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Covid-19

O desemprego poderá criar um problema ainda maior que o Covid-19

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A Lócus Online convidou o médico Dr. Carlos Augusto Scussel Madalosso (CREMERS 17.670), da renomada Clínica Gastrobese, para escrever sobre suas impressões em relação às medidas tomadas para enfrentamento do Covid-19 em Passo Fundo

Muitas medidas estão sendo tomadas por autoridades públicas para contenção do Covid-19. Muitas delas estão criando problemas econômicos sem precedentes nos últimos tempos: empresas sendo fechadas, pais de família perdendo seus empregos, diminuição na circulação de riquezas. No entanto, no intuito de “salvar vidas”, governantes podem estar criando um problema ainda maior: o desemprego também mata.

Leia também: Prefeitura adota marketing da morte para aterrorizar a população

Um estudo espanhol identificou que, a cada aumento de 1% na taxa de desemprego, há um acréscimo de cerca de 8% na taxa de suicídio. A mortalidade por suicídio em Passo Fundo e Caxias do Sul, em 2017, foi de 14 por 100 mil habitantes.  Hoje, com um aumento de 15% das demissões, é possível de se esperar um aumento de 120% nas já (consideradas) elevadas taxas de suicídio, que poderão chegar a 35 por 100 mil habitantes. Isto representa uma taxa de mortalidade cerca de 30 vezes maior que a mortalidade por corona vírus no Brasil.

Isso sem contar que o desemprego implica no aumento da dependência química, da criminalidade, da agressão ao menor e à mulher, também, consequentemente, elevando o número de homicídios e latrocínios, entre outros crimes. Aumentando o consumo de drogas, a economia do tráfico é a única que pode comemorar os efeitos nocivos dos demais dados.

Veja: O isolamento social e a proibição do comércio não são soluções para combater o Covid-19

Ainda, o empobrecimento da população é acompanhado de precariedade no sistema de saúde pela falência da saúde suplementar, obrigando a população a ficar refém do já insuficiente sistema público de saúde brasileiro.

Não há evidências de que um lockdown promoverá achatamento da incidência ou da mortalidade. O que é certo é que, com certeza, trará um colapso econômico com consequências extremamente prejudiciais também para a saúde, agravadas pelo pânico e pela incerteza. Uma das maiores experiências brasileiras no manejo da crise é representada pelo Dr. Osmar Terra, que habilmente manejou a crise do H1N1 na época de sua incidência. Nas recentes oportunidades em que falou, recomendou isolar os grupos de risco, retornar às aulas e voltar a girar a economia. O confinamento, portanto, é neste momento uma estratégia negativa para a superação dessa ameaça.

Por fim, na falta de critérios técnicos para conter a propagação do corona vírus, que acaba tendo como forte aliados a histeria coletiva e a desinformação propagada pelos veículos de informação da grande mídia, os estados e municípios podem estar criando problemas ainda maiores para o conjunto da população. É certo que a adoção da quarentena está trazendo sérias consequências aos empregos e aos empresários, o que é público e notório. As autoridades dispõem de meios coercitivos para obrigar as pessoas a ficarem em casa e os comerciantes a fechar as portas dos seus negócios. Os efeitos dessas medidas impositivas têm sido demonstrados ineficientes, a exemplo de Nova Iorque, onde 66% das pessoas que foram hospitalizadas se encontravam em confinamento.

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Mais de dois anos depois, a Prefeitura de Passo Fundo ainda gasta milhões com o coronavírus

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gasta milhões

De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade

Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.

A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.

Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.

Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.

Câmara aprovou

É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.

Listão

Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.

Veja também

Socorro aos artistas passo-fundenses: dinheiro público para aliviar os efeitos da pandemia (agosto de 2020)

Mas afinal, quanto dinheiro o Governo Federal mandou para Passo Fundo gastar com a pandemia? (setembro de 2020)

 

 

 

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Candeia: “Lockdown não teve eficácia nenhuma”

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Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.

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Candeia critica atuação do Conselho Municipal de Direitos Humanos em Passo Fundo

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Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)

Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.

Leia mais em: Pedro Almeida decide colocar na conta de Bolsonaro a história das máscaras

Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.

Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:

“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.

Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna:

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