Apesar das indefinições sindicais que foram assunto na Cidade durante meses, a loja passo-fundense da Havan iniciou as atividades no último final de semana.
O prédio de blocos pré-fabricados da 120ª loja da Havan no Brasil e primeira no Rio Grande do Sul pode ser visto de longe pelos passo-fundenses. Juntamente com a tradicional réplica da Estátua da Liberdade, o empreendimento privado contrasta com a ineficiência das coisas públicas do entorno, como a obra de pavimentação de qualidade duvidosa na principal avenida de Passo Fundo, endereço escolhido pela empresa para a nova loja e principal via de acesso dos consumidores.
Entre a promessa de abertura e a inauguração, 290 dias se passaram. Neste tempo, tornou-se notória a briga com o Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo. A celeuma rendeu muitos textos na Lócus, você pode relembrar os melhores momentos aqui e aqui.
Após a festa de inauguração ocorrida no sábado, a Havan recebeu um considerável fluxo de clientes no domingo, lotando o estacionamento improvisado no terreno lateral e vagas nas ruas paralelas. Famílias inteiras também usaram o ônibus para carregar sacolas com as promoções do dia, como gigantescos sacos de edredons por R$ 29,90 que, em pleno calor de dezembro, saíram como pão quente do depósito.
Dentro da loja, frequentadores contagiados pelo espírito da novidade, sorridentes nos corredores que oferecem produtos que rivalizam em cheio com já disponíveis em lojas tradicionais da Cidade na área de bazar, acrescido de novidades em bazar, ferramentas, brinquedos, eletrônicos e cama, mesa e banho. A concorrência chegou, e não é fraca. O exército de ocupação do general Hang trouxe duas centenas de funcionários de apoio, que deverão ficar ainda muitos dias hospedados em dois hotéis do centro. A ocupação fica até os funcionários de Passo Fundo estarem perfeitamente treinados. Sem vender um único item, desde a obra, a Havan já deixou muito dinheiro no Município.
É verdade: a loja não tem Caixa 13. O número do PT dá azar.
Os clientes podem comprar a loja inteira e pagar das mais diversas formas, mas uma limitação técnica é imposta a todos: não existe caixa de número 13 na saída. O número do PT (e do azar) foi banido da empresa. Luciano Hang foi um notório defensor da candidatura de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e combatente ferrenho do socialismo. O viés de direita que deveria ser óbvio para qualquer empresário do comércio desejoso de vendas em um ambiente de livre competição, sem a mão pesada de governos (especialmente dos corruptos) provoca a ira óbvia da esquerda e do próprio PT, que até pouco tempo atrás tinha a figura de outra grande varejista brasileira: Luíza Trajano, do Magazine Luíza, em alta conta. A empresária chegou a ser cotada para chefiar uma espécie de secretaria com status de ministério para atender a “micro e pequena empresa”, nos tempos de Dilma Rousseff.
Todo mundo ganha: Salgadinho, vendedor ambulante que atua no Parque da Gare, veio para a Havan vender churros e água para os clientes, à sombra da Estátua da Liberdade.
Do pedreiro ao publicitário, do dono de restaurante da Petrópolis até o hoteleiro do centro, todos ganham com a instalação da nova loja. Entre eles, Salgadinho, um vendedor ambulante que atua no Parque da Gare e passou a bater ponto em frente ao pátio da Havan, de onde relata um lucro recorde na venda de churros e água para o público que passa por ali.
No final da história, Luciano Hang venceu as forças anticapitalistas e recebe simbolicamente os clientes com um card em tamanho real da sua figura pilchada, colada logo na entrada da loja juntamente com a mascote oficial. Venceu os sindicalistas que não queriam trabalhar no feriado, inaugurando a loja em um feriado municipal, lotando a casa e recebendo também uma grande quantidade de políticos com o subliminar desejo de paternidade do empreendimento, devidamente ofuscados pelo apresentador Ratinho, do SBT, este sim perito em determinar em seu programa de TV quem é o pai da criança. E nem precisa de teste: a Havan é fruto do esforço e glória do Luciano Hang.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: