estatização dos meios de produção. Portanto, toda vez que você falar em estatal, em desapropriação, em tornar público algo, você está indo pelo caminho socialista.
“Quando a vereadora Regina afirma que as estatais são do povo, eu afirmo que elas são do povo coisa nenhuma. São usadas para finalidades políticas, são do partido. Os Correios são envolvidos em fraudes e corrupção há muitos anos. Foi nos Correios que começou o Mensalão, com denúncias do então deputado Roberto Jefferson.
“O PT foi o responsável pelo sucateamento dos Correios, com R$ 16 bilhões de prejuízos acumulados.”
“Se a estatal pode dar lucro ou não, eu digo: a estatal não dá lucro na mão da esquerda, porque agora, na mão da direita, elas estão dando lucro. Basta não roubar!”
Comentou que fundos dos Correios foram investidos em títulos da dívida da Argentina e da Venezuela: “E vocês ainda querem manter uma estatal que está sendo administrada pela CUT?”. E ainda: “Quem deveria pagar é quem roubou. Que o PT devolva o dinheiro que desviou. Que o PT devolva o R$ 1 trilhão que roubou deste país, aí sim podemos voltar a discutir se vale a pena ter uma estatal de correios.”
“O problema hoje é de ordem prática. O problema é que vocês querem que todos os brasileiros paguem por essa conta.”
Lembrou ainda um fato talvez esquecido pelos brasileiros:
“Os Correios, em 2014, foi flagrado distribuindo ilegalmente 4 milhões e 800 mil panfletos para a então candidata Dilma”.
Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.
Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.
Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.
Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.
A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.
Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos
Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha, com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.
Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.
Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…
Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:
Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:
Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.
Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja: