Passo-fundenses se reuniram no último dia 19 para apoiar o Projeto que visa a retirada de ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação (PME). Acompanhe, a seguir, o resumo do que se passou durante a Sessão Plenária na Câmara de Vereadores de Passo Fundo.
O que está em discussão
O vereador Roberto Gabriel Toson apresentou para apreciação da Câmara o Substitutivo ao PL 14-2018, para que toda e qualquer menção à palavra “gênero” – no PME – seja única e exclusivamente adjetivado como “masculino” e “feminino”, dando um basta às teorias que adotam a ideia de “gênero como construção social”. Para mostrar um único exemplo das alterações previstas, acompanhe a redação de parte do Substitutivo a seguir:
7.72. Garantir a abordagem da Educação Ambiental com uma visão sistêmica e perspectiva inter e transdisciplinar, de forma contínua e permanente no currículo, em atividades inseridas na vida escolar e acadêmica. Tal abordagem deve enfatizar a natureza como fonte de vida e relacionar o meio ambiente com outras dimensões, como a pluralidade étnico-racial, o enfrentamento do racismo ambiental, justiça social e ambiental, saúde, gênero masculino e gênero feminino, trabalho, consumo, direitos humanos, dentre outras. [grifo nosso]
Conforme justificativa do Substitutivo, o Projeto de Lei que retirava o termo gênero do anexo do Plano Municipal da Educação (PME) – em 2017 apresentado pelos vereadores Ronaldo Rosa e Mateus Wesp – foi arquivado. Em 2018, os autores optaram por apresentar um novo projeto que, agora, conta com a emenda sugerida. E ainda:
Nosso objetivo é deixar mais clara a definição do termo gênero no PME, não o suprimindo, mas tornando seu significado completamente específico.A definição expressa irá, definitivamente, encerrar as controvérsias em relação ao assunto e deixar claro o que a ciência e a psicologia já confirmaram. Desta forma, indico que a lei contenha a definição de gênero com suas duas possibilidades: masculino e feminino.
Os debates
Mateus Wesp usou a Tribuna para ler a Carta Aberta à Câmara de Vereadores de Passo Fundo, “Permitam que nossas crianças sejam apenas crianças”, redigido por um grupo de psicólogos sobre ideologia de gênero, apontando as incongruências sobre o tema.
Veja, a seguir, a leitura do texto realizada pelo vereador:
Roberto Toson, autor do Substitutivo que quer a alteração do Plano Municipal de Educação, fez um resumo daquilo que está em torno da discussão sobre o tema:
Alex Necker usou a Tribuna para lamentar a mudança que está sendo articulada. Isso porque a construção do PME já foi discutida em outras oportunidades, teve espaço para participação popular e foram ouvidos todos os lados – conforme destacou. Para Necker, a alteração proposta é ilegal e não deveria estar tramitando novamente no Plenário:
Participação da comunidade
A população de Passo Fundo se organizou e marcou presença lotando o Plenário da Câmara, exigindo que ideologia de gênero deixe de ser ensinado nas escolas e que seja retirada do Plano Municipal de Educação.
Ada Cristina Munaretto – que faz parte do MOP, do grupo MULHERES COM BOLSONARO PASSO FUNDO e do PSL local – fez um relato exclusivo à nossa equipe sobre as suas impressões de como se desenrolou o debate ao longo da Sessão:
Segunda-feira, dia 19/11, estivemos presentes no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Passo Fundo para acompanhar a votação do Substitutivo proposto pelo vereador Betinho Toson. Como já esperávamos, mais uma vez, vereadores contrários, com o intuito de procrastinar, se opuseram à votação, que ficou para a próxima segunda feira dia 26/11.
Pudemos contemplar que a maioria da população presente estava a favor da votação, e que a mesma fosse pela inclusão dos termos feminino e masculino, após a palavra gênero, no PME . Dois terços dos assistentes portavam faixas e cartazes cobrando dos vereadores o posicionamento a favor da votação, contra a ideologia de gênero. Eram pais, mães, avós, jovens, que visam proteger nossas crianças em sala de aula de doutrinação.
Nos posicionamos contra o “ensino” da ideologia de gênero para crianças, pois acreditamos que estas devem crescer naturalmente, sem serem influenciadas por pessoas as quais não sabemos sequer qual o preparo para exercerem sua função. Acreditamos que cada verdade tem sua idade! E firmados nos princípios em que as crianças devem ter educação e respeito para com todos – independentemente de cor, sexo, raça, religião, posição social, deficiência – acreditamos que cai por terra a necessidade de ensino sobre ideologia de gênero para nossos filhos! Tendo respeito teremos igualdade. Países que adotaram tal prática já tem sofrido as consequências em ver a confusão que causa na cabeça das crianças, que ainda são inocentes e não tem capacidade psicológica de compreender os ensinamentos dessa ideologia, que visa desconstruir o fato de nascermos homens e mulheres.
Crianças não são neutras, nem têm que construir sua identidade sexual. São meninos e meninas, e, ao longo dos anos, naturalmente, farão suas construções e opções em todas as áreas de suas vidas: seja sexual, educacional, profissional, familiar, religiosa. Tudo ao seu tempo!
Esperamos que os vereadores de esquerda cumpram sua palavra de não mais protelar e votar o Substitutivo na próxima segunda-feira (26/11), às 16 horas, quando mais uma vez estaremos apoiando a inclusão dos termos “masculino” e “feminino” no PME.
A seguir, veja as fotos (cedidas gentilmente por Bob, que esteve acompanhando a Sessão) da comunidade marcando presença na Câmara de Vereadores de Passo Fundo:
Votação
O Substitutivo está marcado para ser votado na próxima segunda, dia 26/11, em torno das 16h. Os vereadores convidam os interessados a participar da votação na Câmara, marcando assim apoio à mudança solicitada pela comunidade.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: