Folha de pagamento é de longe o maior gasto no órgão da Prefeitura responsável por, entre outras tarefas, construir moradias
Consta no site da Prefeitura de Passo Fundo: a Secretaria da Habitação é o órgão encarregado de coordenar as atividades de assentamento, reassentamento e melhoramento das condições de habitação de famílias de baixa renda; construção de moradias e melhorias de unidades habitacionais; produção de lotes urbanizados; da urbanização de favelas e revitalização de áreas degradadas para uso habitacional; regularização fundiária; saneamento básico pertinente ao esgotamento sanitário e organização comunitária em programas habitacionais.
Na Transparência da prefeitura de Passo Fundo, o contribuinte poderá conferir que a pasta custa cerca de R$ 2 milhões ao ano, sendo que a folha de pagamento e auxílio-alimentação levaram, só em 2021, R$ 1,3 milhão do total (confira aqui).
Reprodução do PDF contendo as despesas do ano de 2021 da Secretaria de Habitação: R$ 1,2 milhão em folha.
Nas ações destacadas através de notícias internas, o foco principal da Secretaria de Habitação parece ser o trabalho com regularização fundiária, dando “um papel” para quem já ocupa o terreno de terceiros e está consolidado no local, no âmbito da Regularização Fundiária Urbana (REURB) e da Lei Federal 13.465.
Avenida Sete de Setembro em Passo Fundo, nas proximidades do Bourbon: uma ocupação que cresce cada vez mais e atravessa administrações.
O problema da moradia em Passo Fundo é, bem como na maioria das cidades com porte similar, multidisciplinar e envolve questões de assistência social, meio ambiente, segurança pública e saúde. Com tantos pontos para administrar, talvez a solução esteja na correta aplicação dos recursos, distribuindo tarefas para outros órgãos e racionalizando o gasto financeiro. Afinal, milhões de reais a cada ano compram muita terra para a construção de casas populares, não é mesmo?