Governador assinou decreto que destina vagas para pessoas trans e indígenas nos concursos estaduais
O governador gaúcho Eduardo Leite assinou um decreto que cria cotas para pessoas trans e indígenas em concursos públicos estaduais no Rio Grande do Sul. Tudo foi apresentado em destacado evento realizado no Palácio Piratini, no dia 6 de dezembro. O acontecimento recebeu cobertura da mídia oficial do governo, que pode ser conferida neste link.
Os motivos alegados para tal Ação Afirmativa relativa aos trans são vários e baseados em verdadeiros mantras do ativismo LGBT, dados de fontes no mínimo duvidosas e endossos de autoridades como secretários do governo Leite e Procuradores. Aliás, o parecer da Procuradoria Geral do Estado que viabilizou o decreto também recebeu destaque no site da própria PGE. O documento por fim foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 7.
O governador disse na cerimônia:
“O governo precisa ser capaz de promover mudanças significativas para a sociedade. Um governo trata de questões que vão muito além de planilhas, orçamentos e investimentos. Nossa responsabilidade ultrapassa muito esse papel de gerenciamento de recursos públicos. Temos a obrigação de olhar para essas questões específicas, promovendo direitos, acesso e qualificação dos serviços públicos. Esse governo tem um olhar especial para a diversidade, com inúmeras políticas afirmativas e de combate ao preconceito, e sabemos o quanto essas populações são vítimas de preconceito na sociedade. Então, essas cotas têm caráter reparatório, simbólico, e de impacto na vida dessas populações, mas também são fundamentais para o crescimento do ponto de vista civilizatório, para que as pessoas aprendam a conviver com as diferenças”. [grifo nosso]
Um pouco dos bastidores
A pauta trans é recorrente neste governo. Ações anteriores foram realizadas, como o concurso fotográfico InTransFerível – Imagens da Diversidade; o programa Qualifica Trans (capacitação profissional para pessoas transexuais e travestis); e até mesmo a iluminação especial do Palácio Piratini no “mês de visibilidade trans”.
No início de novembro, Eduardo Leite recebeu a visita de representantes da RedeTrans (Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil), uma ONG nacional que representa travestis e transexuais brasileiros. A ONG é especializada na influência em governos para defender suas pautas e acredita (entre outras coisas, confira em seu site) que existe um genocídio da população trans. Lá também é documentado o fato da organização ter conexões com outras do mesmo ramo em outros países.
“O governador Eduardo Leite comprometeu-se em ajudar as ações do Oportunizar através do engajamento conjunto das secretarias estaduais. Ele declarou que sua gestão está organizando políticas públicas voltadas à população trans, para promover a diversidade e a inclusão nos mais variados cenários dentro do estado do Rio Grande do Sul. O governador delegou a Dani Morehtson, coordenador estadual de Diversidade Sexual e Gênero, a missão de construir as pontes com as secretarias, dialogando com os secretários das pastas envolvidas, como a de Trabalho, Emprego e Renda e a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).”
De forma similar, mas com a Assembleia Legislativa, a ONG realizou encontro com a deputada estadual Luciana Genro, na mesma época, com a mesma defesa de pauta.
Eduardo Leite e Luciana Genro: o tucano e a pesolista unidos pela causa. Os encontros individuais com a ONG em 2021 repetiram a dobradinha de 2019 (foto acima), quando o recém eleito governador recebeu a deputada com um relatório da comissão LGBT da AL.
O parecer da Procuradoria Geral do Estado
O Governo RS fez questão de lembrar que a política para a população trans foi respaldada pela PGE:
“O decreto encontra respaldo no parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) nº 19.050, que aponta que a média de vida da população trans é de 35 anos, metade da média da população brasileira em geral. Além disso, o Brasil é o país no qual mais pessoas trans são assassinadas.”
De fato, o documento da PGE (que podemos traduzir como “vai tranquilo Leite, pode fazer, é legal”) mostra um enorme apanhado sobre a situação da população trans no Brasil, cheio de dados viabilizando a questão das cotas em geral e também desta dita necessidade em especial.
Agora vem a parte interessante: no primeiro parágrafo, dedicado a defender a constitucionalidade da reserva de vagas para pessoas trans, o texto vem logo com a famosa afirmação de que o o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, sustentado com um link para a Transrespect, ONG internacional criada pela fundação alemã Heinrich Böll, Open Society de George Soros e Fundação Arcus.
A Transrespect afirma no press release linkado que foram mortas 350 pessoas transgêneros no mundo em 2020 e 43% deste número foram no Brasil. Sim, o parecer da PGE usa um press release para embasar uma política pública e é preciso uma pesquisa a fundo, em outros documentos da Transrespect, para descobrirmos a real origem dos dados: as ONGS ou entidades brasileiras ANTRA, ASTRA Rio e IBTE. Estas siglas são citadas mais adiante no parecer, mas aos olhos do leitor desatento, parece que algo grande e internacional está contando mortes no Brasil. Na realidade, está apenas replicando monitoramentos brasileiros.
Outros fatos sustentados pela ONG ANTRA e notícias de portais brasileiros são a suposta expectativa de vida das pessoas trans no Brasil ser de apenas 35 anos (apresentado como “robusto indicativo do quanto tais pessoas se encontram à margem da sociedade”). A ANTRA, aparentemente, chegou neste número observando dados de assassinados e compilando notícias da imprensa em geral.
O parecer chega a citar (com link para o G1) casos de violência contra uma criança e um adolescente no Ceará. As meninas trans, uma de treze e outra de dezesseis, segundo a imprensa, foram mortas respectivamente por um desacerto após um programa sexual e outra com facadas desferidas por um bandido de 18 anos com longa ficha criminal e envolvimento com o tráfico de drogas. Para a PGE, são “flagrantes exemplos do verdadeiro extermínio que se pratica em razão do preconceito contra as pessoas trans.
Deputado Wesp, você leu o parecer?
O parecer da PGE tem muitas outras citações e diagnósticos sobre a vida da população trans e o que apontamos até agora é curioso, mas tem muito mais no documento. Vamos encerrar esta menção ao documento que ajudou Eduardo Leite com o pensamento do autor sobre ideologia de gênero:
“Para muitos pais, ter uma pessoa trans dentro de casa pode ser a primeira pessoa transgênera que eles conhecerão. Infelizmente, o medo do desconhecido e do estigma anti-trans causado por elementos como narrativas violentas como a falaciosa “ideologia de gênero”, o ódio religioso que trabalha pela manutenção do binarismo de gênero e o cissexismo, a implementação de políticas institucionais anti-trans. Esse cenário leva muitos a inicialmente rejeitarem ou negarem o reconhecimento de seus filhos e filhas, pelo que são.”
E também:
“No campo da educação, é frequente a discussão sobre o ensino do gênero e da sexualidade nas escolas, sendo diversos os casos de leis municipais que proibiram a abordagem do que – equivocadamente – se chama de “ideologia de gênero”. A vedação de que questões de gênero e sexualidade sejam ensinadas e discuti das nas escolas tende a eternizar e a fomentar a ignorância e o preconceito contra as pessoas LGBT, causando sofrimento pessoal aos alunos que se veem nessa condição (que acabam, muitas vezes, tendendo a atos depressivos e ao suicídio), além de propagar o senti mento de rejeição em relação àqueles que passam a ser considerados anormais”
Este pensamento do Governo RS em muito contrasta com o que até pouco tempo o nosso então vereador Mateus Wesp vendia em suas redes (e ganhou muito voto com esta toada). Era 2018 e o debate sobre gênero no Plano Municipal de Educação pegava fogo em Passo Fundo. Em seu site, Wesp dizia:
“Teoria da identidade de gênero” ou “Ideologia de gênero” são palavras diferentes para se dizer a mesma coisa: tratar “gênero” como uma construção mental livremente construída e socialmente imposta desvinculada, por sua vez, do sexo biológico das pessoas. É exatamente esta teoria/ideologia que não queremos que seja ministrada às crianças”
O Parecer 19050 (Caráter jurídico-normativo) é de autoria de Lourenço Floriani Orlandini, Procurador do Estado. Orlandini não é estranho ao tema, tendo escrito artigo recentemente para o site Coletiva.net, de título Visibilidade trans: o desafio de ser reconhecido/a pela imprensa, onde encerra em parte com:
Na área política, deveria ser notícia a recente ocupação de espaços, nas Câmaras Municipais, por vereadores/as trans, com uma expressiva votação em diversos Municípios brasileiros, contrapondo-se a candidaturas conservadoras, assim como o empoderamento de travestis e transexuais em funções relevantes na gestão pública.
Cotas para trans – uma rede poderosa, até a vitória
Esta intrincada rede que envolve ONGs internacionais e nacionais, financiamento público e privado, políticos dos três poderes e muitos observadores com interesses correlatos é notável: tornou anseios em decreto estadual em tempo recorde, sem encontrar oposição ou pelo menos um “veja bem, será que é assim mesmo?”. Todo este movimento não foi notado, por medo ou desatenção estratégica, por políticos diversos que foram eleitos com pautas extremamente antagônicas ao que foi exposto aqui.
Por fim, vale lembrar que o brasileiro morre muito por conta da violência e estes números sim possuem respaldo em canais oficiais. Pobres, de qualquer orientação sexual, tentem a sofrer mais com a violência, pelo óbvio (maior número) e pelo simples fato de dependerem muitas vezes apenas do aparato precário do Estado para sobreviver, da boa iluminação na rua onde moram ou trabalham até um 190 que atenda em tempo hábil e uma delegacia que tenha profissionais bem pagos. Passar problemas causados por falta do trio saúde, educação e segurança para baixo do tapete usando ideologia e cotas não vai solucionar o problema.
Vídeos postados no Youtube com conteúdo protagonizado por Onyx Lorenzoni no canal da Band RS têm desempenho superior aos demais
A Rede Bandeirantes realizou na segunda, dia 8 de agosto, o primeiro debate com os candidatos ao governo gaúcho nas eleições de 2022. Participaram oito dos dez concorrentes: Vieira da Cunha (PDT), Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Roberto Argenta (PSC) e Vicente Bogo (PSB).
O debate teve uma duração de duas horas e você pode conferir na íntegra no link abaixo:
Costume tradicional nos podcasts, os “cortes” ganharam vida também nos canais das TVs na internet. Eles são momentos especiais do conteúdo escolhidos pelos editores e repostados no Youtube. Como estes pequenos vídeos são protagonizados por um candidato em especial ou representam tópico específico – muitas vezes apoiado pelo texto escolhido para a miniatura – acabam virando um termômetro da popularidade dos candidatos nas redes.
A Band postou cerca de 30 cortes após o evento e a diferença de visualizações entre eles é gritante, com grande predomínio dos vídeos favoráveis a Bolsonaro. Foram 24 destaques do debate e 8 considerações finais. O vídeo mais visto até o momento da edição deste texto foi o “Edegar Pretto (PT) questiona Onyx Lorenzoni (PL) sobre rompimento com Eduardo Leite”, com 706 mil visualizações, 28 mil curtidas e 3.865 comentários. Apesar de ser o “momento” do candidato petista perguntar ao bolsonarista, a “miniatura” que divulga o corte mostra Onyx com a frase “Ou tá com Lula ou tá com Bolsonaro”.
Os cortes do segundo ao quarto lugar também são identificados com Lorenzoni, obtendo 67 mil, 21 mil e 16 mil visualizações. Até nos vídeos de “considerações finais” o candidato do PL ficou na frente: 3800 contra 511 de Eduardo Leite.
Onyx líder nas miniaturas
O arranjo descompassado entre protagonista do corte (ou quem pergunta para o concorrente) e a miniatura que divulga o vídeo – escolhas dos editores da Band – acabou por favorecer o candidato do PL. Foram 6 “figurinhas” para Onyx, 4 para Jobim e Vieira, 3 para Argenta, 2 para Bogo, Leite e Heinze e apenas uma para Pretto. Os vídeos, por sua vez, são equânimes: cada candidato perguntou 3 vezes para um concorrente. O petista Pretto fez perguntas para Vieira, Heinze e Lorenzoni, mas só virou figurinha quando indagado por Bogo.
Em tempos de algoritmos com critérios que só os desenvolvedores das bigtechs conhecem, esta forma de publicação pode distorcer um pouco a percepção da realidade e desempenho de candidatos. De qualquer forma, é pouco para explicar o enorme sucesso de Onyx em visualizações. O conteúdo do candidato, provavelmente, caiu na rede bolsonarista nacional, que admira o confronto contra o PT, especialmente pelo mote “Está com Lula ou Bolsonaro”. Existe significativo número de comentários nos vídeos de pessoas que dizem não serem do Rio Grande do Sul, mas apoiam o que foi dito.
Por fim, surpreende o desempenho pífio de Eduardo Leite com a audiência. Dos seus três pronunciamentos publicados, um serviu de escada para Onyx faturar 67 mil visualizações (O Senhor Priorizou um Projeto de Poder) e “traço” com os temas geração de emprego e investimento em segurança.
A eleição nem começou, mas a Band deu o tom. Os cortes serão uma ferramenta importante na divulgação dos canais e os candidatos devem correr na frente para fabricar os próprios, com o mesmo conteúdo mas com o tom que lhes favoreçam. E o eleitor (que vota no RS) que decida pelo melhor.
Mateus Wesp quer a marca do “deputado que trouxe mais de meio bilhão” para a cidade, incluindo até dinheiro federal do aeroporto
Passo Fundo recebeu um impresso do deputado estadual Mateus Wesp na última semana. De título “Prestação de Contas (2019-2022) – O Trabalho do Deputado que Trouxe Mais de Meio Bilhão de Reais para Passo Fundo e Região”, o panfleto amarelinho de 10 páginas apareceu na caixa de correio de muita gente na cidade.
Wesp e seu panfleto amarelo: uma lista de conquistas heróicas.
A distribuição maciça do material coincidiu com a visita a Passo Fundo do ex-governador Eduardo Leite (sexta, 22 de julho) e com uma festa de aniversário para deputado em CTG, na presença de tucanos estaduais.
A Lócus teve acesso ao livrinho, o qual lista realizações do deputado, envios de verbas e mostra como o político tem (ou teria) ótimas relações com o Executivo, que dá atenção para seus pedidos especiais. Tudo acompanhado do bordão “Sem deputado Wesp / Com deputado Wesp” a cada item.
Depois de elencar milhões aqui e ali em emendas e programas governamentais para a saúde da região, a página 2 destaca algo curioso: “a pedido do deputado”, escolas de Passo Fundo, Carazinho, Getúlio Vargas e Soledade foram inseridas no “Programa Avançar na Educação”, escolhidas entre outras 54 para se tornarem “Escola Modelo”.
Acima: dinâmica e cidades das escolas escolhidas para integrarem o programa “Escola Padrão”, segundo documentação do Governo RS.
É de se espantar que o Executivo, com equipe técnica na área da educação, economia e tantos outros departamentos da máquina pública na mão receba de um deputado seleção de escolas para programas. Mais estranho ainda é consultar a documentação do Programa Avançar Na Educação e constatar que o programa Escola Padrão selecionou 52 escolas a partir do Índice de Infraestrutura das Escolas, calculado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE/SPGG), garantindo pelo menos uma escola por Coordenadoria Regional e preferencialmente sem projeto ou obra em execução e mais 3 indígenas e uma quilombola.
Responsável por tudo
O deputado segue dando a entender que tudo de bom é causado por seu mandato. A fazenda da Brigada Militar arrendada? Obra de Mateus Wesp. A Cadeia Pública? Obra de Mateus Wesp. Estradas? Turismo? Tudo era mato antes de 2019. Paulo Maluf está orgulhoso do deputado gaúcho, esteja onde estiver.
Rei do marketing: sem o deputado Wesp, pessoas morrem nas estradas. Graças a ele, tudo melhorou ou vai melhorar.
Aeroporto de Passo Fundo e Impostos
Wesp fez a obra sair do papel e desembarcou com o governador Eduardo Leite por aqui para dar a ordem. No imposto de fronteira, por ter votado sim ao fim da cobrança (assunto polêmico, já que outras forças políticas declaram que não foi bem assim) – o deputado também se considera responsável por tal feito. Ele também significa “contas em dia” e outras diversas benesses.
Wesp e Leite: nunca antes na história deste Estado.
Meio bilhão
O panfleto acaba com uma lista de valores precedida pelas afirmações “Nunca um deputado estadual e um governador trouxeram tantos investimentos para Passo Fundo e região. Total de investimentos: mais de meio bilhão de Reais”. No tabelão de emendas e recursos, os destaques somam R$ 551 milhões. Entre eles, o dinheiro federal para a reforma do aeroporto Lauro Kortz – a cereja do bolo neste conjunto de exageros, promoção pessoal e um festival de dados sem referência. Ainda bem que o o material deixa uma última mensagem: pago com recurso próprio. Imaginem isso tudo financiado pelo dinheiro dos pagadores de impostos? Aí seria demais.
Neste ano eleitoral, avançam os gastos com diárias na Assembleia e o líder até o momento é o deputado de Passo Fundo
O deputado Mateus Wesp (PSDB) já recebeu mais de R$ 27 mil em diárias até o momento na Assembleia Legislativa. Segundo a Transparência do Governo RS, os valores são referentes a viagens entre janeiro e junho deste ano, com diárias lançadas no “futuro” para duas empreitadas no RS, provável erro no sistema. O valor deixa o deputado na liderança dos gastos, seguido por Elton Weber (PSB) com R$ 26 mil e Antônio Valdeci Oliveira (PT) com R$ R$ 25 mil.
Todo o Legislativo gastou R$ 1,5 milhão em 3819,5 diárias até o momento.
A metade dos gastos de Wesp ficou por conta da viagem com destino aos Estados Unidos em março, para acompanhar Eduardo Leite. O deputado visitou Nova Iorque, Austin e Washington. A presença de alguém do Legislativo em comitiva de “exibição de potencialidades e conhecimento de novas tecnologias” é, no mínimo, discutível. As 7 diárias ficaram em R$ 14.358,68.
Em 2021, Wesp consumiu R$ 17 mil em diárias (29), contra R$ 12 mil em 2020 (20) e R$ 24,6 mil em 2019 (30,5). O deputado encerrará o último ano com o maior gasto durante o mandato e talvez como campeão entre todos os políticos da casa.
Wesp está na liderança
O deputado por Passo Fundo Mateus Wesp já apareceu em diversos levantamentos da Lócus sobre gastos com diárias e gasolina, sempre ocupando boas posições (para o deputado, nem tanto para o contribuinte). Você pode conferir alguns destaques aqui, aqui e aqui.
Diárias consumidas até o momento e registradas no Portal da Transparência, para todo o Poder Legislativo. Acesse aqui o portal. Em 2021 INTEIRO, os gastos foram de R$ 1,91 milhão para 4566 diárias.
“Ah, mas eu trago recursos”
Muitos dos políticos confrontados com o alto gasto em viagens respondem que “estão trabalhando” e “trazendo recursos”, termo para fazer o que tem que ser feito e retorno dos impostos já pagos pelo contribuinte. A diária acaba virando uma espécie de comissão pelos serviços prestados que é adicionada ao já gordo salário. Outra coisa ainda mais séria e já falada por aqui: e quando o político tira diária e gasolina para viajar e gasta metade do tempo em evento partidário na cidade destino? Isso não tem cabimento, mas acontece muito.
É bom ficar de olho em todos, de Porto Alegre e de Passo Fundo.