Ainda trabalhando em sessão remota, a Câmara de Vereadores de Passo Fundo votará duas moções nesta quarta-feira (08)
A primeira delas, a Moção 06/2020, de autoria do vereador Renato Orlando Tiecher (PSC). Trata-se de moção de apoio aos funcionários da empresa Semeato, que, há mais de 20 anos, estão com processos trabalhistas indenizatórios à espera de pagamento.
Segundo a justificativa da proposição:
“Esta moção é muito importante para que os funcionários da Semeato tenham apoio da sociedade, porque há anos, aguardam pela indenização trabalhista e sofrem com o descaso da empresa. Sendo assim temos que nos unir com a Justiça do Trabalho para que valores sejam liberados e os funcionários que trabalharam por anos, possam dar as suas famílias um pouco mais de dignidade. Vários bens da empresa foram leiloados e o capital já está na mão da Justiça. A 3ª Vara do Trabalho ficou responsável pelos pagamentos das ações. Lamentável é saber que muitos funcionários já faleceram e outros vão morrer e não vão receber toda a quantia devida, pois, a empresa não paga em uma única parcela, isso faz com que o processo leve anos na Justiça.”
O autor das moções, o vereador Tchequinho (PSC)
A segunda, a Moção 07/2020, também é de autoria do vereador Renato Orlando Tiecher (PSC). Trata-se de moção de apoio a reabertura do comércio em todos os seguimentos de trabalho na Cidade de Passo Fundo.
Segundo a justificativa presente no texto:
“É muito importante dar atenção àqueles que atuam em negócios como restaurantes, bares, padarias, supermercados, lanchonetes, carrinhos de vendas de alimentos e locais de fornecimento de comidas, marmitas, entre outros de manipulação de alimentos e contato com o público. Tudo isso é possível, com as medidas de proteção necessárias para a segurança e saúde das pessoas. Outros setores que também estão sofrendo muito e precisam reabrir urgentemente são os campos de society, academias e outros seguimentos no ramo do esporte. Tudo isso, diante da ameaça que o novo vírus oferece à saúde das pessoas, manter um comportamento sedentário pode ser ainda pior. Isso porque a prática de atividade física melhora o sistema imunológico e ainda contribui para a proteção e o combate às doenças crônicas, que podem agravar as consequências da Covid- 19.”
De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade
Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.
A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.
Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.
Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.
Câmara aprovou
É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.
Listão
Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.
Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.
“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)
Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.
Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.
Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:
“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.
Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna: