Entre em contato

Nacionais

PT reafirma sua vocação antidemocrática e não comparecerá à posse de Bolsonaro

Publicado

on

Nunca é demais lembrar que o PT se recusou a assinar a Constituição, que esnobou o governo de união nacional liderado por Itamar Franco, que votou contra o Plano Real e que brigou na Justiça para inviabilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Desde a redemocratização, todas as ações meritórias que foram implementadas no país tiveram no partido um inimigo esmerado e radical. O PT nunca praticou a saudável divergência institucional àquele ou a este governo, fez, isso sim, boicotagem reiterada aos interesses do país. Agora, na posse de Jair Bolsonaro como novo presidente, a legenda renova sua vocação antidemocrática ao anunciar que não participará do evento.

A decisão do PT foi divulgada em nota assinada por sua presidente, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta, e no Senado Lindbergh Farias. O objetivo da ação é denunciar a falta “lisura” nas eleições após o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da difusão de supostas mensagens falsas em massa pelo WhatsApp. Segue trecho do texto:

“Participamos das eleições presidenciais no pressuposto de que o resultado das urnas deve ser respeitado, como sempre fizemos desde 1989, vencendo ou não. Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad.”

Diante dessa alegação, se impõe uma pergunta: se a eleição de 2018 tinha todos esses vícios de origem, por que o PT a referendou lançando candidaturas e aceitando decisões judiciais? Depois de participar de todos as etapas do processo, agora, de forma oportunista, lança uma denúncia, como se o rito democrático estivesse suprimido no Brasil. 

A nota um apanhado de e argumentos empulhadores e vigarices históricas. Descreve o Impeachment, que foi referendado pelo STF, como “golpe”. Trata como “ilegal” a decisão do TSE de decretar a inelegibilidade de Lula. Mais uma pergunta: qual corte tem validade para o PT? Por último, trata como fato consumado uma denúncia que jamais foi provada. A reportagem da Folha sobre as fake news espalhadas pelas redes sociais nunca teve um documento apresentado.

Os petistas não aceitam que foram batidos nas urnas, instância que transformaram em tribunal. Nesse sentido, o recado dos eleitores foi claro: o partido e seu líder maior, o presidiário Lula, foram condenados. Ao se negar a participar da posse do vencedor, o PT evidencia que não vai se submeter à vontade da maioria. Mas do que mera oposição, pretendem “resistir”, apostando na deslegitimação do futuro governo e da democracia em si.

Se você gostou deste artigo ou de outros de nossos materiais, clique no link abaixo apoie Lócus fazendo uma assinatura anual. Com ela você terá acesso a conteúdos exclusivo.

 

Continue Lendo

Nacionais

A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

Publicado

on

Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

Continue Lendo

Nacionais

Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

Publicado

on

Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

Continue Lendo

Nacionais

Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

Publicado

on

Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

Continue Lendo

Mais Acessados

Copyright © 2021. Lócus Online.