A eleição municipal de Passo Fundo vai ser motivo de recordação para os conservadores passo-fundenses: embora não tenham levado a prefeitura, indubitavelmente saem mais esperançosos e cientes das oportunidades que se seguem. Enquanto pesquisas apontavam um desempenho abaixo do modesto, sendo superados por candidatos como Juliano Rosso e Lucas Cidade, amargando 5% em quase todas as pesquisas, Claudio Dóro, considerado o representante da direita, fez 13,14% dos votos, consolidado na terceira posição, atrás de campanhas com maiores recursos, como a de Pedro Almeida, discípulo de Luciano Azevedo, e a de Marcio Patussi, discípulo de Airton Dipp.
Expectativa x Realidade: o que mostravam as pesquisas e o resultado final
Passo Fundo agora pode dizer que um grupo de direita existe, com esperança de crescer na medida em que for possível amadurecer a postura dos membros e reunir objetivos comuns de trabalho para os próximos anos. Quem sabe assim deixe de aceitar migalhas ou cargos secundários, fomentando nomes próprios para as próximas eleições. No entanto, não é possível ficar assistindo passiva e desinteressadamente o que aconteceu no resto do Brasil nestas eleições, para que assim se aprenda com o que ocorreu no Rio Grande e no Brasil (e recentemente no mundo).
Inicialmente, é preciso entender que o conservadorismo sem identidade não funcionou: sem uma sigla forte, os conservadores foram meros expectadores nas grandes cidades do Brasil. Bolsonaro não criou ainda sua sigla, e apenas apoiar modestamente candidatos nas grandes cidades não surtiu efeito. O mesmo vale para a esquerda: à exceção de Boulos, que ainda pode se eleger PT e PSOL, não tiveram grandes conquistas. O que o Brasil presenciou foi uma grande quantidade de mequetrefes moderados escondidos em siglas do centrão indo para o segundo turno.
Em Porto Alegre, nenhuma surpresa, Manoela conseguiu os 30% que sempre foram da esquerda na capital gaúcha; dificilmente chegará aos 40% no segundo turno, todavia. O Rio também não surpreende ninguém ao colocar na frente Eduardo Paes. Russomano em São Paulo parece tão oportunista quanto tipos como Mamãe Falei e Joice Hasselmann, mas os eleitores acabaram ficando entre Covas e Boulos – o primeiro responsável por fechar o comércio da maior cidade brasileira, enquanto o segundo é invasor profissional. Minas manteve o que estava ruim por não saber quem colocar na capital mineira.
No cenário internacional, também não houve surpresas. Na Bolívia, a mesma cena da Argentina. Nos EUA, um caso à parte, com eleições conturbadas; americanos foram ludibriados pela imprensa, não viram as grandes conquistas republicanas e prestaram atenção no “Show do Covid” e acabaram caindo no conto do voto pelo correio, em sistemas eleitorais baseados em softwares fracos, oriundos de países com democracia questionável, como a Venezuela. Receberam goela abaixo uma eleição fraudada com anomalias matemáticas impossíveis; agora, tentam no tapetão reverter a desgraça de entregar a maior nação ocidental para tipos como Biden e Kamala Harris.
O Covid foi um inimigo injusto e é preciso reconhecer: tomou partido e foi muito bem usado nos EUA e no Brasil pela oposição. Os brasileiros não podem ignorar que um novo show poderá vir também para movimentar o Brasil antes de 2022: cabe à direita se manifestar em tempo e se empenhar de forma mais aguda, se não quiser cair num novo conto da pandemia antes da próxima majoritária da nação. Abrir mão de direitos fundamentais, com quarentenas impostas, vacinação obrigatória, cerceamento de liberdades, levará inexoravelmente à submissão a regimes autoritários pelo medo.
É preciso prestar atenção para evitar um desastre em 2022. A garantia ao voto impresso é um item de suma importância para a segurança dos eleitores e do processo democrático. Não há condições de deixar a escolha do mandatário de uma nação ficar sob ameaça de fraudes digitais, invasões de hackers ou de simples defeito em super processadores do TSE, como Barroso insiste em culpar pelo fiasco na apuração das eleições municipais. É preciso também organizar uma sigla e uma agenda para que o Presidente Bolsonaro, de forma profissional, construa sua campanha da reeleição. Quem sabe seja possível dizer que fora eleito no “oba-oba”, porque a esquerda estava correndo da Lava-jato; isto, no entanto, não acontecerá novamente: Dória vem com sangue nos olhos e sustentado por uma agenda mundial global. Toda a atenção é necessária para os próximos anos: sem planejamento, outras eleições restarão frustradas.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: