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O pós-pandemia: o que esperar dos próximos anos?

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A pandemia está prestes a completar seu primeiro aniversário.  O SARS2 Cov inexoravelmente não se confirmou como uma ameaça à humanidade, o que não se pode dizer dos governantes.  Até recentemente, todos assistiam a filmes e seriados envolvendo o apocalipse e catástrofes descomunais: é óbvio que no inconsciente algum efeito teria. Tornou-se fácil para governos aproveitadores tentarem e de certa forma atingirem seus objetivos através do medo que reside no imaginário das pessoas.  Liberdades e garantias individuais pelas quais gerações lutaram e milhões deram suas vidas foram abandonadas no ímpeto de preservar a própria vida. É possível retornar ao que se tinha antes?

Nunca a sociedade ocidental esteve tão próxima de sucumbir, pois a pandemia motivou inúmeras restrições até então inimagináveis. O que se sabe é que problemas mais palpáveis virão e muitos serão atingidos por essas iniciativas.  A comunidade tem de se organizar para resgatar tudo aquilo que for possível.  Nunca o trabalhador se preocupou tanto com a situação do seu emprego e também a do seu empregador.  A ameaça real de desemprego em massa, caso governantes despoticamente insistam em lockdowns, ainda existe, e muitas famílias já amargam a sensação de pouca esperança em manterem seu ganha pão.  Postos de trabalhos podem ser recuperados enquanto as empresas não fecharem as portas; porém, após isso, essas vagas poderão ser extintas e dificilmente serão repostas em menos de uma década. É também imprescindível garantir que microempresários continuem apostando em seus negócios, talvez o desafio maior do ponto de vista econômico.

Mas as preocupações não se esgotam por aí.  Na saúde, o tempo perdido para muitos pacientes que deixaram de ter o diagnóstico de câncer precoce pelo medo de procurar hospitais quando a doença ainda é curável pode não mais ser recuperado.  Muitas vidas, principalmente de crianças, se perderão pelo pânico dos pais que só viam a pandemia como ameaça.  Mesmo que se salvem, o custo para tratamentos mais complexos serão altíssimos, afundando mais o prejuízo do sistema público de saúde e complicando o atendimento já indigno do SUS.

No convívio social, desaprendeu-se a ser educado e tolerante. Muitos agem como fiscais e especialistas tentando obrigar os outros a se manterem distantes, a não sair de casa, a não festejar ou comemorar, isso sem contar a não velar seus entes queridos.  Pessoas são agredidas na rua por não querer usar a máscara, sendo que até a ciência falhou em tentar provar a sua utilidade, empregadores recebem mata-leão de fiscais e guardas municipais e guerras civis são incentivadas todos os dias em redes sociais (logo haverão aqueles que tentarão iniciá-las). A sociedade saberá baixar o tom e reagrupar-se sobre ideais de convívio e tolerância?

Crianças conseguirão crescer saudáveis depois de verem seus progenitores e protetores escondidos em casa, amedrontados por um inimigo invisível que nunca chega?  Essa geração saberá interpretar a realidade? Entenderão o que houve ou tentarão repetir o movimento “tartarugal” de se esconder no próprio casco cada vez que o ambiente lhe for hostil?

Depressão, ansiedade e ímpeto suicida aflorados levarão centenas de milhares de vidas ao sofrimento e à destruição? A sociedade conseguirá recapacitar esses indivíduos a voltar a tentar viver?

Presos soltos após o fim da ameaça voltarão voluntariamente para cumprir suas penas? A polícia terá de exaurir recursos para recapturar ameaças que contidas estavam mas que agora voltam a assolar a sociedade e cometerem todos os tipos de atrocidades contra cidadãos de bem?

E na educação?  Este ano letivo se perdeu? Será recuperado o sistema de ensino irá fingir que a educação on-line funcionou e irá tentar manter os alunos nesse trágico  sistema de ensino?  Os pais pagaram inutilmente com um esforço sobre-humano para  manter seus filhos em escolas privadas para serem enganados?  Se não o fizessem, escolas fechariam e docentes perderiam seus postos.  Estes que pensem bem e que se comprometam a garantir a recuperação do aprendizado – ou não conseguirão mais manter a retórica sobre a melhor capacitação de alunos da rede privada; se isso acontecer, mais e mais responsáveis enviarão seus filhos para escolas públicas, que já padecem de superlotação, e então será visto transbordar crianças pelas janelas das salas de aula.

E para aqueles que não terão possibilidade de recuperar? Alunos receberão um bota-fora, um diploma e um “boa sorte” das suas faculdades, sem terem adequadamente feito um estágio final curricular.  E aqueles estudantes que durante toda vida estudaram em escolas públicas, mesmo com a limitação a eles impostas e de maneira heroica se dedicaram e aprenderam, apostando tudo que terminariam o Ensino Médio e através de seus esforços garantiriam uma vaga numa universidade pública ou numa privada custeada/financiada?  Estes alunos, sem receber o conteúdo do terceiro ano e com um diploma de ensino médio, não terão a possibilidade de repetir o ano, não terão condições  de pagar um cursinho e verão esvair a única possibilidade de fugir da pobreza, pois só lhes restará entrar no já sem vagas mercado de trabalho.

Urge que a sociedade recomponha-se rapidamente, ignore medidas abusivas e lute por todos seus direitos e garantias individuais no momento ameaçados. Além disso, é preciso abrir os olhos para a geração que se cria agora, para evitar que problemas maiores sejam fomentados por pessoas cada vez mais física e emocionalmente fracas. Acerca dos próximos anos, ainda há um grande ponto de interrogação.

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Mais de dois anos depois, a Prefeitura de Passo Fundo ainda gasta milhões com o coronavírus

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gasta milhões

De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade

Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.

A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.

Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.

Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.

Câmara aprovou

É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.

Listão

Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.

Veja também

Socorro aos artistas passo-fundenses: dinheiro público para aliviar os efeitos da pandemia (agosto de 2020)

Mas afinal, quanto dinheiro o Governo Federal mandou para Passo Fundo gastar com a pandemia? (setembro de 2020)

 

 

 

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Candeia: “Lockdown não teve eficácia nenhuma”

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Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.

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Candeia critica atuação do Conselho Municipal de Direitos Humanos em Passo Fundo

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Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)

Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.

Leia mais em: Pedro Almeida decide colocar na conta de Bolsonaro a história das máscaras

Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.

Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:

“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.

Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna:

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