“É este novo olhar que quero ajudar o meu partido a levar pro meu país”, diz o ex-governador gaúcho.
O vídeo eleitoral exibido na abertura da coletiva onde Eduardo Leite revelou sua renúncia ao governo gaúcho e a futura tentativa de ser presidente do Brasil trouxe junto algumas pérolas, mas uma delas merece destaque.
Ao citar líderes mundiais que são exemplo, elencou a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern:
“O mundo vive hoje, com Macron na França, Trudeau no Canadá, com Jacinda Ardern na Nova Zelândia, com Zelenskyy na Ucrânia e tantos outros líderes, uma mudança geracional na política. E eles estão mudando o mundo. Com uma nova agenda ambiental, inovadora, pacífica e social, enfrentando os imensos desafios desse novo tempo com uma nova cabeça e um novo olhar. E é este novo olhar que eu quero ajudar o meu partido a levar para o meu país”.
Jacinda Ardern é do Partido Trabalhista da Nova Zelândia, está no cargo de primeira-ministra desde 2017. Entre suas principais plataformas, estão a defesa da liberação do aborto e casamento homoafetivo. Em seu currículo ainda consta, no passado, um emprego como assessora de Tony Blair, no Reino Unido, e a presidência da União Internacional da Juventude Socialista.
Leite esquece que a agenda é pacífica para quem não é um feto. Jacinda teve sucesso em seu país e a Lei que descriminaliza o aborto por lá está em vigor desde 2020 – marco histórico, segundo os progressistas. Desde então, uma mulher pode abortar com até 20 semanas de gestação, com aconselhamento médico. Com mais de 20 semanas, dois médicos e um teste são necessários.
A descriminalização do aborto foi promessa de campanha de Jacinda Ardern em 2017, seu último pleito vitorioso.
Leite nem sabe se conseguirá colocar o nome na urna eletrônica em outubro, mas já mostra a que veio. Continue, Eduardo. Queremos saber mais.